segunda-feira, 23 de agosto de 2010

DESANPONTA(L)MENTO

Pedro Passos Coelho caminha aceleradamente em direcção às eleições antecipadas. Foi esta a principal mensagem do seu comício nacional no Pontal, no Algarve.
Não bastava ao mundo viver uma crise económica sem precedentes, com reflexos profundos em Portugal, era necessário – pensa o PSD – juntar ao nosso país uma crise política.
O PS não deseja que essa vertigem de irresponsabilidade atinja os portugueses, mas é fundamental saber que não teme o combate político. E é disso que se trata nos próximos tempos: evitá-lo, mas dizer que está preparado para tudo.
A Direita em Portugal conta com o PCP e o BE para voltar ao poder. Estes dois partidos o que verdadeiramente sempre fizeram foi eleger o PS como principal adversário. O que verdadeiramente desejam é que o PSD e o CDS em futuras eleições – antecipadas – obtenham uma maioria absoluta.
Depois, sim, depois vão falar nos trabalhadores, mas já estes estarão a ser confrontados com despedimentos “sem justa causa”, com a privatização da Saúde ou da Segurança Social.
Bastava recuar umas semanas para perceber que o negócio em que a PT se envolveu com a Telefónica espanhola teria sido um desastre estratégico e financeiro, não fora a actuação conhecedora e pragmática actuação do Primeiro Ministro José Sócrates. Claro que para meia dúzia de particulares teria sido fantástico, exactamente para aqueles cuja pátria é o dinheiro.
Compreende-se, pois, que o PSD de Pedro Passos Coelho, no Pontal, tenha eleito outros temas, nomeadamente a “pífia” crítica à Justiça, como se a mesma decorresse de uma intervenção concreta do Governo. Ignorou os excessos dos sindicatos, o clima de promiscuidade entre agentes de justiça, aos vários níveis, e uma certa comunicação social e ignorou o fratricídio corporativo a que assistimos.
O líder do PSD, mais uma vez sem ideias, resolveu seguir em frente, fazendo da chantagem a sua arma, como se o PS estivesse preso a qualquer poder. Engana-se, mas não nos enganamos nós que haveremos de lembrar para sempre a sua exigência de aplicar portagens na A24 e na A25, de impedir a ligação Viseu-Coimbra ou de declarar com desnecessário concluir o IC12 a partir de Mangualde, cerca de 18 kms, imagine-se!
Nem esqueceremos os dirigentes e Deputados do PSD no distrito que aqui vêm proclamar sempre o contrário do que votam em Lisboa.
Esses são a guarda avançada do ataque feito ao distrito pelo PSD, mas para eles teremos uma resposta vigorosa, a que decorre do nosso “DESANPONTA(L)MENTO”.
JC 2010-08-20

SERVIR PORTUGAL, COM ENERGIA E DETERMINAÇÃO

Os indicadores da economia portuguesa têm continuado a dar sinais positivos. Seja o crescimento do 2º trimestre ou a contenção do desemprego, tudo tem vindo, desde o início do ano, a transmitir confiança na nossa recuperação. Ao olharmos para o lado, sobretudo para o poderoso motor alemão, constatamos também que a retoma pode estar a fazer o seu caminho.
Convém, no entanto, ler com cuidado estas boas notícias, porque os mercados ainda estão instáveis e o efeito das medidas de excepção orçamental só agora poderão vir a ser correctamente avaliadas.
Em qualquer caso, poderemos dizer, desde já, que o discurso enérgico do Primeiro Ministro, a sua determinação em cultivar a esperança e o esforço feito para diversificar os mercados, correspondem a um estado de espírito e a um espírito de responsabilidade que urge preservar.
As oposições fazem exactamente o contrário, quais velhas carpideiras. Não há uma novidade, uma palavra de alento. O líder do principal partido da oposição não faz a coisa por menos e vai daí, qual cata-vento, pega na revista de imprensa e dispara em todas as direcções.
Agora, no Pontal, foi a vez da Justiça. Não condenou a violação do segredo de justiça, não relevou a promiscuidade entre alguns jornais e profissionais do sistema judicial, não comentou os dislates sindicais, nem tão pouco a morosidade dos processos. Nada disto observou, nem tão pouco teve coragem para condenar o fratricídio corporativista que todos os dias se estampa nos jornais. Para isso era necessário ter coragem!
E rematou o discurso com mais uma ameaça ao Governo, preparando o país para uma crise política, mas não se preparando para fazer exactamente o contrário: construir estabilidade com credibilidade.
Pedro Passos Coelho fez o pré-anúncio do chumbo do orçamento de estado e conta, para o efeito, com o PCP e o BE que outra coisa não desejam se não ver a direita no poder e, se possível, com maioria absoluta.
Pois bem, o PS e o Governo não querem essa crise política – farão um esforço máximo para a evitar - mas não estão agarrados ao poder e não temem nenhum confronto político.
Mangualde, amanhã, será uma grande lição para o Pontal e um momento, mais um, de afirmação do PS e do Governo sem outro objectivo que não seja o dizer que querem servir Portugal, com energia e determinação.

DB 2010-08-20

domingo, 8 de agosto de 2010

MINISTRO RUI PEREIRA NO TEATRO DE FOGO EM S. PEDRO DO SUL

O Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, deslocou-se a S. Pedro do Sul, ao teatro de operações, para manifestar apoio e solidariedade aos homens e mulheres que estão a combater o fogo, bombeiros, militares e população. O incêndio de invulgares proporções mobiliza mais de duzentos homens, três helicópetros e de...zenas de viaturas pertencentes a diferentes corporações de vários locais do país. O Presidente da Câmara, o social-democrata António Carlos, sublinhou a boa coordenação das forças no terreno e está seguro de que tudo está a ser feito para delimitar as zonas em perigo e extinguir o incêndio.

sábado, 7 de agosto de 2010

PARA QUE POSSAMOS CONFIAR!


Todos os dias ouvimos falar na “justiça portuguesa” quando, verdadeiramente, o que se pretende é criticar a “justiça à portuguesa”.
E certo é que qualquer cidadão gostaria apenas que se falasse em JUSTIÇA, a única que é o garante constitucional dos “direitos, liberdades e garantias” que são devidos a todos e cada um de nós.
E “justiça à portuguesa” é ouvir o sindicato dos magistrados atacar tudo e toda a gente, Procurador Geral da República incluído, e arremessar tudo e mais alguma coisa para justificar o injustificável: o não funcionamento célere e acima de qualquer suspeita da própria justiça.
E é minha convicção profunda que as motivações são políticas e corporativas. Sem se darem conta, atacam a própria justiça, desmerecem de si próprios, não se respeitam e não é, portanto, possível respeitarem os outros, nem fazer acreditar na isenção dos seus “juízos”
E motivações políticas e corporativas são aquelas que podemos adivinhar quando – com espanto – ouvimos dizer que durante mais de seis anos alguém não teve tempo de fazer umas quantas perguntas ao Primeiro-Ministro e Ministro da Presidência, coisa que nem os próprios sabiam ou alguém poderia imaginar!
E isto só aconteceu depois de se conhecerem os únicos acusados no processo Freeport. E não foram aqueles dois governantes, nem nenhum outro. E como as insinuações e acusações feitas por alguma comunicação social – politica e partidariamente conduzidas – caíram por terra, com estrondo, havia que recomeçar de alguma maneira.
E qual foi? A tal das perguntas que não aconteceram por falta de tempo! Assim mesmo, “justiça à portuguesa” – sem vergonha - para que no tempo e no futuro ficasse a dúvida e continuasse a insinuação.
Longe vai o tempo em que olhávamos os “Magistrados” como alguém imune às influências, parcos nas palavras, recatados no seu exercício profissional e produtivos nas suas funções. Longe vai o tempo….
Agora, ansiosos por protagonismo, falam muito, dizem mais do que sabem e, sobretudo, mais do que devem.
Como não podemos confundir algumas árvores com a floresta estou em crer que será “por dentro” que se vai restaurar a isenção, o equilíbrio e transparência, atributos que têm de ser devolvidos, com urgência, à Justiça, para que funcione e possamos a confiar.


DB (2010-08-06)

SÃO PESSOAS COMO ELE QUE FAZEM A DIFERENÇA!


O caso Freeport chegou ao fim…em matéria de acusações definitivas…isto é…no que diz respeito aos tribunais e á Justiça. Sim, porque no que respeita a alguns meios de comunicação, comentadores e os “políticos” do costume, continua tudo na mesma.
São os mesmos que clamam justiça, não aquela que os tribunais decidem, mas a do “gosto popular”, estranha ao Estado de Direito, a que NÃO PRESERVA “os direitos, liberdades e garantias”, a que insinua, a que gostava de “interromper a democracia por seis meses” , bem como, pelo que agora se ouve, interromper a Constituição.
Durante mais de seis anos atacaram o Primeiro Ministro José Sócrates e, durante seis anos, nada mais conseguiram demonstrar do que ressentimentos pessoais e a existência de interesses instalados incompatíveis com este Governo.
Com este epílogo, ditado pelas Justiça, os que vivem da calúnia, de “crespos” ódios pessoais, foram arrasados e o seu lado negro ficou a nu. Portanto, o que fazer?
Descobriram rapidamente. Descobriram que durante mais de seis anos não fizeram, afinal, algumas perguntas a José Sócrates e, já agora, também não as fizeram ao Ministro da Presidência. Claro, a estratégia é levantar a dúvida para além da justiça. Pobre gente. Certamente, durante seis anos, faltou-lhes tempo…sim tempo!
Faltou-lhes foi vergonha, coisa que não têm…pelos vistos. Era necessária disponibilidade e grandeza para reconhecer os erros, para pedir desculpa ou, ainda que menos aceitável, ficarem calados em nome de um mínimo de respeito que devem a si próprios enquanto cidadãos. E foi pensando em tudo isto que deixei estas palavras no meu “facebook”:
“Fui totalmente surpreendido pela morte de Mário Bettencourt Resendes. Sempre gostei de ler o que escrevia e ouvir os seus comentários. As suas opiniões, quer estivesse de acordo ou não, sempre me pareceram genuínas e isentas. Fugiu sempre à vulgaridade dos nossos dias.
De facto não utilizava o seu poder de comunicar para hostilizar por encomenda ou para confundir um ressentimento pessoal com a nobreza do jornalismo ou do comentário político.
Sereno e livre são as marcas que me deixa.”
São pessoas como ele que fazem a diferença!
JC (2010-08-06)