sexta-feira, 15 de outubro de 2010

GOVERNO, AUTARQUIAS E EXÉRCITO

Alter do Chão, autarquia social-democrata, presidida por Joviano Martins Vitorino, foi o concelho escolhido para a assinatura do protocolo entre o Ministério da Defesa, com o Ministro Augusto Santos Silva, Ministério da Presidência, representado por mim, e Ministério do Ambiente, representado pela Secretária de Estado Fernanda Carmo.
O texto, PLANO DE ACTIVIDADE OPERACIONAL CIVIL (PAOCivil), define em que termos serão feitos os apoios do Exército às autarquias locais, em matéria de Engenharia Militar, para os próximos 5 anos. Na ocasião, cada um dos governantes explicou, nas respectivas áreas, o interesse desta cooperação.
Nas breves palavras que dirigi ao General Chefe do Estado Maior do Exército, Pinto Lemos, e às altas patentes militares presentes, fiz questão de relevar a importância deste contributo, sobretudo para as autarquias mais pequenas e com menos recursos, como era o caso de Alter do Chão que, no momento, beneficiava da abertura de uma estrada com três quilómetros.
De facto, nos últimos 30 anos, o Exército apoiou 240 autarquias tendo beneficiado ou construído 43 000 quilómetros de estradas, bem como os aeródromos do Pico e Corvo nos Açores e o de Mogadouro no Continente. E é exactamente esta outra face do Exército que fiz questão de sublinhar por entender, tal como o Ministro da Defesa, que não é tão conhecida da opinião pública e, por isso, não tem sido tão publicitada e valorizada como merece.
Na ocasião tivemos oportunidade de vídeo-comunicar com o contingente no Líbano, ouvir as palavras do seu Comandante e do Ministro da Defesa, Augusto Santos Silva.
Aliás, esta intervenção nas infra-estruturas e equipamentos é uma das missões de paz que actualmente desempenhamos no Líbano e o contingente que vai render o actual encontrava-se naquele concelho, integrado numa demonstração táctica, a que pudemos assistir, no âmbito do exercício "Oríon" - é o principal exercício do Exército e tem por finalidade testar as capacidades da sua Força Operacional Permanente (FOPE) em diversos cenários de crise – em que estiveram envolvidos diversos meios do Exército, veículos de transporte, blindados, Pandur, helicópteros e as aeronaves Hércules C-130, C-295 e dois caças F-16, da Força Aérea Portuguesa, para além de tropas especiais, nomeadamente comandos e pára-quedistas tendo, estes últimos, realizado vários saltos estratégicos e de precisão.
Foi, assim, dado mais um passo que demonstra estar o desenvolvimento cada vez mais assente na nossa capacidade de captar diferentes sinergias, com vista a intervenções e economias de escala, que só beneficiam as populações e, ao mesmo tempo, aproveitam recursos de todos para todos, com a consequente economia de meios financeiros e contenção de despesas.
Aqui fica mais um bom exemplo de cooperação para o desenvolvimento promovido, desta feita, pelo Governo, Autarquias e Exército.


JC 2010-10-15

1 comentário:

  1. Dr, O Gen CEME chama-se Pinto Ramalho e não Pinto Lemos

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