sábado, 30 de abril de 2011

GUARDA - HOMENAGEM AOS AUTARCAS “PIONEIROS” DO PODER LOCAL DEMOCRÁTICO

Desloquei-me à Guarda, a convite do Governador Civil, Santinho Pacheco, para presidir à homenagem dos primeiros presidentes de câmara municipal do distrito eleitos democraticamente.
"Esta cerimónia insere-se nas comemorações do 25 de Abril. “É tempo de a nível distrital se comemorar Abril da liberdade lembrando os primeiros presidentes de câmara eleitos nos 14 concelhos do nosso distrito, exaltando assim o papel insubstituível que o poder local desempenhou na construção desta II República e no arranque de um período de desenvolvimento e de modernização das nossas terras, sem paralelo em toda a nossa história secular”, frisa Santinho Pacheco.
Foram homenageados os autarcas de Aguiar da Beira: António Raimundo Cunha (a título póstumo); Almeida: António José Sousa Júnior; Celorico da Beira: Carlos A. Faria de Almeida; Figueira de Castelo Rodrigo: José Pinto Lopes (a título póstumo); Fornos de Algodres: Francisco Paulo Almeida Menano; Gouveia: Alípio Mendes de Melo; Guarda: Victor Manuel Gonçalves Cabeço/Abílio Aleixo Curto; Manteigas: Homero Lopes Ambrósio (a título póstumo); Mêda: Luís E. Figueiredo Lopes (a título póstumo); Pinhel: António Luís Santos Fonseca; Sabugal: João A. Antunes Lopes (a título póstumo); Seia: Jorge A. Santos Correia; Trancoso: António Almeida (a título póstumo) e V. Nova de Foz Côa: José Costa Ferreira (a título póstumo).
Saudei todos os “pioneiros” do Poder Local democrático, lembrando que sem nada ou quase nada fizeram tudo ou quase tudo com as parcas disponibilidades existentes. Sem recursos humanos qualificados, sem instrumentos de planeamento adequados, sem Lei das Finanças Locais, enfrentaram um estado centralista e daí, até aos dias de hoje, a luta por uma autonomia acrescida continua e tem valido a pena.
Hoje os desafios são bem diferentes. Já não se trata de estruturar a água, o saneamento ou os caminhos e acessibilidades locais.
Nos nossos dias as exigências são bem maiores e implicam a partilha das políticas para a saúde, a educação, a solidariedade social, o emprego, o ambiente e todas as outras que definem a competitividade dos seus territórios e qualifica a vida dos seus cidadãos.”
Lancei o desafio para, por breves momentos, pensarem em algo que fosse essencial para os seus concelhos.
E fui lembrando “os Centros Escolares, Centros de Saúde, Unidades de Saúde Familiar, Unidades de Cuidados Continuados, Lares, Centros de Dia, Creches, Piscinas, Pavilhões, Auditórios, Quartéis de Bombeiros e GNR, Julgados de Paz, Lojas do Cidadão, Edifícios Municipais e de Freguesia”, enfim, um pouco de tudo do muito que ficou por dizer.
E todos olharam para os seus concelhos e deram-se conta de que tudo isso existia e que estes anos de poder local foram tempo de oportunidade e esperança
“E que ninguém de boa-fé poderia falar em “década perdida”, mesmo ao mais alto nível, porque estes foram os maiores e mais qualificados investimentos dos últimos 100 anos, da República, e os maiores da história de Portugal.”A República, o 25 de Abril e o Poder Local democrático valeram a pena.



 




 




























 

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