quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

SEGURO DIZ: O PRÓPRIO GOVERNO PROVOU NÃO SER NECESSÁRIO CORTAR O SUBSÍDIO DE NATAL

ECONOMIA
Seguro diz que ficou provado que o Governo não devia ter cortado metade dos subsídios de Natal 

O secretário-geral do PS afirmou hoje que  recebeu sem surpresa o anúncio de que o défice ficará nos quatro por cento,  dizendo que o Governo acabou de provar que não era necessário cortar nos  subsídios de Natal. 
António José Seguro falava aos jornalistas após ter visitado o Centro  Social da AFID em Alfragide e as obras do futuro centro integrado desta  mesma fundação na Buraca, tendo ao seu lado o presidente da Câmara da Amadora,  Joaquim Raposo, e os deputados socialistas Ramos Preto e Pedro Farmhouse.
Confrontado com o anúncio do ministro de Estado e das Finanças, Vítor  Gaspar, de que Portugal fechará 2011 com um défice de quatro por cento,  bem abaixo dos 5,9 por cento estipulados no acordo com a Troika,
Seguro  respondeu que a posição deste membro do Governo "deu razão ao PS". "Para mim, não é surpresa nenhuma que o défice fique muito abaixo dos  5,9 por cento. Há cerca de mês e meio defendi que não era necessário que  o Governo retirasse metade do subsídio de natal aos trabalhadores portugueses  e aos reformados", afirmou o líder do PS. 
Segundo o secretário-geral do PS, há mais de um mês que tem defendido  que "bastava um acordo com a banca relativamente ao fundo de pensões para  que o défice acordado para este ano fosse cumprido". "Aqui está mais uma prova que eu tinha razão. Infelizmente, há muitas  centenas de milhares de trabalhadores portugueses que ficaram sem metade  do subsídio de Natal e o mesmo em relação aos reformados", disse. 
António José Seguro referiu ainda que ficou "muito surpreendido" com  o facto de o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, poucas horas após a  aprovação do Orçamento do Estado para 2012, "ter pré-anunciado mais medidas  de austeridade". 
"Acho que o Governo está a cometer um erro grave, que é o de encontrar  exclusivamente na austeridade e nos sacrifícios que pede aos portugueses  e às empresas as soluções para Portugal sair da crise. Há vários meses que  tenho insistido que é necessário sair da crise também pela via do crescimento  económico e da promoção do emprego", contrapôs. 
Neste contexto, António José Seguro afirmou ficar muito satisfeito  quando começa agora "a ouvir mais vozes" em defesa da via do crescimento  económico como solução para Portugal sair da crise. 
"Só falta uma coisa: Que o Governo escute aquilo que eu e o PS temos  proposto e que apoie as nossas empresas. Só gerando riqueza Portugal terá  possibilidades de saldar os seus compromissos, pagar as dívidas e manter  a qualidade de vida dos portugueses", sustentou. 
Lusa

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