quinta-feira, 26 de abril de 2012

CARLOS ZORRINHO, NO 25 DE ABRIL, COM DISCURSO DURO PARA O GOVERNO

O Partido Socialista foi o único a valorizar as comemorações do 25 de Abril na Assembleia da República ao ter como orador o presidente do grupo parlamentar, Carlos Zorrinho.
Numa intervenção dura em relação ao executivo PSD/CDS, disse: "Os maiores adversários de Abril são o saudosismo, o revivalismo ou o reviralho, a estagnação ou o alheamento, a captura ideológica. O PS não desiste. Faremos por isso uma rutura democrática com quem baixar os braços, com quem ousar tentar destruir numa legislatura o que levou décadas a construir", … acusando o executivo PSD/CDS de se excluir do diálogo e da procura de consensos políticos.

“O líder parlamentar do PS começou por defender a tese de que "uma revolução democrática precisa de rumo e de memória" para depois lançar um ataque ao Governo.
"Desde há dez meses, em nome de uma agenda ideológica de total submissão aos mercados e aos seus interesses, o Governo tem vindo a proceder à maior inversão de rumo da nossa História democrática, ignorando ao mesmo tempo a nossa memória coletiva", sustentou Carlos Zorrinho.
Nesta mesma linha, o presidente da bancada socialista considerou também que Portugal está perante o primeiro Governo que "parece dispensar a memória de Abril, a memória dos valores que lhe deram fulgor".
"Este é o primeiro Governo da nossa História que tem sido um aliado objetivo das visões extremistas que estão a corroer a Europa", disse, antes de deixar uma advertência.
"Os maiores adversários de Abril são o saudosismo, o revivalismo ou o reviralho, a estagnação ou o alheamento, a captura ideológica. O PS não desiste. Faremos por isso uma rutura democrática com quem baixar os braços, com quem ousar tentar destruir numa legislatura o que levou décadas a construir", disse, já depois de ter acusado o executivo PSD/CDS de se excluir do diálogo e da procura de consensos políticos.
Na sua intervenção, o líder parlamentar do PS manifestou ainda a sua esperança numa vitória do candidato socialista na segunda volta das eleições presidenciais francesas, Francois Hollande - "primavera europeia que se deseja que volte a florir a 06 de maio".”
A referência de Zorrinho a Hollande motivou um ruído de fundo de desagrado nas bancadas da maioria PSD/CDS, mas foi aplaudida por parte dos deputados socialistas.
Ao nível da política europeia, o presidente do Grupo Parlamentar do PS insistiu na defesa de um ato adicional ao Tratado Orçamental da União Europeia e na aposta em políticas de crescimento e de emprego.

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