quarta-feira, 27 de junho de 2012

GOVERNO ENCERRA "CALL CENTER" E DESPEDE 400 EM CASTELO BRANCO

Síntese - O BOM CAMINHO DO GOVERNO -  O centro de contacto nacional da Segurança Social que funcionava em Castelo Branco desde 2008 encerra esta sexta-feira. Todos os 400 funcionários serão despedidos. Poderá teabrir com 50. O centro de contacto Via Segurança Social funciona num imóvel construído pelo município de Castelo Branco, num investimento 1,5 milhões de euros. A abertura daquela estrutura resultou de um acordo celebrado entre o Instituto de Segurança Social e a autarquia, o qual estabelecia a permanência do serviço durante 15 anos na cidade.

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Segundo a mesma fonte, a empresa de recursos humanos RH+, à qual está concessionada a operação do centro, informou que "sexta-feira é o último dia de trabalho" para 240 trabalhadores, na maioria efetivos. Um grupo de 160 precários já tinha recebido a comunicação de despedimento no início do mês.
Cristina Hipólito opõe-se ao despedimento repentino e sem aviso prévio, aconselhando os trabalhadores a "continuarem a comparecer no posto de trabalho enquanto não receberem uma comunicação escrita".
De acordo com uma das trabalhadoras efetivas, a empresa de recursos humanos RH+ justificou o encerramento deste call center com o fim do contrato de concessão com o Instituto da Segurança Social, que termina a 30 de junho, sábado.
Segundo a mesma fonte, o call center "reabre a 16 de julho, já entregue a outra firma, que só deverá recrutar 50 dos atuais 400 trabalhadores, dando preferência a quem não tenha direito a subsídio de desemprego, ao deixar agora o posto de trabalho", ou seja, com vínculo precário.

Sindicato exige integração de funcionários

O Sindicato dos Trabalhos da Função Pública convocou um plenário de trabalhadores para sábado, dia 30, às 15h, no salão da Junta de Freguesia de Castelo Branco.
Cristina Hipólito defende que o Instituto da Segurança Social devia integrar os funcionários do centro de contacto nos seus quadros, "dada a experiência adquirida desde 2008 e o investimento feito em formação".
Por outro lado, "seria uma solução mais barata que as concessões com que mantêm o centro em funcionamento".
Num comunicado datado de 6 de junho, o Instituto de Segurança Social remetia para a empresa gestora do centro qualquer decisão sobre despedimentos e garantia que o serviço iria manter-se em funcionamento, "mesmo durante a fase de concurso" da concessão.
Segundo o comunicado, a nova empresa adjudicatária terá que encaixar "uma redução de custos de cerca de dois milhões de euros, durante a vigência do próximo contrato".
Desde segunda-feira que a Lusa tentou obter esclarecimentos, via e-mail, do Instituto de Segurança Social, mas ainda não obteve qualquer resposta.

Autarca critica despedimento

O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Joaquim Morão, lamentou hoje o despedimento dos 400 trabalhadores do centro de contacto nacional Via Segurança Social, sedeado na cidade.
Em declarações à agência Lusa, o autarca adiantou que "a Câmara está a desenvolver todos os esforços para que surjam alternativas de emprego para todas estas pessoas".
Joaquim Morão lamenta os despedimentos numa ocasião "de crise" como a que o país está a viver, "o que revela uma falta de solidariedade para quem necessita".
Espera, no entanto, que "o Instituto de Segurança Social cumpra aquilo que disse e que o centro de contacto se mantenha aberto em Castelo Branco", aguardando pela conclusão do concurso público que assegurará o funcionamento daquela estrutura.
Depois dos primeiros 160 despedimentos anunciados no início do mês, o autarca diz que já previa este desfecho.
O centro de contacto Via Segurança Social funciona num imóvel construído pelo município de Castelo Branco, num investimento 1,5 milhões de euros. A abertura daquela estrutura resultou de um acordo celebrado entre o Instituto de Segurança Social e a autarquia, o qual estabelecia a permanência do serviço durante 15 anos na cidade.
Já no início do mês, a Assembleia Municipal de Castelo Branco aprovou uma moção que defendia a manutenção dos atuais postos de trabalho

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