quinta-feira, 28 de junho de 2012

Síntese - HÁ DINHEIRO PARA OS SUBSÍDIOS E PARA A ECONOMIA SE o BCE empresta a 1% dinheiro aos bancos comerciais portugueses e que o Estado português se financia a um valor superior ..."por que razão o Estado Português não se pode financiar também a 1% junto do BCE? ... Segundo os dados do seu Governo, estamos a falar num serviço de dívida de 7,3 mil milhões de € e se os juros forem pagos a 1% estamos a falar de 2 mil milhões de €. ......estamos a falar numa poupança de cinco mil milhões €", apontou o líder .... mesmo que a taxa de empréstimo seja superior, a poupança para os contribuintes portugueses era sempre de pelo menos 2 mil milhões de €. "Esses 2 mil milhões de € representam 2 subsídios aos funcionários públicos e aos pensionistas portugueses"
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O PS estimou hoje que Portugal pouparia cinco mil milhões de euros em serviço da dívida com mudanças no Banco Central Europeu (BCE), mas o primeiro-ministro contrapôs que a dívida herdada é superior às despesas de saúde.
 A divergência em torno do papel do BCE foi um dos temas que motivou mais acesa discussão entre o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o secretário-geral do PS, António José Seguro, no debate quinzenal na Assembleia da República.
 António José Seguro referiu que o BCE empresta a um por cento dinheiro aos bancos comerciais portugueses e que o Estado português se financia a um valor superior.
 "A pergunta que todos os portugueses fazem é por que razão o Estado Português não se pode financiar também a um por cento junto do BCE. A conta é simples: Segundo os dados do seu Governo, estamos a falar num serviço de dívida de 7,3 mil milhões de euros e se os juros forem pagos a um por cento estamos a falar de dois mil milhões de euros. Ou seja, estamos a falar numa poupança de cinco mil milhões de euros", apontou o líder socialista.
 Ainda de acordo com Seguro, mesmo que a taxa de empréstimo seja superior, a poupança para os contribuintes portugueses era sempre de pelo menos dois mil milhões de euros. "Esses dois mil milhões de euros representam dois subsídios aos funcionários públicos e aos pensionistas portugueses", advogou.
 O primeiro-ministro respondeu com uma alusão à herança que os governos socialistas deixaram ao nível da dívida pública.
 "Mais do que as imagens simplistas que usou, há uma coisa que talvez perceba e que admitirá com grande rapidez. Em Portugal não precisamos fazer grandes exercícios sobre qual a diferença dos custos de financiamento, porque sabemos quanto custa a dívida que foi acumulada durante vários anos. Esse excesso de dívida custa hoje aos portugueses mais do que financiar toda a despesa pública em saúde", contrapôs, recebendo uma prolongada salva de palmas das bancadas do PSD e do CDS.
 Pedro Passos Coelho acusou depois António José Seguro de se referir de forma "demagógica" à existência de supostas condições desiguais entre outros Estados-membros e Portugal.
 "Essas diferenças não existem. Peço-lhe que faça menos demagogia e se centre mais nos factos", disse, já após ter apresentado os motivos que o levam a não defender uma posição igual à dos socialistas sobre as competências do BCE.
 "Não cabe ao BCE, em circunstância nenhuma, exercer um papel de monitorização dos défices europeus e o BCE é talvez a instituição na União Europeia com mais credibilidade em momentos tão críticos como o que atravessamos. Qualquer descredibilização do seu papel face ao seu mandato corresponderia ao fim do euro", sustentou o primeiro-ministro.

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