sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A FALTA QUE FAZ GRITAR - Fernanda Câncio


Digam o que disserem, o programa está a correr melhor do que se pensava." Isto foi António Borges, ontem, na Universidade de Verão do PSD, o programa, sendo a aplicação do ditado da troika para Portugal, na sua atual versão (o memorando original, assinado em abril de 2011, já foi revisto quatro vezes), conjugado com as medidas, "além de", que Passos entendeu associar-lhe. Digam o que disserem, diz Borges, referindo-se, supomos, aos números da execução orçamental, que dizem o contrário. Mas, alerta, ele é que sabe. Porquê? Porque tem "conhecimento de causa": "Estava no FMI quando o programa foi desenvolvido."

É vero: Borges era diretor do FMI para a Europa quando o memorando foi negociado. E, apesar de a 15 de abril de 2011 ter invocado uma norma do FMI de não envolvimento de nacionais nas questões dos seus países - "Não vou estar muito envolvido com o processo português - na verdade, vou distanciar-me do programa português e não me vou envolver com Portugal" - a sua proposta enquanto "vice" do PSD na era Ferreira Leite, de baixar dramaticamente a taxa social única, que não estava nos memorandos negociados antes com Grécia e Irlanda, tornou-se não só a medida estrela do português, imposta ao governo de então, que dela discordou abertamente, como do programa do PSD para as legislativas de junho de 2011. Coincidência, claro. 
Como terá sido feliz coincidência para Borges, que em 2009 defendia "a privatização total" até da Segurança Social, a imposição de privatizações de sectores estratégicos no memorando português - privatizações que, como reconheceu nas declarações de abril de 2011, não estavam noutros acordos. 
E se concedia que "nem tudo pode ser privatizado e o processo leva tempo porque há interesses nacionais muito importantes a ter em causa", logo a seguir concluía: "As privatizações podem suceder muito depressa. Se se contratar externamente o processo e se se encontrar as pessoas certas para o fazer, pode acontecer muito muito depressa, asseguro-vos."

A pessoa certa, pois. O homem que saiu da direção do FMI Europa direto para se ocupar do aspeto mais lucrativo do programa português (entre o anúncio da saída, em novembro de 2011, e o de que iria supervisionar as privatizações portuguesas passaram 47 dias - incrivelmente, o FMI não impõe regras para tais "transferências"), é sem dúvida um prodígio de rapidez. Já o provara ao passar da Goldman Sachs, no centro da crise financeira internacional, para o FMI; mas ao impor as suas ideias ao País e aplicá-las sem se submeter à prova das urnas, e ser ministro sem nenhuma das desvantagens - da baixa retribuição à interdição de flagrantes conflitos de interesses e ao escrutínio público -, Borges bateu todos os recordes.

Que isto suceda, sem escândalo, no País onde se exige a responsáveis políticos um período de nojo de três anos antes de trabalharem no sector que tutelavam só pode levar-nos a concluir que andamos muito lentos - parados, mesmo. A precisar de uma boa gritaria

ANTÓNIO BORGES, UM "INCONTINENTE" POLÍTICO?

REVELA INSTINTOS PRIMÁRIOS SINCEROS, apesar de desmentir sempre aquilo que diz, quando cai em si. "Apesar das “exigências” de Borges, apesar da ambição de Borges, apesar do optimismo de Borges o FMI despediu-o por ele não ser suficientemente competente no que fazia". 
"DIMINUIR SALÁRIOS não é uma política, é uma urgência" afirmou, com a mesma facilidade com que se antecipou ao governo para anunciar o futuro da RTP. 
Ontem, na Universidade de Verão da JSD disse que "não precisamos de mais tempo e mais dinheiro".
CONCORDO que nada justifica mais dinheiro. O PS ignora que seja necessário mais dinheiro. Não sei por que motivo Eduardo Catroga falou em mais 30 mil milhões. Ignoro as razões de Marcelo e Marques Mendes para terem dito que era preciso mais dinheiro. Até ignoro a razão pela qual António Borges disse no passado recente ao ETv que "Portugal precisa de ir desesperadamente buscar capital"
MAS NÃO CONCORDO que não seja necessário mais tempo. É necessário mais tempo. E mais tempo não significa mais dinheiro. É uma solução para abrandar a austeridade, devolver oportunidades às famílias e ao financiamento da economia, ao crescimento e ao emprego. Eu entendo bem o "porta-voz" do governo "mais profundo", daquele que trata da "vidinha"das privatizações. Com os seus 225 mil euros não precisa de mais dinheiro, mas nós NÃO PRECISAMOS DELE MAIS TEMPO!

SOL - GASPAR ACELERA CORTES AO POVO, NÃO À ELITE CAVAQUISTA!

TUDO SE PRECIPITOU - o governo passa pela humilhação pública do falhanço das suas políticas e da opacidade com os negócios do Estado. Catrogas, Borges ... e até os irmãos Metralha podem fazer um quadro conhecido. E nós passamos por constrangimentos inúteis que condicionam a vida das famílias e do país. A arrogância e incompetência têm sempre um preço, mas há uma diferença: a ELITE CAVAQUISTA RECEBE E AS PESSOAS PAGAM!

AS QUATRO “ESTÓRIAS” DA SEMANA QUE ATINGEM VISEU (E TODO O PAÍS)


Síntese - APLICA-SE EM TODO O PAÍS - estas quatro "estórias" marcaram a semana revelam o desnorte do governo, mas também a falta de pudor de quem nos governa. A descoberta pela SIC do "negócio" dos combustíveis, as exceções às grelhas salariais para o pessoal da Lehman Brothers ou da Goldman Sachs, passando pelo corte no apoio social aos filhos e deficientes até à aflição e desemprego que o IVA a 23% provoca na restauração, constituem o "MENU DO POTE"
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O “NEGÓCIO A DOIS” NOS COMBUSTÍVEIS - O trabalho é da SIC de Pinto Balsemão. Descobriu que pagamos 4 cêntimos acima da média da UE e cada cêntimo de aumento dos combustíveis rende mais de 25 mil euros por dia em IVA ao Estado. Ao fim de 1 ano, Passos Coelho "arrecada" 10 milhões por cada cêntimo que pagamos mais caro. Portanto, 4 cêntimos litro, 40 milhões ano. As petrolíferas também ganham. Assim se compreende que vendendo menos ganhem mais. Portanto, estava tudo calado. A rede de “low cost” do ministro da Economia ficou no tinteiro, como diz o povo. A entidade reguladora também. Nada disto faz parte do memorando da Troika. François Hollande acaba de obrigar a uma baixa de 6 cêntimos repartida entre Estado e gasolineiras. É a diferença!
AS EXCEÇÕES ÀS GRELHAS SALARIAIS. As finanças confirmam que ao arrepio da Troika, para além de ter criado uma nova empresa pública, por transformação do Instituto de Gestão do Crédito Público, nomeou uns amigos muitos especiais de Vítor Gaspar, João Moreira Rato e companhia. Modificado o estatuto, realizada a finta legal à lei geral, podem ter vencimentos cerca de 500 mil euros por ano. Perto de três milhões em cinco anos. O felizardo, ganhará mais do que o primeiro-ministro. É por ser mais responsável? Também, se calhar, mas o motivo principal é para oferecer a este técnico de 39 anos a oportunidade de exercer hábitos antigos. Afinal, sempre veio do falido Lehman Brothers, do Goldman Sachs, que aldrabou as contas da Grécia em 2002 e 2003, por onde passou António Borges. Tudo boa gente. Todos escolhidos a dedo! Para estes três vai uma parte dos nossos subsídios de férias e Natal.
ESTOCADA FINAL NAS FAMÍLIAS. O governo quer cortar os benefícios fiscais aos filhos e às pessoas deficientes. Serão 154 milhões. Vítor Gaspar falhou e Passos Coelho nem sem se fala. Assim, qualquer individuo medíocre pode ser ministro das Finanças. Corta tudo a todos, protege os seus, despreza o povo e, entretanto, os negócios feitos com os "grupos" vão assegurar-lhes um pós-governo sem problemas. Só as famílias, a quem tanto já se diminui, é que herdarão essas preocupações.
A RESTAURAÇÃO EM VISEU. Não está a conseguir resistir ao aumento do IVA. O governo não quis ouvir os argumentos e as propostas alternativas do PS. Chumbou cerca de 90% das que apresentou em áreas tão sensíveis como a economia, finanças e trabalho. E foram 356 no total! Os silêncios são comprometedores. Os partidos políticos estão calados, o PSD e CDS muito especialmente. Os deputados da maioria assobiam para as árvores. Esgotaram os argumentos do passado. Agora têm de se confrontar com os resultados das suas políticas. Ninguém disse nada, mas estas foram as quatro “estórias” da semana que atingiram Viseu!
DV 2012-08-29

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

STA COM DÃO - O PSD E A RESSURREIÇÃO DE SALAZAR


SÍNTESE - O PSD DESQUALIFICA A CIDADE E O CONCELHO - Em visita a Sta Comba Dão, o que se constata é que a autarquia PSD está tecnicamente em insolvência, malbaratou o património que tinha, deixou-se entalar entre o desenvolvimento dos concelhos vizinhos, sejam PS ou PSD, há desinteresse, não desenvolveu um único projeto estruturante e a sua grande ambição, a do seu presidente, é tentar a "RESSURREIÇÃO DE SALAZAR" através de equipamentos ou marca de vinho com a fotografia do ditador ... entre outras tolices... VAI PERDER ... ESQUECEU-SE QUE STA COMBA PONTIFICA PELA DEMOCRACIA!
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"Por iniciativa da comissão política concelhia do PS de Santa Comba Dão, presidida por João Tomás, os deputados do PS, José Junqueiro e Acácio Pinto, deslocaram-se no dia 28 de agosto ao concelho a fim de se inteirarem de alguns dos muitos problemas com que se debatem os santacombadenses em resultado de uma completa falta de estratégia e de rumo por parte da câmara municipal.
Nesta visita os deputados foram acompanhados pelos vereadores, por membros da assembleia municipal, presidentes de junta e elementos da JS,  entre outros.
No trajeto efetuado, que se iniciou junto ao edifício da câmara municipal, constatou-se o desleixo a que está votada a ribeira das hortas, desde o centro urbano até à foz, espaço que poderia estruturar um projeto ambiental e de ciência em torno dos moinhos, da energia e do lazer e cujas águas deveriam merecer toda a atenção contra qualquer forma de poluição.
Igualmente se viu o abandono a que a autarquia votou os acessos à ecopista do Dão (Santa Comba, Tondela, Viseu), uma infraestrutura que merecia um outro olhar e atenção por parte do município e sobretudo uma verdadeira acessibilidade para os utentes. Quem quiser fazer o trajeto a partir do início tem que vencer um labirinto, por exemplo a partir da estação de comboio, em terra batida até encontrar o betuminoso azul.
Percebeu-se, também, a completa falta de opção por uma marginal estratégica a partir de Santa Comba, com uma variante, ao Granjal, cujas águas termais, que poderiam tornar-se num pólo de desenvolvimento diferenciador, foram abandonadas pelo atual poder municipal.
Santa Comba Dão foi, pois, transformado, nestes últimos anos, num concelho sem ambição. Precisa de uma nova esperança que o faça reganhar a vitalidade e a alma perdidas. 
O PS de Santa Comba Dão está atento, tem ideias, tem protagonistas qualificados, como é o caso, por exemplo, de Leonel Gouveia e irá desenvolver um programa e uma candidatura aberta às pessoas com a finalidade de devolver ao concelho e aos santacombadenses a esperança de viverem, novamente, num território com dinamismo económico e com qualidade de vida. (texto de Acácio Pinto)"















A "ANEDOTA" DO DIA - MIGUEL RELVAS E ANTÓNIO BORGES

CRÓNICA DOS BONS MALANDROS - será que poderíamos chamar assim a esta próxima conversa entre Miguel Relvas e António Borges? Diz o jornal que os dois vão discutir o futuro da RTP. Depois do que é público e todos sabemos só pode ser anedota. Eu diria que vão é discutir o futuro deles. Seja lá o que for, em matéria de privatizações, concessões, reorganizações, vendas e nomeações, SÃO AMBOS CATEDRÁTICOS!

PASSOS COELHO CONFESSA O SEU FALHANÇO À TROIKA

VÍTOR GASPAR TAMBÉM FALHOU - Fica demonstrado que o ministro das Finanças passou uma receita que fez o doente morrer da cura. Arrasou a economia e criou um desemprego inimaginável. Mesmo que a teoria fosse a do "careca", rapar o cabelo à máquina zero, para depois dizer que cada pelo era um ganho, mesmo assim, o homem que fala a 10 à hora, estampou-se. Adianta um défice de 5,3%? O ano passado foi de 4,2. Esta ano deveria ser menor. Para quê tantos sacrifícios? Por que motivo chumbou 90% das 356 propostas alternativas do PS. PASSOS COELHO FALHOU, SÓ OS PORTUGUESES CUMPRIRAM.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

MEIO MILHÃO DE EUROS PARA TRÊS

AS FINANÇAS CONFIRMAM- o amigo de Vítor Gaspar - e companhia - podem ter vencimentos até 500 MIL EUROS. Serão três milhões em cinco anos. O felizardo João Moreira Rato, que substitui Alberto Soares (na foto) ganhará mais do que o primeiro-ministro. É por ser mais responsável? Também, mas o motivo principal é para oferecer a este técnico de 39 anos a oportunidade de exercer hábitos antigos. Afinal, sempre veio do falido Lehman Brothers, do Goldman Sachs que aldrabou as contas da Grécia em 20o2 e 2003 e por onde passou António Borges. ESCOLHIDOS A DEDO!

0E 2013 - PSD/CDS CORTAM 154 MILHÕES NOS FILHOS E FAMÍLIAS

Síntese - O GOVERNO PRETENDE DAR ESTOCADA FINAL NAS FAMÍLIAS - quer cortar os benefícios fiscais aos filhos e às pessoas deficientes. Serão 154 milhões a subtrair ao rendimento disponível. VÍTOR GASPAR falhou e Passos Coelho nem sem se fala.  Assim, qualquer individuo medíocre pode ser ministro das Finanças. Corta tudo a todos, protege os seus e despreza o povo a quem prometeu um futuro melhor. Entretanto os negócios feitos com os "grupos" vão assegurar-lhes um pós-governo sem preocupações. É TEMPO DE PREPARAR A SAÍDA!

COMBUSTÍVEIS - SIC DESCOBRE - GOVERNO "LEVA" 10 MILHÕES A MAIS POR CADA CÊNTIMO INDEVIDO


Síntese - FOI DESCOBERTA MAIS UMA LEVIANDADE DO GOVERNO - o trabalho é da SIC de Pinto Balsemão. Descobriu-se que pagamos 4 cêntimos acima da média da UE e cada cêntimo de aumento dos combustíveis rende mais de 25 mil euros por dia em IVA ao Estado.  Ao fim de 1 ano, PASSOS COELHO "ARRECADA" 10 milhões por cada cêntimo que pagamos mais caro. Portanto, 40 MILHÕES ANO. As gasolineiras também ganham. Portanto estava tudo calado. A entidade reguladora também. FRANÇOIS HOLLAND acaba de obrigar a uma BAIXA de 6 cêntimos repartida entre Estado e gasolineiras. É A DIFERENÇA!



terça-feira, 28 de agosto de 2012

7 MIL EUROS - GOVERNO NOMEIA MAIS 3 A GANHAR MAIS DO QUE O 1º MINISTRO


Síntese: um escândalo por dia - Carlos Zorrinho e José Junqueiro questionam governo. Passos Coelho e Vítor Gaspar, criaram mais uma empresa pública para substituir o IGCP. A finalidade é "fintar" a lei para poder pagar a estes gestores mais do que ao próprio primeiro-ministro, acima dos 7 mil euros, acrescidas de todas as mordomias.   Senda Catroga e António Borges continua-se pelo presidente,  desta empresa,João Moreira Rato, que veio, TOME NOTA, do falido Lehman Brothers, passou pelo Goldman Sachs, o banco que ajudou a mascarar as contas gregas em 2002 e 2003, e por onde passou também António Borges, e chegou vindo do Morgan Stanley, onde era editor executivo. TUDO POUCO RECOMENDÁVEL!

"Socialistas querem saber quantos administradores das empresas públicas ganham mais que Passos Coelho, depois de autorizada mais uma exceção à regra de que nenhum gestor público pode auferir mais do que o primeiro-ministro. 
Para o PS, é "surpreendente" que esta exceção tenha sido autorizada pelo Governo, quando, no Parlamento em junho, o próprio ministro Vítor Gaspar tinha garantido que, apesar da transformação do instituto em empresa, não haveria aumentos com as remunerações dos dirigentes do IGCP. 
Na altura, o ministro das Finanças, tinha afirmado: "Não existe aumento de despesa com as remunerações dos dirigentes do IGCP e não quero ser mais preciso do que fui neste momento", afirmou na Comissão Parlamentar de Acompanhamento das Medidas do Programa de Ajustamento."
Soube-se hoje que os estatutos do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, publicados no Diário da República de ontem, permitem aos três administradores desta agência pública ganhar um vencimento que corresponde à média salarial dos últimos três anos, de acordo com uma notícia do jornal Público. 
Para os socialistas, "é absurdo considerar" que o IGCP viva "em regime de concorrência de mercado", a fórmula que permite a exceção nos vencimentos dos administradores. 
Nas perguntas dirigidas a Vítor Gaspar, os deputados Carlos Zorrinho e José Junqueiro querem saber "quantas empresas públicas beneficiam, atualmente, deste regime, e quantas poderão vir a beneficiar" (conhecem-se os casos da RTP, CGD e Empordef), mas também "quantas pessoas" usufruem destes vencimentos superiores ao do primeiro-ministro "e qual o valor do salário que aufere, bem como o das remunerações compensatórias associadas". 
O presidente do IGCP esteve no falido Lehman Brothers, passou pelo Goldman Sachs, o banco que ajudou a mascarar as contas gregas em 2002 e 2003, e por onde passou também António Borges, e chegou vindo do Morgan Stanley, onde era editor executivo.
João Moreira Rato foi o homem que, aos 39 anos (completa 40 em setembro), Vítor Gaspar foi buscar para presidir ao Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público."

(JOR. NEGÓCIOS) BPN - EX TRABALHADORES COMEÇAM A SER DESPEDIDOS

O ESTADO, NÓS, PAGAMOS - o despedimento de trabalhadores do BPN. O BIC de Mira Amaral (ex ministro do Cavaquismo), depois de ter dado o dito por não dito - e afastado a concorrência -  "comprou" por 40 milhões, depois da intervenção direta de Passos Coelho que, PRIMEIRO, injectou 400 milhões, MAIS as indemnizações destes trabalhadores e MAIS o encerramento de balcões. SÓ NÓS FICÁMOS COM MENOS

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

(PÚBLICO) O EQUIVOCO ORÇAMENTAL DE PASSOS COELHO



O ano de 2011 terminou com um défice de 4,2%, bem mais abaixo dos 5,9 acordados com a Troika. Ficou a ideia de que as metas de 4,5% para 2012  e 3% para 2013 seriam exequíveis. O governo cobrara mais do que o necessário e foi assim que os portugueses chegaram ao Natal com dinheiro a menos e Vítor Gaspar com dinheiro a mais, cerca de 3 mil milhões de “superavit” no seu "bom caminho"!
António Seguro disse ao Primeiro-ministro que ter ido para além da Troika fora uma imprudência, que a austeridade se revelara excessiva, ultrapassara largamente as exigências do memorando e avisou que muito rapidamente poderíamos entrar numa espiral recessiva e num aumento exponencial do desemprego.
O governo respondeu com a subida do IVA para a taxa máxima de 23% na luz, no gás, na restauração, diminuiu e congelou salários, "confiscou" subsídios de férias e Natal, tudo para além do memorando e até da Constituição, como se viu. Cruzou os braços perante a indisciplina no preço dos combustíveis, esqueceu a promessa da rede "low cost", travou o investimento nas energias renováveis, ignorou o apoio ao financiamento da economia e à sua internacionalização.
O PS não gostou e não se ficou pelas palavras. Exigindo ao governo "outro caminho" apresentou-lhe mais de 350 propostas alternativas e a negociação de mais tempo, pelo menos mais um ano, para a consolidação das contas públicas, dando mais oportunidade à economia, ao crescimento e ao emprego.
O governo respondeu chumbando a esmagadora maioria, cerca de 90%, sobretudo nas áreas sensíveis da economia, finanças, educação, trabalho e emprego. Passos Coelho e os “doze apóstolos” (António Borges incluído), revelaram desinteresse pelo país real e desprezo pelo sofrimento das famílias. "Custe o que custar" foi o caminho escolhido.
Foi assim que em 2012 chegámos a um desemprego inédito, superior a 15%, a um aumento de 47% nas falências, 500 empresas por dia, a mais 205 mil desempregados do que em 2011, a uma recessão histórica, superior a - 3%, a uma economia parada e a 100 mil portugueses, na sua maioria jovens superiormente habilitados, empurrados para a emigração.
Foi assim que caíram as receitas fiscais nos combustíveis e nos automóveis, e houve menos IVA, menos IRC; apenas mais IRS, dinheiro das famílias a quem a banca está a leiloar diariamente 120 casas que tinham comprado com o seu trabalho.
O ministro das finanças, esse equívoco emocional, sempre a dez à hora, mesmo assim estampando-se em todas as suas previsões, lá veio dizer, pleno de impudência, que estava surpreendido com o desemprego e até com a quebra das receitas fiscais.
Não convenceu ninguém, nem mesmo Manuela Ferreira Leite que, com fina subtileza, até com alguma religiosidade, dizendo-se “mulher de fé”, já há muito confessara que esta austeridade não levaria a lado nenhum.
Não há desculpas. Não foi por falta de aviso e propostas do PS que haverá derrapagem do défice e que a execução do OE 2012 e o ministro das Finanças se constituíram no equívoco orçamental de Passos Coelho.

TINHA RAZÃO : GOVERNO TAMBÉM PAGA O SUBSÍDIO DE NATAL AOS SEUS

IMORALIDADE E ACINTE - Em causa o decreto-lei que estabelece "não poderem os membros dos gabinetes "ser prejudicados nos seus direitos, regalias, subsídios e outros benefícios sociais de que gozarem na sua situação profissional de origem". É assim que o GOVERNO, jogou e preparou a articulação da lei. Portanto, se o cidadão comum tem o azar de ser reformado ou de não pertencer à corte dos gabinetes da maioria  verá que só a DINASTIA GOVERNAMENTAL tem DIREITO, também,  AO SUBSÍDIO DE NATAL!

ANTÓNIO SEGURO -RTP- SE DÁ PREJUÍZO, QUE PRIVADO A QUER COMPRAR?

Síntese - "COM O PS NO GOVERNO voltará a existir um serviço público que se seja prestado por uma televisão pública com uma gestão rigorosa e que sirva os interesses nacionais" .... "a intenção de concessionar a televisão ..."serve alguns interesses, mas não serve o pais"... SE DÁ PREJUÍZO, QUE PRIVADO A QUER COMPRAR? O serviço público é indispensável e é por isso que em todos os países da Europa há serviço público de televisão...“ESPERO QUE ESTA PROPOSTA DO GOVERNO NÃO PASSE no crivo do Presidente da República”.
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O secretário-geral do PS disse hoje, na Madeira, que quando o PS for governo voltará a existir um serviço público de televisão, considerando que a intenção de concessionar a televisão "serve alguns interesses, mas não serve o pais".
António José Seguro reagia assim à proposta governamental de concessão a privados do serviço público de televisão, anunciada pelo consultor do governo António Borges, na quinta-feira.
No final de uma visita às zonas que sofreram incêndios na freguesia de Gaula, em Santa Cruz, António José Seguro referiu que a proposta do Governo “pode servir alguns interesses, mas não serve o país nem o interesse nacional”.
“Eu quero ser muito claro: quando o PS for Governo voltará a existir um serviço público que se seja prestado por uma televisão pública com uma gestão rigorosa e que sirva os interesses nacionais”, disse.
António José Seguro manifestou ainda ter esperança que “esta proposta do Governo não passe no crivo do Presidente da República”.
Confrontado com o futuro dos centros regionais de televisão na Madeira e nos Açores, referiu que o serviço público "significa coesão nacional e esta passa também por coesão territorial e é importante que tanto na Madeira como nos Açores possa haver também um serviço público de televisão".
"Serviço público significa aumentar e afirmar a língua portuguesa no mundo e é muito importante que promova a língua e a cultura portuguesa e que não esteja dependente de critérios de mercado. O serviço público é indispensável e é por isso que em todos os países da Europa há serviço público de televisão", continuou.
Lembrou ainda que o serviço público de televisão em Portugal "pode e deve ser prestado sem que isso signifique prejuízo para a rádio e para a televisão que o presta".
"Neste momento há recursos muito claros que estão à disposição do serviço público de rádio e da RTP, as taxas que os portugueses pagam, cerca de 150 milhões de euros por ano e as receitas da publicidade, falamos de 200 milhões de euros", realçou.
"Há uma coisa que não compreendo, se a televisão e a rádio não dão lucros, acha que algum privado quer aceitar a concessão", perguntou.
António José Seguro, que se encontra na Madeira para participar na Festa da Liberdade, na Fonte do Bispo, promovida pelos socialistas madeirenses, apelou ao Governo Regional e as Câmaras Municipais para que apoiem as famílias na reconstrução das suas casas e haveres destruídos pelos incêndios.

domingo, 26 de agosto de 2012

SENADORES PSD E CDS PRESSIONAM REVISÃO DAS METAS DO DÉFICE

PAULO RANGEL E PIRES DE LIMA PRESSIONAM PASSOS COELHO com o objetivo de rever as metas do défice. Pires de Lima defende a flexibilização das condições impostas pela Troika. Paulo Rangel. Paulo Rangel pede soluções alternativas para atacar os "efeitos" de uma crise que "podem ser catastróficos". O PS e ANTÓNIO SEGURO apresentaram 356 propostas alternativas. A maioria chegou a chumbar 90%. Agora são os senadores do PSD e CDS a dar razão ao PS e querem: MAIS TEMPO E OUTRAS PROPOSTAS. QUEM DIRIA?. 

MORREU NEIL AMSTRONG - O 1º HOMEM A CHEGAR À LUA


Morreu Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar o solo da Lua, anunciou este sábado a sua família. O antigo astronauta tinha 82 anos e ainda não são conhecidos pormenores sobre a causa da morte, mas sabe-se que Armstrong foi submetido a uma operação ao coração, no início do mês, para aliviar uma obstrução nas artérias coronárias. Na sua última aparição pública, em Novembro de 2011, Armstrong recebeu, juntamente com os seus companheiros de missão Buzz Aldrin e Michael Collins, a medalha de ouro do Congresso dos Estados Unidos. Nascido a 5 de Agosto de 1930, o Neil Alden Armstrong fica para a história como o primeiro homem a pisar a Lua, a 20 de Julho de 1969, como comandante da missão Apollo 11. O acontecimento foi transmitido em directo para todo o mundo, através da televisão. Ao sair do módulo lunar, Neil Armstrong proferiu a mítica frase: “Um pequeno passo para o Homem, um salto gigantesco para a Humanidade”.

AGUIAR BRANCO FALA EM DIMINUIÇÃO HISTÓRICA DA DESPESA

Ministro da Defesa, Aguiar Branco, visita a capital do móvelImagem: Lusa/Ricardo Castelo
Ministro da Defesa, Aguiar Branco, visita a capital do móvel
“Temos a despesa controlada e com níveis de diminuição históricos, o que desmente os que dizem que o Governo não está a fazer nada para reduzir a despesa e significa que o Governo está a atuar onde tem controlo direto. Também são bons os níveis de poupança que os portugueses têm hoje e também o nível das exportações é histórico, o que significa que os portugueses estão a fazer tudo para poderem ultrapassar a grave crise que atravessamos”, afirmou Aguiar Branco.
Falando à margem da inauguração oficial da 39.ª edição da feira de mobiliário de Paços de Ferreira, o ministro admitiu que “a parte da receita não tem funcionado tão bem”, acrescentando que “o senhor ministro das Finanças, no momento oportuno, dará as indicações quanto à forma como se irá ultrapassar este problema”.
Segundo o boletim de execução orçamental divulgado pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) na quinta-feira, a receita fiscal do Estado caiu 3,5 por cento nos primeiros sete meses deste ano por comparação com o mesmo período de 2011,
Os números mostram uma quebra de 4,7 por cento na receita dos impostos indiretos. Os impostos diretos, que na primeira metade do ano tinham crescido, também registaram uma variação homóloga negativa até julho: -1,6 por cento.
O Governo previa no Orçamento do Estado para 2012 (OE212) que a receita fiscal do Estado crescesse 2,9 por cento; este valor foi revisto ligeiramente em baixa no orçamento retificativo, mas continuava a esperar-se que a receita dos impostos aumentasse. O Governo comprometeu-se a apresentar este ano um défice orçamental de 4,5 por cento do PIB."

sábado, 25 de agosto de 2012

PORTUGUESES FICAM SEM RTP, MAS VÃO PAGAR AO PRIVADO

 Síntese - O GOVERNO OFERECE RTP (A AMIGOS?) E AINDA PAGAMOS - todos os meses a taxa de audiovisual. Dizem o DN e o  SOL que serão 2,8 mil milhões durante 20 anos 140 milhões por ano. Como Relvas não pode falar, António Borges trata do assunto. Como o CDS não concorda, foi o último a saber. Ficaremos também sem a RTP 2. O POTE ESTÁ A FICAR VAZIO, MAS HÁ QUEM AINDA GOSTE!

"Valor de contribuição audiovisual deverá manter-se. Os portugueses vão continuar a financiar o serviço público de televisão. Segundo avançou o consultor do Governo para as privatizações, António Borges, em entrevista à TVI, um dos modelos em análise para o futuro da RTP passa por concessionar a RTP1 a uma empresa ou entidade privada e fechar a RTP2.
O novo modelo prevê que deixem de ser pagas as dotações de capital e a indemnização compensatória à RTP - prevista no Orçamento do Estado -, mas continuará a ser paga pelos portugueses, todos os meses, o valor da taxa do audiovisual.
Assim, numa média de 20 anos - segundo o "Sol", as licenças de concessão serão negociadas entre 15 e 25 anos -, os portugueses irão entregar ao futuro dono da RTP 2,8 mil milhões de euros - 140 milhões por ano - pela execução das obrigações de serviço público." (Rebeca Venâncio)

IMERGÊNCIA NACIONAL - FERNANDA CÂNCIO




Afinal, aquela ideia de que não precisamos de Tribunal Constitucional para nada é capaz de fazer sentido. Bastam-nos o gabinete jurídico do PM e do ministro das Finanças, muito mais valorosos na defesa dos direitos fundamentais das pessoas que os conselheiros do Palácio Ratton.
Veja-se a manchete de ontem do DN. Aí se garante que no governo mais pequerrucho e poupadinho de sempre, estrela do firmamento da austeridade, se instituiu que membros dos gabinetes ministeriais "sem relação jurídica de natureza pública", em número desconhecido, tiveram direito a receber o subsídio de férias de que os restantes funcionários da administração pública foram privados por decisão do mesmíssimo governo. 
Isto porquê? Ora, porque, explica o gabinete do PM, os ditos assessores, motoristas, secretários e etc. adquiriram o direito às férias em 2011, à razão de dois dias por mês de trabalho, e a norma que determina a perda dos subsídios não tem efeitos retroativos: "Só pode abranger as férias adquiridas na sua vigência."

Percebido? Não? Melhor explicado: não se pode tirar às pessoas dinheiro que é delas, por lei e por contrato, e os subsídios de férias pagos - todos, sem exceção - em 2012 dizem respeito ao trabalho prestado em 2011. 
Como o Orçamento do Estado que elimina o pagamento dos subsídios é de 30 de dezembro, não pode aplicar-se a uma prestação respeitante ao ano de 2011. Caramba, isto entra pelos olhos adentro. Até porque, note-se, a maioria dos membros dos gabinetes - incluindo quiçá os assessores jurídicos - terá sido contratada antes do fatídico 13 de outubro em que Passos anunciou, invocando "emergência nacional", o corte dos subsídios, e estava a contar com eles. Aliás, quem diz os contratados diz os próprios ministros sem a tal "relação jurídica de natureza pública". Por exemplo, o PM, que veio do privado, privadíssimo, e, pela mesma lógica, terá recebido o subsídio de férias, apesar de, é sabido, achar isto dos subsídios um regabofe indescritível.
Com os direitos adquiridos das pessoas não se brinca, é o que os gabinetes do PM e do ministro Gaspar nos dizem. Por muito menos que isso, é certo, o TC foi crismado de irresponsável, lesa-pátria, até interesseiro (porque, malandro, decidia também sobre os seus próprios subsídios), e avisado de que se metia onde não era chamado, "interferindo em matéria orçamental" (nas palavras sempre avisadas do líder parlamentar do PP). Mas isso foi só porque o Executivo não concordou com a argumentação - que é lá isso da igualdade e da proporcionalidade, pivete a socialismo, horror -, e odiou que lhe retirassem o mérito de ter chegado sozinho à conclusão de que cortar os subsídios de férias de 2012 no fim de 2011 é uma ilegalidade inadmissível. Falta agora, claro, anunciar a restituição para todos. Deve ser quando Gaspar vier explicar, devagarinho, em que jogo de azar perdeu os quase quatro mil milhões de euros que lhe faltam.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

CDS E OPOSIÇÃO CRITICAM GOVERNO DE COLIGAÇÃO


Síntese - ATÉ O CDS CRITICA O SEU PARCEIRO DE COLIGÇÃO - É o cúmulo! António Borges, o 12º ministro, o "leal conselheiro" do PSD para as privatizações, substitui-se ao governo e anuncia o fim da RTP. Pelos vistos o CDS foi o último a saber desta antecipação. Percebe-se que Miguel Relvas não possa aparecer, por motivos óbvios. Marcelo disse na TVI que o ministro já não tinha espaço para "tratar" da RTP. MAS TRATOU!

"Oposição critica o Governo por ter sido o seu consultor António Borges a avançar a notícia de que a RTP pode vir a ser concessionada a investidores privados. O Bloco de Esquerda quer mesmo esclarecimentos do ministro Miguel Relvas no Parlamento. Do CDS, parceiro da cvoligação no Executivo, o deputado João Almeida também deixou críticas a António Borges, na SIC Notícias"

RELVAS EO GOVERNO PASSAM A RTP A PATACOS

MIGUEL RELVAS AVANÇOU COM A VENDA/CONCESSÃO DA RTP - O serviço público de televisão passará para as mãos dos privados "escolhidos dolosamente" pelo PSD. Mais um negócio para os amigos e mais um passo para o controlo total da comunicação social. E uma boa parte ficará em mãos de amigos estrangeiros ou "estranhos". Só um analfabeto feito doutor era capaz de assinar por baixo a autoria de um "desfalque" em mais um setor estratégico nacional, de interesse público. A PÁTRIA DO GOVERNO É O DINHEIRO!

SIC - CAIU A MÁSCARA - SUBSÍDIOS PAGOS NOS GABINETES DO GOVERNO

ENQUANTO TODOS FOMOS CONFISCADOS, na maior ilegalidade, tal como CONFIRMOU o Tribunal Constitucional, funcionários dos gabinetes do governo recebem os seus subsídios de férias e Natal. Diz o governo que não se pode cortar a quem, por exemplo, veio do privado e trabalhou pelo menos 6 meses. A decisão não é retroativa. Não  perde o direito. E quem trabalhou uma vida inteira, os REFORMADOS, e aqueles que passados 40 anos ainda trabalham? É fazer pouco das pessoas. Chama-se e esta atitude imoral  ARBITRARIEDADE E ABUSO DE PODER.

(in Diário de Viseu) OS PORTUGUESES CUMPRIRAM E SÓ O GOVERNO FALHOU



É curioso que a discussão, neste momento, se dirija ao OE 2013 sem cuidar dos resultados da atual execução orçamental e das suas consequências. Até parece que não tem importância nenhuma, mas não é assim.
Quando em 2011 o ano terminou com um défice de 4,2%, bem mais baixo do que os 5,9% exigidos pelo memorando da Troika, percebeu-se que a meta de 4,5% para 2012  e a de de 3% para 2013 seriam dados adquiridos. Penso que os portugueses aceitaram os sacrifícios impostos com base nessa expetativa.
Acontece que as ultimas notícias, das entidades nacionais e internacionais, são preocupantes, porque apontam para uma derrapagem de todos os cálculos do governo, mesmo depois deste os ter corrigido várias vezes.
Dir-se-ia, como o governo ultimamente tanto insiste, que há uma crise internacional, a mais severa destes últimos 80 anos, tal como há dias referia na televisão o nosso conterrâneo Alvaro Santos Pereira, ministro da Economia, e que isso justifica as dificuldades.
É verdade, mas isso já dizia o eng. Sócrates há um ano. Esse facto conduziu-o ao célebre  PEC IV, aprovado por todos os chefes de estado e de governo, pelo BCE, Comissão Europeia e chumbado logo a seguir pela nossa AR, sob a liderança do PSD, para espanto de toda a Europa.
Diziam, então, o PSD e o CDS exatamente o contrário. A crise era interna, exclusivamente portuguesa e socialista e que o tal PEC IV, de saudosa memória, era excessivo, pedia muitos sacrifícios aos portugueses. E foi assim, tal e qual, o que disseram. E os portugueses acreditaram e dirigiram o seu olhar para a esperança que a direita lhes prometia.
Estamos todos defraudados. Afinal a crise, agora, já é internacional, multilingue, mas as medidas impostas por Passos Coelho e Paulo Portas são incomparavelmente mais dramáticas, foram mesmo para além do que era exigido pela Troika.
E o que resultou de tudo isto? Uma crise política a somar à crise económica, um Presidente da República com popularidade instalada no "ground zero", um desemprego estatístico oficial de 15%, um outro global e real de 23%, mais 205 mil desempregados do que em 2011, tendo já perdido direito a subsidio mais de 50%; um aumento de 47% nas falências, uma recessão histórica superior a -3%, uma economia parada com total ausência de medidas para o seu financiamento e internacionalização.
E, espantem-se, o défice será superior ao de 2011, talvez não cumpra as metas deste ano nem do próximo, ficámos sem subsídios, pagamos o IVA a 23%, temos energias mais caras, pararam-se todos os investimentos e vemos a nossa juventude emigrar.
Portanto, é melhor não comentar o que não se conhece, o OE 2013, e refletir sobre o que está a acontecer, sobre o mundo real em que vivemos, sobre o que nos está a acontecer, porque tudo isto, para já, significa que os portugueses cumpriram e que só o governo falhou.
DV 2012.08.22

PASSOS COELHO/PAULO PORTAS - FALHANÇO E EMBUSTE

PRESIDENTE DA REPÚBLICA, GOVERNO PSD/CDS - EMBUSTE ANUNCIADO - Cavaco disse que havia limites para os sacrifícios, mas MENTIU. Passos Coelho disse que resolveria pelo lado da despesa, mas MENTIU,  "meteu ao bolso" o produto do nosso trabalho. FALHARAM TODAS AS METAS. Deitaram a mão aos setores estratégicos da economia, venderam tudo a patacos, colocaram os seus e puseram o que puderam nas mãos da elite BPN -  os melhores negócios. TRATARAM DE SI À CUSTA DO PAÍS. UMA "TRAIÇÃO"!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

GOVERNO ASSUME QUE FALHOU O DÉFICE. SÓ OS PORTUGUESES CUMPRIRAM

O GOVERNO ASSUME QUE NÃO CONTROLA O DÉFICE - SÓ os rendimentos dos trabalhadores contribuíram para os cofres do Estado. Passos Coelho e Paulo Portas extinguiram a classe média, criaram novos pobres e fizeram dos outros pobres pessoas cada vez mais pobres. LIQUIDARAM a economia. O IVA, IRC, IA ... e todos os outros impostos que significam atividade económica foram menores. Derrapou a receita fiscal. O défice será maior. Para quê tantos sacrifícios? OS PORTUGUESES CUMPRIRAM. O GOVERNO FALHOU!

GOVERNO TEM ESTADO A GASTAR MAIS

O GOVERNO PERDEU O CONTROLO DAS "GORDURAS" - Globalmente o Estado está a gastar mais. Vítor Gaspar, logo no início, depois da campanha eleitoral, disse à televisão que quanto a "CORTES" era "mais fácil dizer do que fazer". Acontece que "finta"para fazer de conta que faz.. MAS única coisa que faz, mas tinha prometido que não, é CONTINUAR A IR AO BOLSO DAS FAMÍLIAS.

1º MINISTRO PAGA SUBSÍDIOS A ASSESSORES DO GOVERNO

O 1º MINISTRO AINDA NÃO RESPONDEU AO PS - a pergunta foi feita por mim e Carlos Zorrinho. Foi a 2ª vez. A 1ª resposta de várias páginas e artigos de várias leis foi "desenhada" para que a opinião pública nada percebesse. MAS CONFESSAVA que alguns recebiam: os do privado que foram para o governo, por terem direito a férias vencidas. MAS quando saem das empresas acertam contas com elas. QUANDO ingressam nos gabinetes ficam sujeitos às regras do público. ACONTECE que os do público também têm férias vencidas e não recebem. PORTANTO, perguntámos, 2ª vez, quantos são, donde vêm, que vínculos tinham, quantos recebem. O 1º MINISTRO ESTÁ EMBARAÇADO E NÓS INDIGNADOS!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

HOJE (opinião no J Negó) PASSOS COELHO E OS CINCO ERROS CRASSOS



Em Outubro, aquando do OE 2013 da atual maioria, o PS e o país ficarão a saber as metas e medidas concretas que o governo vai apresentar. Até lá o maior partido da oposição continuará em silêncio sobre o que desconhece, mas depois dirá o que pensa e, se for caso disso, repito, “se for caso disso”, apresentará propostas alternativas claras, porque o PS não aceitará ao governo a repetição de erros crassos do passado, apenas pela recusa em ouvir e considerar cinco linhas estruturantes. Passo a lembrar.
O PS combateu a ausência de uma política de promoção do emprego e avisou o governo sobre o efeito recessivo dos seus cortes cegos, excessivos, e as suas consequências. A título de exemplo, o IVA máximo na energia e restauração, o corte de 50% do subsídio de Natal em 2011 e o confisco dos dois de 2012, subtraíram à economia. O governo não ouviu. Hoje há mais 205 mil desempregados, uma taxa que atingiu os 15% sendo que a real passa os 23%.
O PS defendeu uma estratégia para a recuperação e crescimento económicos, apoiando as empresas, nomeadamente as que exportam e alertou para as consequências da ausência de financiamento à economia e à sua internacionalização. O governo não ouviu. Hoje acrescem ao desemprego conhecido mais 705 mil portugueses com pagamentos em atraso e o leilão bancário de 120 casas por dia.
O PS combateu a política de Passos Coelho que se concentrara na defesa ideológica de uma austeridade excessiva, contra tudo e contra todos, demonstrando-lhe que os sacrifícios poderiam ser menores com uma repartição mais sensata. O défice em 2011 (incompreensivelmente) foi muito menor do que a Troika exigia e o memorando previa. Acontece que este ano não está a diminuir, está a aumentar. O governo não ouviu. Paradoxalmente, o défice será maior do que em 2011 e corre o risco de não atingir a meta de 4,5 % assumida no memorando.
O PS defendeu mais tempo para consolidar as contas públicas, de modo a diluir o esforço de todos e a aumentar as oportunidades para a economia e o emprego, sobretudo o mais jovem. O governo não ouviu. Hoje mais de 150 mil pessoas saíram de Portugal, sobretudo jovens superiormente qualificados, delapidando-se um património humano, português, formado por nós e colocado ao serviço de terceiros.
O PS combateu sempre o seguidismo acrítico e menor, quase "religioso", que Passos Coelho tem vindo a fazer da senhora Merkel e que se traduz na ideia inqualificável de substituir o crescimento pelo empobrecimento ou o emprego pela emigração, quebrando todas as regras e valores que levaram à construção europeia. O governo não ouviu. As falências aumentaram quase 47%, cerca de 500 empresas encerram todos dos dias e a desagregação da Europa nunca esteve tão perto.
Assim, é oportuno lembrar ao governo de que é necessário escolher outro caminho, demonstrar às pessoas que o país é possível e que o seu reencontro com a confiança e um futuro de esperança é uma exigência inultrapassável. Sem isso, nada pode ser pedido ao PS. Não há cheques em branco, nem espaço para a repetição destes cinco erros crassos de Passos Coelho.