sexta-feira, 16 de novembro de 2012

(opinião DV) SÓ FERNANDO CÁLIX TEM TIDO VOZ.


Síntese - "Percebe-se que PSD e CDS estejam calados. A falta à palavra dada a isso aconselha, mas os outros silêncios não se entendem. A intervenção dos deputados socialistas é permanente, mas não chega nem se substitui a quem politica e partidariamente deve fazer da pública concelhia uma realidade viva. Afinal as pessoas votam nos seus representantes e os partidos fazem escolhas internas para darem voz a quem a não tem, para falar do futuro, de ideias novas, para as coisas boas (museu do quartzo, Viseu “melhor cidade para se viver”), e para as que o não são (desemprego, insolvências, crianças com dificuldades nas escolas). E, quer se goste ou não, dos políticos locais só Fernando Cálix tem tido voz pública."
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O deputado Acácio Pinto questionou na Assembleia da República o ministro Miguel Relvas sobre o processo de extinção de freguesias (travestido de reforma da administração local). E, de forma assertiva, criticou-o por mais uma tentativa, desta vez doce e subtil, de passar para outros, para o PS, a estafada desculpa da iniciativa ou do projeto que está a levar o poder local ao desastre.
Mas foi mais longe. Exortou-o a que apresentasse um nome ou um documento, um único que fosse, para sustentar a atitude de quem não pode fazer da vida política uma mentira permanente. O ministro falou, mas sobre a matéria nada disse a seu favor. Passou a palavra ao secretário de estado da tutela que, igualmente, não pôde responder sobre o que não existe. Eu estava presente e à espera para, olhos nos olhos, ouvir afirmar a trapaça, mas nada ouvi. Caiu a máscara ao PSD.
Ficou, mais uma vez, claro, como reafirmou Acácio Pinto, que o "pater" deste dizimar de freguesias tem um nome: Miguel Relvas. Enganaram os presidentes de junta, não conseguem justificar por que motivo a extinção de 1165 freguesias é um número significativo, e 400, 600 ou 800 são números que nada significam. Nem conseguem explicar o recurso à matemática e ao centralismo negando aos legitimamente eleitos a decisão livre de organizarem as suas vidas e a das pessoas que os elegeram.
O que o governo impõe a Viseu, excetuando a simplificação natural de três freguesias da cidade, traduz precipitação, invasão da autonomia do poder local e claro prejuízo dos fregueses que mais distantes da urbe não têm outra referencia que não seja a do seu presidente de junta, seja qual for o partido.
A garantia de serviço público, que o memorando exige, está posta em causa, porque a dita reforma nada mais é do que a extinção acéfala de entidades que fazem falta à vida das pessoas.
A cidade vai vivendo de silêncios, interrompidos trimestralmente pela rotina da assembleia municipal. Percebe-se que PSD e CDS estejam calados. A falta à palavra dada a isso aconselha, mas os outros silêncios não se entendem.
A intervenção dos deputados socialistas é permanente, mas não chega nem se substitui a quem politica e partidariamente deve fazer da pública concelhia uma realidade viva. Afinal as pessoas votam nos seus representantes e os partidos fazem escolhas internas para darem voz a quem a não tem, para falar do futuro, de ideias novas, para as coisas boas (museu do quartzo, Viseu “melhor cidade para se viver”), e para as que o não são (desemprego, insolvências, crianças com dificuldades nas escolas). E, quer se goste ou não, dos políticos locais só Fernando Cálix tem tido voz pública.
DV 2012-11-14

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