sábado, 29 de dezembro de 2012

(Opinião) VOTOS DE UM NOVO ANO .... MELHOR


Um novo ano corresponde sempre a uma nova esperança. Todos esperam que tudo corra melhor. Não há nenhum bom motivo para às zero horas do dia 31 não fazermos o que é tradicional: por cada passa, um desejo. Apesar de tudo o que é conhecido, a vontade de vencer deve estar presente. Espírito positivo, portanto.
Em Outubro teremos eleições autárquicas. A renovação no poder local será a maior de sempre. Justa ou injustamente, a verdade é que, pela aplicação da lei, todos os presidentes de câmara e de junta com mais de doze anos de serviço público vão mudar.
O momento será de reconhecimento pelo progresso realizado nas suas freguesias e concelhos e transporta consigo a ideia de uma nova geração de autarcas, com perspetivas diferentes, com um novo olhar sobre a gestão do território e qualificação da vida das pessoas. Todos terão, no entanto, o mesmo desejo: valorizar o que está bem e descobrir o que pode ser ainda melhor. Serão dez meses de debate intenso em todo o país.
Durante este período teremos uma primeira grande expectativa nacional, no início da primavera: o resultado da execução orçamental do governo. A esperança é a de que surjam sinais claros de viragem na crise que ainda não parou de se agravar.
Se a dívida era de 94% do PIB, hoje ultrapassa os 120%; se o desemprego esperado era de pouco mais de 13%, hoje vai a caminho dos 17%; se o número de insolvências no nosso distrito era preocupante, hoje aumentou 42,9%; se o saldo entre exportações e importações é tendencialmente positivo, sabemos que os motivos não são são os melhores: o crescimento das exportações ficou aquém do esperado e a queda nas importações foi muito para além do previsto, facto que se explica pelo nosso crescente empobrecimento.
Com os cortes anunciados a expetativa é enorme. Por isso, depois de todos os sacrifícios impostos, de se ter rasgado o contrato social, de se ter quebrado a relação de confiança entre o Estado e as pessoas ( subsídios, pensões.....) de se ter concessionado, privatizado ou vendido tudo o que era setor estratégico rentável, tudo em nome da recuperação, nada poderemos esperar de pior. A ser assim, aqui deixo os meus votos de  um novo ano.... melhor!
DV 2012.12.26

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