quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

I Pitagórica - PS descola e tem 9% sobre um PSD em queda

O barómetro i/Pitagórica de Fevereiro regista mais uma descida do PSD nas intenções de voto. O partido do governo volta agora aos mínimos olímpicos já registados no barómetro de Novembro – em plena discussão e aprovação do Orçamento do Estado. 
Em Fevereiro, o PSD é contemplado com apenas 26,4% das intenções de voto, quando em Dezembro e Janeiro tinha conseguido aumentar para 29% e 28,6%. Agora volta a recuar, ao contrário do seu parceiro de coligação, o CDS, que sobe nas intenções de voto. 
O partido de Paulo Portas está agora com 10,7% das intenções de voto, subindo relativamente ao mês de Janeiro, em que obteve 10,2%. O CDS conseguiu recuperar devagarinho dos 8,3% registados em Outubro – o terrível mês da crise na coligação na sequência do desastre da taxa social única. De resto, ano e meio de coabitação governativa não parece estar a causar excessivos danos na intenção de voto do CDS, ao contrário do que acontece no PSD. Nas eleições legislativas de 2011, o CDS obteve 11,7%, agora apenas cai um ponto relativamente aos resultados eleitorais. Por muitos que tenham sido os esforços bem sucedidos de Paulo Portas para fazer o seu partido passar entre os pingos da chuva das responsabilidades governativas em relação à austeridade, a verdade é que nenhum comentador previu a possibilidade de a passagem pelo governo não beliscar as intenções de voto no CDS.
O Partido Socialista tem agora 35,1% das intenções de voto, quase 9 pontos à frente do PSD. Está a recuperar, depois de dois meses em que, apesar de nunca perder o lugar de partido mais votado, registou 33,8% e 34,6%. De qualquer forma, encontra-se já a uma distância considerável do resultado obtido por José Sócrates nas legislativas de 2011 – 28,1%.
Depois da turbulência que rodeou a sucessão de Francisco Louçã, o Bloco de Esquerda começa agora a recuperar nas sondagens. No barómetro de Fevereiro obtém o melhor resultado desde que se iniciou o barómetro i/Pitagórica – 8,6% das intenções de voto. Nas últimas legislativas, o Bloco de Esquerda conseguiu apenas 5,2% nas urnas.
Mesmo assim, a CDU continua a registar um melhor resultado que o Bloco de Esquerda no barómetro i/Pitagórica, embora tenha caído relativamente ao mês de Janeiro. Em Fevereiro, a CDU regista 10,7% das intenções de voto, enquanto no mês passado chegou aos 12% – um salto considerável tendo em conta que nas legislativas o resultado da coligação liderada pelo Partido Comunista se ficou pelos 7,9%.
Quanto à coligação “outros”, que agrupa os inquiridos que indicam ir votar em branco ou nulo, registou este mês uma subida relativamente a Janeiro. Está agora nos 8,4%, precisamente a percentagem obtida nas legislativas. Em Dezembro eram apenas 5,4% os inquiridos que se reconheciam neste grupo.
Ficha técnica
Objectivo:
Estudo de opinião realizada pela pitagórica – investigação e estudos de mercado SA, para o jornal i, entre 20 e 24 de Fevereiro de 2013. Foram realizadas entrevistas telefónicas - CATI por entrevistadores seleccionados e supervisionados, com o objectivo de conhecer a opinião sobre questões políticas e socais da actualidade nacional.
Universo:
O universo é constituído por indivíduos de ambos os sexos, com 18 ou mais anos de idade, recenseados em Portugal e com telefone fixo ou móvel.
Recolha de informação:
Foram validadas 503 entrevistas correspondendo a 76,33% das tentativas realizadas. Foi utilizada uma amostragem por quotas de sexo, idade e distrito: (homens- 234; mulheres – 269; 18-34 anos: 147; 35-54 anos: 186 e 55 ou mais anos:170; Norte: 174; Centro 114; Lisboa: 128; Alentejo: 41; Algarve: 20 e Ilhas: 26).
A geração dos números móveis a contactar foi aleatória e a dos números fixos seleccionada aleatoriamente por distrito nas listas telefónicas. Em ambos os casos o entrevistado foi seleccionado de acordo com as quotas estipuladas no caso da intenção de voto os indecisos foram distribuídos de forma proporcional.
Amostra e erro:
O erro máximo da amostra é de 4,5%, para um grau de probabilidade de 95,5%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na entidade reguladora para a comunicação social.

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