segunda-feira, 29 de abril de 2013

TVI - Marcelo - Congresso do PS - O PS está preparado para avançar para o governo


Tinha dois objectivos: mostrar que o partido estava unido e falar para o país, mostrar que estava preparado para governar. 
Pelo meio tinha que responder ao PR: AJS começou por responder com muita dureza e depois, inteligentemente, percebeu que vai ter que se dar com o Presidente, e adocicou, moderou o ataque ao PR.
Unificou o partido: ficaram de fora meia dúzia de socráticos (não os mais importantes), o resto foi tudo esmagador em seu torno, até porque o partido está convencido de que está à beira do poder.
Deixou de falar em eleições antecipadas, percebendo que não vão haver com a pressa com que tinha sonhado.
Fez um discurso de candidato a PM, de campanha eleitoral (o segundo, o primeiro foi de líder da oposição) e fez o que os candidatos a PM fazem, exagerando e prometendo tudo a toda a gente (prometendo coisas que dependem lá de fora e não de nós).
Atingiu o cúmulo das promessas, que foi ter dito que se tiver maioria absoluta não descarta a hipótese de uma coligação, o que é a quadratura do círculo: pergunta se é lógico que os partidos que sejam esmagados (para o PS ter uma maioria absoluta) entrem para um governo para ficarem mais esmagados.
O discurso não está mal feito, gostou do discurso, o ambiente de festa e a euforia, o problema é que faltam 2 anos e meio, perguntando como é que se mantém essa "chama sagrada" durante 2 anos e meio; embora não tenha dúvidas de que Seguro tem muitas hipóteses de chegar lá (dando o exemplo da Islândia, onde a direita que causou a crise acabou de voltar ao poder).
Duvida da queda do governo, o CDS não faz essa asneira e só se o PM não tiver pulso suficiente e se Vítor Gaspar for tão teimoso com a sua agenda pessoal, que a imponha à custa do país.
O PS está neste momento preparado para avançar para o governo. A questão é como se mantém essa chama, com 2 anos e meio de campanha eleitoral.

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