segunda-feira, 29 de julho de 2013

António Seguro - A propósito de impostos - Ninguém leva a sério o PM

O secretário-geral do PS afirmou hoje que "ninguém leva a sério" o primeiro-ministro, recordando que Passos Coelho afirmava, há dois anos, que a união nacional "não é desejável", apelo que agora lançou publicamente.
De visita a Vila Nova de Cerveira, António José Seguro reagiu ao apelo do primeiro-ministro à "união nacional", hoje reafirmado, com um recorte de jornal, citando Passos Coelho.

"Tenho aqui um recorte de há dois anos, com declarações do mesmo primeiro-ministro, em que dizia: ‘união nacional não é desejável em Portugal´. Ninguém leva a sério este primeiro-ministro. É preciso que na política a palavra seja honrada. Não se pode dizer uma coisa hoje e fazer o contrário amanhã", afirmou Seguro, aos jornalistas. (...)

"Os portugueses têm muita dificuldade em levar a sério este primeiro-ministro. Porque ele vem dizer que os impostos são inimigos da economia, mas foi ele que fez o maior aumento de impostos da história da nossa democracia. Este ano os impostos aumentaram mais de 30%. Como é que se pode levar a sério este primeiro-ministro?", questionou Seguro.
(...)
"Nós precisamos de ter um primeiro-ministro que honre os seus compromissos, que honre a palavra dada. E não é manifestamente o caso", disse ainda.
Durante a visita à bienal internacional de arte de Cerveira, que reúne mais de 200 trabalhos de artistas de várias nacionalidades, António José Seguro assumiu por escrito, com uma declaração que assinou no momento e que entregou a um comerciante que se encontrava no local, a intenção de reduzir o IVA para os restaurantes.
"Declaro por minha honra que descerei o IVA da restauração de 23% para 13%", lê-se na declaração, escrita pelo próprio Seguro, no momento.
"Peço-lhe que guarde isso. Ficou escrito, com a minha assinatura", rematou o líder socialista.
Sobre entendimentos com a maioria, o secretário-geral socialista insistiu que tudo se resume nesta altura à aprovação das propostas que o PS apresentou no parlamento, para apoiar as empresas.

"Que fale menos e que faça mais", disse ainda, num recado para Passos Coelho, sobre quem diz: "já nada me surpreende".

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