domingo, 24 de novembro de 2013

Governo chumbou todas as propostas do PS de alteração ao OE 2014

A hipocrisia é assim. O governo pede consenso e propostas ao PS. O PS responde positivamente e colabora. Apresentou 26 propostas para o OE 2014, sem aumento de despesa. O governo chumbou tudo.  “Uma coisa são as conversas sobre as virtualidades teóricas dos consensos e dos compromissos outra é, em concreto, testar como a maioria se comporta em relação às propostas do PS. Ou a maioria estaria à espera que o PS assinasse de cruz, ou de um cheque em branco? Por isso andou bem o PS quando disse que não queria mais conversa fiada e que é no parlamento que verificamos da vontade política que cada um tem para contribuir para o consenso”,
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O secretário-geral do PS disse que o Governo “chumbou o primeiro teste do consenso” ao não aprovar nenhuma das 26 propostas socialistas de alteração ao Orçamento do Estado.
Falando perante algumas dezenas de militantes socialistas numa sessão sobre o Orçamento de Estado para 2014 organizada pela distrital de Santarém no cineteatro de Almeirim, António José Seguro elencou algumas das “propostas claras e concretas” apresentadas pelo PS para o OE 2014 para “provar que é o PS a propor e o Governo a chumbar”.
Referindo-se ao que chamou de “a novela dos consensos”, o líder socialista afirmou que perante a atitude da maioria se tornou “evidente que o Governo chumbou no primeiro teste sobre a possibilidade de consensos e compromissos entre a maioria e o PS”.
Para António José Seguro, o próximo teste à disponibilidade da maioria PSD/CDS-PP para o consenso “vai ser com as alterações ao IRC”, sublinhando que o Governo criou, em janeiro, um grupo de trabalho para alterar o imposto das empresas sem que tenha pedido qualquer contributo ao PS. 
"O secretário-geral do PS salientou a atitude do seu partido de se abster na votação da proposta da maioria como sinal de disponibilidade para discutir, sublinhando que o Governo tem que aceitar algumas das suas propostas.
“Uma coisa são as conversas sobre as virtualidades teóricas dos consensos e dos compromissos outra é, em concreto, testar como a maioria se comporta em relação às propostas do PS. Ou a maioria estaria à espera que o PS assinasse de cruz, ou de um cheque em branco? Por isso andou bem o PS quando disse que não queria mais conversa fiada e que é no parlamento que verificamos da vontade política que cada um tem para contribuir para o consenso”, declarou.
António José Seguro frisou que durante dois anos “o Governo e a maioria sempre chumbaram as principais propostas do PS”, tendo-se lembrado na véspera da discussão do OE na Assembleia da República para vir propor “novas conversas para criar consensos”.
“O que estão a fazer visa apenas tentar desviar as atenções do debate sobre a proposta do Orçamento, porque contém novamente cortes na educação, na saúde, nas pensões de reforma, nos funcionários, mantém o maior aumento de impostos sobre as famílias e as pessoas. O PS não foge a nenhum debate, mas chega de conversa fiada. Chegou a altura de debater sobre propostas concretas”, frisou .

Chamando à proposta do OE 2014 “plano de empobrecimento do país”, sem estratégia, sem ambição, António José Seguro frisou que se o programa de ajustamento tem três assinaturas, “o de empobrecimento só tem duas porque tem a oposição do PS”.

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