sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Deputados PS Viseu - Vários párocos visitam a AR

Os deputados do PS Viseu, José Junqueiro, Elza Pais e Acácio Pinto, mostraram a AR a um grupo de amigos, todos eles párocos  no distrito: Marcelino Pereira, João Leão, Nuno Santos e António Santiago. 

Foi mais uma oportunidade para divulgar o modo de funcionamento da Assembleia da República, bem como para visitar os lugares mais emblemáticos do palácio.













Varanda interior do palácio
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Galerias
Refeitório dos Frades


José Junqueiro - Comissão de Inquérito aos Submarinos e Pandur


O PS defendeu ontem que a recente decisão judicial sobre o processo de contrapartidas na aquisição de submarinos "agrava o sentimento" sobre a exigência de apuramento de responsabilidades através de uma comissão de inquérito parlamentar.
Esta posição foi transmitida pelo vice-presidente da bancada socialista José Junqueiro em conferência de imprensa, momentos antes de o PS ter formalizado na Assembleia da República a entrega de um requerimento para a constituição de uma comissão eventual de inquérito aos programas de aquisição de submarinos e de viaturas blindadas.


COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO - AOS PROGRAMAS RELATIVOS À AQUISIÇÃO DE SUBMARINOS E DE VIATURAS BLINDADAS PANDUR

A eficácia do Estado no exercício das suas funções de defesa depende da modernização do seu equipamento e infra-estruturas militares, sendo o investimento público neste domínio realizado através de programas de natureza complexa e com dotações orçamentais muito significativas.
No âmbito do Programa Relativo à Aquisição de Submarinos (PRAS) foram adquiridos ao German Submarine Consortium dois submarinos, por um valor, após actualizações, de 1.001 milhões de euros. Em relação a este programa, foi ainda estabelecida a obrigação de contrapartidas que pudessem proporcionar benefícios para a economia portuguesa no valor de cerca de 1.200 milhões de euros.
Por seu turno, no âmbito do Programa Relativo à Aquisição de Viaturas Blindadas de Rodas 8 X 8 foi previsto o fabrico e o fornecimento de 260 viaturas Pandur II pelo fornecedor Steyr, entidade pertencente ao grupo General Dynamics, por um valor de 344 milhões de euros. Também em relação a este programa foram estabelecidas obrigações de prestação de contrapartidas num valor final contratado de 516 milhões de euros.
As debilidades e incertezas contratuais que se têm verificado nestes dois programas de equipamento indiciam uma actuação menos cuidada ou, em alguns casos, mesmo dolosa em relação à forma como foram utilizados recursos públicos, quando, pelo contrário, seria exigível que este tipo de investimentos fosse realizado com a máxima transparência e com o realismo e o rigor necessários. Na Alemanha, foi já concluído, com condenação, o julgamento de dois administradores executivos de uma empresa integrante do German Submarine Consortium, no qual ficou demonstrado ter havido pagamentos ilícitos para influenciar o Estado Português na compra dos submarinos. Investigações em curso procuram apurar outros ilícitos.
Só com transparência e com o apuramento rigoroso das responsabilidades se poderão evitar consequências negativas na imagem que investimentos públicos estratégicos, como são os investimentos militares, detêm junto da opinião pública.
Considerando o manifesto interesse público de um integral esclarecimento de quaisquer dúvidas que possam razoavelmente subsistir sobre os dois programas de equipamento militar, bem como sobre as respectivas dotações e os contratos e contrapartidas que o suportam, afigura-se necessária a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito.
É, precisamente, função das comissões de inquérito «vigiar pelo cumprimento da Constituição e das leis e apreciar os actos do Governo e da Administração», com base na identificação rigorosa dos factos, independentemente dos processos judiciais em curso ou concluídos, tendo em vista, predominantemente, o apuramento de responsabilidades políticas.
Assim, as Deputadas e os Deputados abaixo-assinados vêm requerer a S. Exa. a Senhora Presidente da Assembleia da República, ao abrigo do disposto na alínea a) do nº 1 do artigo 2º da Lei nº 5/93 de 1 de Março, alterada pela Lei nº 126/97, de 10 de Dezembro, e pela Lei nº 15/2007, de 3 de Abril:
A constituição de uma Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar ao processo de negociação e execução dos contratos de fornecimento e de contrapartidas do Programa Relativo à Aquisição de Submarinos e do Programa Relativo à Aquisição de Viaturas Blindadas de Rodas 8 X 8.
A Comissão Parlamentar de Inquérito terá como objecto, nomeadamente:
a)      Apurar com rigor os encargos decorrentes dos compromissos financeiros assumidos pelo Estado português, incluindo os montantes, prestações e condições estabelecidos em contratos conexos;
b)      Apurar e identificar as obrigações de prestação de contrapartidas assumidas pelos fornecedores e apreciar o seu actual grau de execução e cumprimento;
c)      Aferir a forma como foi acautelado o interesse do Estado e do erário público na definição das condições constantes dos contratos de fornecimento e de contrapartidas relativos aos equipamentos abrangidos pelos programas atrás referidos, em especial nas cláusulas que limitam a responsabilidade dos fornecedores;
d)      Assegurar o integral esclarecimento sobre a responsabilidade, por acção ou omissão, dos intervenientes na celebração destes contratos, nomeadamente o seu grau de conhecimento e envolvimento nas negociações pré-contratuais que antecederam aqueles;
e)      Avaliar as medidas que foram adoptadas face a situações de incumprimento já conhecidas, bem como as demais providências com que se procurou minimizar os impactos negativos de obrigações contratuais assumidas;

f)        Proceder ao levantamento e à apreciação de todos os factos, actos, contratos, estudos, relatórios e deliberações que tenham servido de suporte e fundamento à celebração dos contratos relativos aos programas sob inquérito.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

(PS) José Junqueiro comenta Execução Orçamental


O deputado do PS José Junqueiro disse hoje que os números da execução orçamental de janeiro são "muito preocupantes", nomeadamente pelos montantes registados "a partir do rendimento das pessoas".
"Percebemos que há uma subida grande da receita fiscal, e se podemos até entender que sob o ponto de vista do IVA tal seja positivo, o que verificamos é que o aumento de 25% do IRS é o aumento a partir do rendimento das pessoas", assinalou o deputado socialista em declarações aos jornalistas no parlamento.
Os números da Direção-Geral do Orçamento indicam que as administrações públicas registaram um saldo positivo de 638,7 milhões de euros em janeiro.
Para a melhoria do resultado da execução orçamental contribuiu, sobretudo, o comportamento da receita fiscal, com destaque para os impostos diretos, e a antecipação, para janeiro de 2013, da contribuição mensal para o orçamento da União Europeia relativa a fevereiro desse ano", justifica a DGO.
José Junqueiro frisa que "o país não está melhor porque as pessoas estão pior", chamando o deputado a atenção para o facto de ter havido em janeiro um aumento no número de casais desempregados, embora tenham existido menos subsídios de desemprego pagos.
Tal cenário, advertiu o parlamentar do PS, "quer dizer que a maioria absoluta dos desempregados não tem qualquer apoio da parte do Estado".
O socialista instou ainda o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a proclamar "menos propaganda" e a falar "mais verdade", procurando o partido liderado por António José Seguro saber "quando e onde" serão feitos mais cortes orçamentais, e também se os mesmos se darão "antes ou depois das eleições" europeias de maio.


(25% e não 15% como, por engano, refiro no vídeo)

PS - Jornadas - Painel com Silva Lopes e Elvira Fortunato

José Junqueiro moderou o painel em que intervieram Silva Lopes e Elvira Fortunato, um economista que foi várias vezes ministro e uma cientista premiada internacionalmente e autora e co-autora de 57 patentes, algumas das quais com a Samsung ou LG, entre outras.Ninguém foi indiferente às análises e ao debate. As intervenções de João Galamba, Eduardo Cabrita, Elza Pais e Maria de Belém foram fundamentais ao contraditório.
Silva Lopes, mais pessimista, traçou um quadro em que, tal como o PS, considera o crescimento como saída, condena os cortes atípicos com base em multiplicadores inadequados e critica as decisões por ignorarem as consequências recessivas. Propôs o financiamento seletivo, sobretudo às PMEs autoras de bens transacionáveis. 
Corrigiu a afirmação de que o IRC só servia os ricos, porque, como lhe foi lembrado, essa era a proposta inicial do governo que o PS modificou, em sentido contrário, exatamente para as dirigir às PMEs e bens transacionáveis.
Elvira Fortunato referiu a primeira década deste século como aquela em que mais se investiu na investigação e ciência, na qualificação dos recursos humanos e do maior número de doutorados de sempre. Foi, como referiu, um período de "progressos notáveis". Referiu entre nós áreas de competitividade global, nomeadamente a alimentar, agricultura e pescas, materiais, ambiente e tecnologia de informação. ´
Criticou os cortes da Fundação para a Ciência e Tecnologia, não explicados. Fez um apelo ao investimento na qualificação de recursos humanos e no combate ao desemprego científico referindo que só 2% dos doutorados são integrados nas empresas. Finalmente, referiu como importante combater a burocracia criada pelo Governo e regressar à redação original do PS sobre o "Código dos Contratos Públicos" por excecionar as universidades, entidades que, como se sabe, não têm dívidas, nem criam défice. 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

José Junqueiro modera painel com Silva Lopes e Elvira Fortunato

Às 10h inicia-se o debate moderado por José Junqueiro. Os convidados são Silva Lopes, economista e Elvira Fortunato, cientista. A mesa será formada por Alberto Martins, presidente do GP PS, Maria de Belém, presidente do PS, e António Braga, vice-presidente da bancada parlamentar e relator. Hoje as os trabalhos serão encerrados pelo Secretário-Geral do PS, António José Seguro

"Nova reforma do Estado do Governo é máscara para mais austeridade"

O líder parlamentar do PS sustentou hoje que a "nova" proposta formulada pelo Governo para uma reforma do Estado é outra vez "uma máscara" para mais austeridade, avisando, desde já, que não contará com o suporte socialistas.
Alberto Martins falava na sessão de abertura das Jornadas Parlamentares do PS, na Nazaré, que serão terça-feira encerradas pelo secretário-geral deste partido, António José Seguro.
O presidente do Grupo Parlamentar do PS traçou um quadro negro sobre os resultados de quase três anos de Governo e demarcou-se da proposta do executivo para um acordo em torno de uma reforma do Estado, alegando que "não passa de mais uma máscara para impor mais austeridade".
"Não contem connosco para isso. Não contem com o PS para mais austeridade", disse, recebendo palmas da plateia, numa intervenção com cerca de 30 minutos que se seguiu a discursos proferidos pelo líder da Federação de Leiria do PS, João Paulo Pedrosa, e pelo presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro.

O Governo acha que estamos melhor? IEFP Número de casais desempregados sobe em janeiro

Ao contrário do que disse Passos Coelho, como se vê, o país não está melhor, porque as pessoas estão pior. O número de casais com ambos os cônjuges desempregados avançou 2% em janeiro, face a igual mês de 2013, e atingiu os 13.250.
De acordo com os dados recolhidos pelo IEFP, no final de janeiro, havia mais 263 casais do que um ano antes a garantirem a sua sobrevivência com as prestações sociais de desemprego pagas pelo Estado.
Em dezembro, o número de casais nesta situação fixou-se nos 12.713, o que representa um aumento de 4,2% em janeiro, em termos mensais.
Segundo o IEFP, no final de janeiro, estavam inscritos nos centros de emprego 669.668 desempregados, dos quais 48% eram casados ou viviam em união de facto, perfazendo um total de 320.572.
O universo dos casais desempregados em que ambos os cônjuges recebem prestações de desemprego representa assim uma fatia de 4,13% do número total de desempregados inscritos sinalizados como casados ou em situação de união de facto.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Assis - Europeias - nestas eleições o PS vai vencer com apoios à esquerda e à direita

(...) Francisco Assis, disse estar "absolutamente convencido que o PS vai ganhar" as eleições, considerando que "o país está cansado deste Governo" e vai demonstrá-lo nas urnas.
(...) "O país está cansado deste Governo. O país já percebeu que com este Governo o único horizonte que tem é o da austeridade, do empobrecimento e do aumento das clivagens sociais. O país precisa de voltar a acreditar numa alternativa. É isso que já se manifestou nas autárquicas e vai-se manifestar agora, de uma forma muito clara, nestas eleições europeias", disse aos jornalistas.
Sobre o apelo de consenso de Passos Coelho (...) "Eu não me recordo de nenhum congresso partidário em que o líder do maior partido da oposição tivesse sido tão mal tratado como aconteceu neste congresso do PSD. Quem hoje é o principal obstáculo aos consensos em Portugal é este Governo e esta maioria parlamentar do PSD e do CDS"...
(...) Assis está convencido da vitória nestas eleições europeias porque o PS vai "conseguir concitar o apoio" à direita e à esquerda dos que "compreendem hoje a necessidade da construção de uma nova maioria política em Portugal e que vão aproveitar estas eleições europeias para dar este sinal ao país".
"O apelo que neste momento dirijo ao país é precisamente este: há muita gente que não comunga, em absoluto, com o PS do ponto de vista das suas opções ideológicas mas que neste momento compreende que só em torno do PS é possível construir uma alternativa de governação, séria, rigorosa", apelou.
(...) "As próximas eleições europeias são sobretudo um momento em que nós vamos ter oportunidade de debater visões diferentes em relação ao que deve ser a Europa e em relação ao que deve ser a relação de Portugal com a Europa", justificou.
Sobre o ?timing' do anúncio, o cabeça-de-lista disse apenas que "o secretário-geral do PS anunciou sempre que iria apresentar o candidato às europeias no instante que considerasse mais adequado" e que "foi este o momento escolhido".

"Eu não vou entrar nos pequenos truques, não vou entrar na dialética das pequenas coisas. Nós temos que nos confrontar nas questões essenciais", enfatizou.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

PSD, um Congresso entre a fantasia e o teatro da bancarrota

Aumentou número de desempregados inscritos no IEFP. O Congresso esqueceu-se desse êxito. A reunião magna do PSD transformou-se no congresso da bancarrota de ideias. 
Ali se reuniram aqueles que durante estes anos levaram as pessoas e as famílias à insolvência. 
Todos os dias sete famílias entregam as suas casas à banca, todos os dias mais 90 entram em incumprimento. Esta é a verdadeira  bancarrota que o país tem. E, como se pode ver, o ambiente parece ser de teatro e fantasia. 
De facto, nenhum país pode estar bem quando os seus cidadãos estão mal e quando têm um governo cujos responsáveis resumiram um sábado a isto: Passos  Coelho teve o pedido de desculpas de Marcelo, em jeito de humor "amarelo", Santana Lopes apareceu misericordioso e quase tão pio como Madre Teresa, o esquisito Paulo Rangel disse qualquer coisa - não se sabe o quê - e houve o "regresso às aulas de Miguel Relvas", como homenagem cínica ao poder local. Em cheio!!!

(Viseu) Mangualde - AJ Seguro - "O Governo deixou praticamente de governar"

O secretário-geral do PS, António José Seguro, acusou o Governo de se ter transformado num "comité eleitoral do PSD e do CDS", em vez de dizer aos portugueses como vai resolver os problemas do país.
Ao intervir sexta-feira à noite, em Mangualde, durante o encerramento da convenção "Um novo rumo para Portugal", António José Seguro afirmou que "o Governo desenvolve a maior campanha de propaganda eleitoral de que há memória" na democracia portuguesa.
"O Governo deixou praticamente de governar. Transformou-se num comité eleitoral do PSD e do CDS e especializou-se na oposição ao PS", criticou.
O líder socialista acusou o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de ter retomado na sexta-feira "a segunda parte da teoria do oásis", ao dizer que "o país hoje está melhor".
"Não está, porque ele esqueceu-se de olhar para os mais de 880 mil portugueses que estão desempregados, os mais de 200 mil que emigraram, os mais de 310 mil que estando em idade de trabalhar já desistiram de tanto procurar e não encontrar uma oportunidade", afirmou, lembrando ainda os "137 mil jovens, a maior parte licenciados, que não encontraram oportunidade de emprego e também tiveram de emigrar".
Seguro lamentou que, durante quase uma hora, na condição de líder do PSD, Passos Coelho tenha usado "mais de metade do tempo a fazer oposição ao PS" e não tenha apresentado "uma solução, uma proposta, uma visão para resolver os problemas dos portugueses".
Na sua opinião, "não há um país separado das pessoas" e, por isso, não entende que o Governo diga que "a vida das pessoas está pior, mas a vida do país está melhor".
"Para nós, se a vida dos portugueses está pior é o país que está pior e, infelizmente, a vida das pessoas e do país está bem pior do que há 32 meses, quando Pedro Passos Coelho tomou posse como primeiro-ministro", frisou.
António José Seguro considerou que o primeiro-ministro e o Governo "prosseguem na sua campanha eleitoral a enganar os portugueses".
"Nós hoje temos um país mais pobre e mais desigual. Ninguém, a não ser o Governo, que persiste em iludir os portugueses, pode dizer que o país está hoje melhor do que estava há dois anos e meio", realçou.
António José Seguro deixou ainda o recado ao primeiro-ministro de que o PS não aceita "lições de moral" relativamente à consolidação da democracia em Portugal.
"Ninguém nos dá lições, muito menos o primeiro-ministro, da história da democracia que mais afrontou a Constituição da República e que mais vezes criou diplomas feridos de inconstitucionalidade", afirmou.
O líder socialista disse que, ao ouvir Passos Coelho falar na sexta-feira, ficou com uma certeza: "Para este primeiro-ministro vale tudo para se manter no poder, persistir no engano não passa de uma tática para se manter no poder."


















sábado, 22 de fevereiro de 2014

Em defesa de Cinfães - Deputados PS Viseu questionam ministro da Economia

Os deputados do PS eleitos por Viseu questionaram o ministro da Economia sobre as acessibilidades ao concelho de Cinfães, que são “um grave problema” sentido pelas populações.
Acácio Pinto, José Junqueiro e Elza Pais explicam que este concelho do norte do distrito de Viseu se insere numa paisagem de montanha, “entre o alto da Serra do Montemuro a sul e o Rio Douro a norte, e que, fruto dessa circunstância, se confronta com um grave problema de acessibilidades”.
Por isso, querem saber o que pensa o Governo sobre “as acessibilidades que se projetam para Viseu e para a área metropolitana do Porto”, nomeadamente a Estrada Nacional (EN) 225, o Itinerário Complementar (IC) 35 e a ligação à autoestrada A4.
No que respeita ao IC 35, os deputados socialistas dizem tratar-se de um itinerário que integra o Plano Rodoviário Nacional 2000, entre Penafiel e Sever do Vouga, que foi alvo “das mais diversas diligências, petições com milhares de assinaturas, lançamento de especificidades técnicas e elaboração do projeto de base no troço entre Penafiel e Castelo de Paiva”.
O que é facto é que nada mais concreto tem sido dito, pelo atual governo, às populações sobre o estado deste itinerário complementar”, lamentam.
Neste âmbito, questionam o Governo se reitera a importância da construção do IC 35 e, “caso o mesmo seja desenvolvido por troços”, qual o primeiro que será feito.
Já a EN225 “é fundamental para todo o vale do rio Paiva” e todas as populações residentes nos concelhos de Cinfães, Castelo de Paiva, Arouca e Castro Daire, sendo uma estrada “complementar e alternativa à EN 321, em dias neve, na ligação para Viseu”.
Os deputados socialistas lembram que a EN 321 é uma via “muito sinuosa” e “muito degradada”, que precisa de “uma intervenção estruturante que possa corrigir o seu traçado e requalificar o seu pavimento e sinalização”.
“Quais as obras que estão programadas para a EN 225 e qual o cronograma de desenvolvimento das mesmas”, perguntam.
Relativamente à construção da ligação à A4, consideram que se impõe que “se equacione esta via para que a acessibilidade de Cinfães à área metropolitana do Porto seja, de uma vez por todas, melhorada”.
Na sua opinião, esta ligação seria “uma das maiores ajudas ao esforço de desenvolvimento que o município de Cinfães está a efetuar no âmbito das políticas de criação de emprego e de fixação das populações”.
“A ligação de Cinfães à A4 – Barragem do Carrapatelo – Mesquinhata - Marco de Canaveses – é uma prioridade para o atual governo”, questionam os deputados.

Alberto Martins (PS) - “Quem não deve, não teme” - Investigação dos submarinos e blindados

Alberto Martins anunciou hoje, no Porto, que a bancada socialista vai avançar com um pedido de constituição de comissão de inquérito parlamentar ao processo de aquisição de submarinos e de viaturas blindadas pelo Estado Português (...) O líder da bancada parlamentar do PS deixou ainda um "apelo a todos os partidos políticos com representação na Assembleia da República, designadamente ao PSD e ao CDS, que possam dar o seu contributo favorável à constituição desta comissão de inquérito".

(Lusa) - "O líder da bancada parlamentar do PS considerou hoje que "quem não deve, não teme", apelando ao PSD e ao CDS-PP para que viabilizem a comissão de inquérito parlamentar proposta pelos socialistas sobre a compra de submarinos e blindados.
Alberto Martins anunciou hoje, no Porto, que a bancada socialista vai avançar com um pedido de constituição de comissão de inquérito parlamentar ao processo de aquisição de submarinos e de viaturas blindadas pelo Estado Português, tendo o ministro do Ambiente, Moreira da Silva, recusado já comentar esta intenção do PS por não querer "dar tempo de antena" aos socialistas no Congresso do PSD.
"Como diz o povo português: quem não deve, não teme e nós temos necessidade de aprofundar esta questão e averiguar a realidade dos factos. A transparência é um valor fundamental da democracia. Não há tempo para a busca da transparência. A todo o tempo nós temos essa responsabilidade em nome da credibilidade das instituições", disse Alberto Martins, em resposta.
O líder da bancada parlamentar do PS deixou ainda um "apelo a todos os partidos políticos com representação na Assembleia da República, designadamente ao PSD e ao CDS, que possam dar o seu contributo favorável à constituição desta comissão de inquérito".
Questionado sobre o ‘timing’ desta comissão, Alberto Martins justificou que "foi concluída há uma semana uma decisão judicial sobre um ponto parcelar destas dúvidas relativas às contrapartidas, a eventualidade de um crime de burla e falsificação de documentos".
"Pensamos que é o tempo próprio para aprofundarmos uma matéria que o povo português tem vindo a assistir com regularidade em termos informativos, no espaço público, e que merece ser esclarecida. A questão é muito importante, os valores envolvidos são de grande montante e de grande relevo", disse.
Caso o apelo "veemente" do PS para que os partidos deem o seu acordo a esta iniciativa não seja atendido, os socialistas têm "os meios ao seu dispor para acionar os mecanismos para a realização desta comissão de inquérito", explicando o dirigente que poderá passar pelo "agendamento potestativo".
Esta comissão de inquérito parlamentar visa "proceder à aferição dos factos atinentes ao contrato, fornecimento e contrapartidas que tem a ver com o programa relativo à aquisição de submarinos e de viaturas blindadas de rodas 8x8".
Com esta comissão, o PS quer "responder a um clamor, a uma ideia muito difundida na sociedade portuguesa de uma situação negocial que tem uma margem de ambiguidade, de obscuridade, de insinuação e de desprezo pelos interesses e salvaguarda dos interesses do Estado português".
"Nós consideramos que Portugal precisa de ser esclarecido. Não pode haver um levantar sucessivo e contínuo de dúvidas de questões que se levantam e mergulham"

 (JF // VM)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Pedro Silva Pereira (PS) falou e a maioria PSD/CDS descontrolou-se ...

(LUSA) "O deputado socialista Pedro Silva Pereira considerou hoje que o ajustamento estrutural da economia é "ilusão" e acusou o Governo de fazer "insultuosa" campanha, palavras que motivaram um duro debate, com o PSD a falar em "desfaçatez".
As intervenções do ex-ministro da Presidência dos governos de José Sócrates, no período de declarações políticas do plenário do parlamento, foram com frequência interrompidas ou por palmas da bancada socialista, ou por protestos veementes provenientes das bancadas da maioria PSD/CDS, o que motivou por duas vezes a intervenção da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, para apelar à serenidade.
Pedro Silva Pereira pegou no mais recente relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a atual situação (e perspetivas de futuro) da economia portuguesa para atacar o Governo: "Os resultados obtidos no ajustamento externo, que mereceram tantos discursos e tantos elogios, não refletem nenhuma reforma estrutural que tenha sido empreendida nos últimos anos, mas traduzem, isso sim, a queda da procura interna provocada pelo empobrecimento", sustentou.
Antes, já Pedro Silva Pereira tinha caracterizado o ajustamento feito pelo executivo PSD/CDS como "uma ilusão e um frágil castelo de areia", precisamente ao contrário das ideias que disse terem sido alimentadas quer pelo Governo, quer pela "troika" (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia).
"Os números são absolutamente claros: Os combustíveis explicam quase 60 por cento do aumento das exportações de mercadorias. Se excluirmos os combustíveis das importações e das exportações, a balança comercial de mercadorias seria afinal negativa", argumentou ainda em reforço da sua tese.
Para Pedro Silva Pereira, "nesta súbita divergência entre o Governo e o FMI, é fácil perceber quem está e quem não está em campanha eleitoral". “É um insulto à inteligência dos portugueses o desfile de ministros nas televisões festejando não se sabe bem o quê", disse.
(...) Miguel Frasquilho (PSD) "O PS ainda não percebeu a realidade em que se insere, mas podia inspirar-se nos sociais-democratas da Alemanha (do SPD), nos socialistas franceses (de François Hollande) ou nos democratas de Itália. O PS está profundamente isolado no contexto europeu", declarou.
Pedro Silva Pereira contrapôs que "desfaçatez" foi o PSD, em abril de 2011, "contra os pareceres do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia", abrir uma crise política em Portugal, o que "atirou para o lixo o ‘rating’ da República e precipitou a crise política" - uma alusão ao PEC IV que motivou protestos nas bancadas da maioria.
O presidente do Grupo Parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, advertiu o ex-ministro de Sócrates que, ao contrariar a sustentabilidade dos resultados da economia portuguesa, se "pôs do lado errado" entre as "incorreções" do último relatório do FMI e o interesse nacional.
"O PS fala do crescimento das exportações de combustíveis. Mas é crime criar postos de trabalho em Sines? Esses combustíveis representam apenas 11 por cento do total das exportações nacionais", frisou Nuno Magalhães.
Pedro Silva Pereira respondeu sustentando a tese de que, tanto a refinaria da Galp em Sines, como o empreendimento da Portucel - ambos como uma quota relevante no aumento das exportações nacionais -, "foram projetos dos últimos governos socialistas".

PMF // SMA

A Comissão Europeia confirma a opinião do PS e do FMI

Mais de 60% das exportações reportam-se a combustíveis. Para um país que não tem o "ouro negro" facilmente de deduz que precisa de importar este produto natura; e quem está ao corrente do negócio sabe que a faturação é elevada, mas o lucro é mínimo. Fraco negócio, portanto.
"A CE alertou que o modelo de crescimento de Portugal assenta no aumento das importações, que vai reduzir a contribuição das exportações em termos líquidos para o crescimento económico do país". 
Esta nota de Durão Barroso é avisada e confirma as observações críticas do PS e, agora, do FMI. A "receita" falhou, mas o governo insiste no mesmo caminho. E, como solução, temos o empobrecimento e não o crescimento. 
Assim se compreende, como agora é público, que o governo vá cortar mais  3 mil milhões em salários e pensões e defina como permanente esse confisco dos nossos rendimentos. Neste caso Durão Barroso concorda e o FMI também. A direita europeia tem esta marca. É por isso que o PS se opõe e constitui como alternativa.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O PS tem razão. Nem o FMI acredita no "milagre económico"!

O PS sempre teve razão. O governo já tinha uma equipa de trabalho para realizar mais cortes e aprofundar a austeridade no suposto "pós troika". A más cara caiu. O governo, a título de exemplo, esconde tão distintas que vão desde o corte definitivo nos salários e pensões até ao encerramento de 180 repartições de finanças. O texto abaixo transcrito não só prova estes factos como demonstra que o "milagre económico" não existe. A única coisa certa é o aprofundamento da política de austeridade e empobrecimento.
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"O FMI não acredita no milagre do crescimento com base nas exportações - São duas visões diferentes dos resultados do programa da troika. Uma mais otimista, a do Governo, que diz que são as reformas estruturais realizadas que estão a fazer com que a economia volte a crescer e as exportações registem uma subida forte. Outra, mais pessimista, a do FMI, que avisa que os primeiros sinais de crescimento e o ajustamento na balança externa podem não ser sustentáveis e defende que a forma como as reformas estão a funcionar no terreno pode não chegar. O debate é descrito no relatório da décima avaliação do programa português publicado ontem pelo FMI".