quarta-feira, 19 de março de 2014

José Junqueiro - Encontro entre António José Seguro e Passos Coelho



O deputado do PS José Junqueiro acusou hoje o Governo de "estar a reduzir os portugueses à expressão mínima", classificando como "extremismo e radicalismo" a insistência nos cortes.
"Extremismo e radicalismo é a insistência nestes cortes, na educação, na saúde, cortes nas políticas sociais, corte no futuro dos portugueses", afirmou o vice-presidente da bancada socialista José Junqueiro, em declarações aos jornalistas no Parlamento, numa resposta às acusações do eurodeputado e cabeça de lista da coligação PSD/CDS às europeias, Paulo Rangel.
Hoje, quando questionado sobre a reunião de segunda-feira entre o primeiro-ministro e o secretário-geral do PS, Paulo Rangel acusou o PS de uma atitude "radical e extremista" e de "prejudicar os portugueses" e a conclusão do resgate financeiro ao dizer-se indisponível "para um entendimento".
Dirigindo-se diretamente ao "correspondente do Governo em Bruxelas", José Junqueiro respondeu que "extremismo e radicalismo é a redução dos portugueses à expressão mínima e ao desemprego máximo".
"Quando o Governo insiste em cortar salários, pensões, reformas, pensões de sobrevivência, está de facto a reduzir os portugueses à expressão mínima", acrescentou, ironizando que se Paulo Rangel ambiciona ser futuramente contratado pelo Fundo Monetário Internacional e "fazer companhia" ao antigo ministro das Finanças Vítor Gaspar, não são os portugueses que têm de "pagar essa fatura".
"Esta austeridade foi para além dos limites e já se demonstrou que na sociedade portuguesa é possível fazer consensos, agora o que não é consensual é ter esta insistência numa política de grande radicalismo", sublinhou o dirigente socialista.
Questionado sobre as declarações da chanceler alemã Angela Merkel, que garantiu que a Alemanha apoiará Portugal qualquer que seja a forma que o Governo escolha para sair do programa de assistência financeira, José Junqueiro referiu que o apoio a Portugal deveria ser "uma preocupação anterior e não posterior" ao programa de ajustamento.
Pois, acrescentou, o apoio a Portugal a partir de maio não vai eliminar "o sofrimento das pessoas, os cortes dos salários, nas pensões e nas reformas".
 VAM // SMA

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