terça-feira, 18 de março de 2014

PS e o pensamento único do Governo - um diálogo impossível

Tudo seria mais fácil se o consenso proclamado por Passos Coelho decorresse de um sentimento forte, de uma convicção inabalável. Mas não! O primeiro-ministro atua como se estivéssemos em tempo de guerra e sem luz: dispara primeiro e pergunta depois. 
Ou seja, assume todas as decisões, escolhe o caminho e a tática da batalhaDepois chama os possíveis aliados para assinar por baixo as decisões unilaterais, sem escolha. Fez o seu número político, de faz-de-conta, só que a realidade do país não é um circo. Temos mesmo um problema e ninguém, sozinho, o consegue resolver. 
Passo Coelho e Paulo Portas querem mais cortes nos salários, nas pensões, nas reformas, querem menos Estado e, sobretudo, construir a ideia de que não há outro caminho. Mas há. O "Manifesto dos 70" demonstrou que sim e todos sabem que o contraditório não está na sala do Ritz , naquela que reúne a "reliqua" dos privilegiados.
António Seguro ao rejeitar ser parte deste circo fez bem. O país pode escolher, tem a responsabilidade de escolher, entre dois caminhos. Tudo está mais claro. Não há nada para disfarçar. A democracia sempre foi o melhor antídoto para o pensamento único.

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