terça-feira, 30 de setembro de 2014

Se mundo consumisse como Portugal precisava de 2,6 planetas

"Os portugueses andam a viver acima das suas possibilidades no que toca à sustentabilidade do planeta. 

Segundo o Relatório Planeta Vivo 2014, apresentado ontem pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), seria precisos 2,6 planetas caso os habitantes da Terra vivessem de acordo com o estilo de vida médio de um habitante de Portugal. 

Kuwait, Qatar e Emiratos Árabes unidos são os três países com a maior pegada ecológica."

O calendário do PS

Alberto Martins vai promover eleições para a direção do grupo parlamentar do PS nos próximos dias. 

Ao tomar a iniciativa de cessar funções não pode ficar um vazio, sobretudo num momento em que há agendamentos a fazer ou a corrigir e em que dará entrada o próximo OE 2015, em meados de outubro. 

Maria de Belém, a presidente do PS, convocou a comissão Nacional para o próximo dia 14 de Outubro com o objetivo principal de convocação do congresso nacional do PS.

Provavelmente, em novembro realizar-se-ão as diretas para secretário-geral e na primeira quinzena de dezembro o congresso.A partir daí o PS estará totalmente concentrado nos desafios de 2015 e 2016, legislativas e presidenciais.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Viseu- Votações - José Junqueiro e Ribeiro de Carvalho presidiram às mesas de voto

Votaram 1849 pessoas nas primárias do PS no concelho de Viseu. 

As mesas foram presididas por José Junqueiro e Ribeiro de Carvalho e participadas por um conjunto de socialistas que trabalharam, com gosto, durante 13h, desde a preparação das mesas, até ao encerramento e apuramento dos resultados. 

O trabalho foi exemplar. Todas as decisões foram por unanimidade. 

Para todos fica um abraço amigo, muito em especial para a concelhia, presidida por Adelaide Modesto, que proporcionou todo o apoio logístico e para a direção da Escola Alves Martins.










Viseu - Primárias - Aos apoiantes da candidatura de António Seguro.

António Seguro teve cerca de 40% dos votos expressos em todo o distrito de Viseu. Fui responsável pela organização da estrutura de candidatura. 

As ações de campanha foram da responsabilidade de Miguel Ginestal e António Borges.

A todos os que comigo fizeram equipa, quero deixar o meu agradecimento, nomeadamente ao mandatário distrital, José Eduardo, presidente da CM de Moimenta da Beira, à Teresa Sobrinho, mandatária das Mulheres e vereadora na CM de S. Pedro do Sul, e ao João Sevivas, mandatário para  a Juventude, bem como a todos os militantes e simpatizantes. 

O candidato a primeiro-ministro está encontrado e, como disse António Seguro, "Ponto Final". 


Viseu - Primárias - Votaram 4 vezes mais do que para o XVI Congresso Distrital

João Azevedo e Acácio Pinto, respetivamente, mandatário e diretor de campanha de António Costa, foram os grandes vencedores de um dia eleitoral em que com 60% dos eleitores decidiram o novo candidato a primeiro-ministro e a secretário-geral do PS. 
Adelaide Modesto, presidente da concelhia de Viseu, com 1263 votos em António Costa, teve mais expressão do que os resultados conjuntos de Resende e Lamego. 
Por seu lado, Marco Almeida, presidente da concelhia de Mangualde teve igualmente um resultado de grande dimensão.
Votaram 7525 pessoas, quatro vezes mais do que nas diretas para presidente da Federação Distrital. 
António Seguro ganhou em Lamego, Resende, S. Pedro do Sul, Penalva do Castelo, Tabuaço e Tarouca. 
As 5 estruturas mais importantes em votação foram Viseu, Mangualde, Lamego, S. Pedro do Sul e Sátão. O mapa que se segue diz o resto. 


O Expresso e as Primárias: "Costa só perdeu uma federação para Seguro"

Resultados nacionais e por distrito. Votaram mais de 70% dos inscritos. Durante o dia fui constatando a invulgar afluência à mesa de voto a que presidia. 
Era um sinal claro de mudança. O PS formal não decidiu sozinho. Os simpatizantes fizeram a diferença. Tudo será diferente.

A noite eleitoral vista de fora, pelo Expresso:
"Costa só perdeu uma federação para Seguro. Resultados finais provisórios: 174.516 votos no total, 118.454 para António Costa e 55.239 para António José Seguro, que só ganhou na Guarda.
Foi uma noite frouxa para o suspense - ainda não eram 21h e Seguro já assumia a derrota. As reações definitivas vieram cedo, mas os resultados finais nem por isso: o site oficial das primárias só apresentou os primeiros resultados pelas 21h10, já Seguro tinha anunciado a demissão. 
Às 0h45, ainda faltava divulgar metade das federações, já Costa estaria a beber a sua imperial. 
Os resultados finais, ainda que provisórios, só foram divulgados depois das 5h00 desta segunda-feira, a saber: 118.454 votos para António Costa (67,88%) e 55.239 para António José Seguro (31,65%).
Independentemente do que sucedeu cedo e aconteceu tarde, há um fator que foi constante: Costa andou sempre entre os 60% e os 70% ao longo da noite, independentemente das federações apuradas e do ritmo de divulgação dos resultados. 
O secretário-geral demissionário só venceu uma das federações, a Guarda, com 61,20% (2528 votos, quase mais mil que António Costa). 
O autarca de Lisboa triunfou no demais, com resultados que variam entre os 55,37% em Castelo Branco e os 87,93% na federação da área urbana da capital (provisório).
Contas feitas, Costa teve mais de 70% em dez federações - Açores (86,56%), Algarve (80,70%), Aveiro (70,37%), Bragança (71,34%), Évora (75,99%), área urbana de Lisboa (87,93%), Lisboa Oeste (80,51%), Portalegre (79,03%), Santarém (71,68%) e Setúbal (78,23%).
Em contrapartida, registou menos de 60% em cinco federações: Braga (56,41%), Castelo Branco (55,37%), Guarda (38,03%), Porto (52,58%) e Viseu (58,59%).
No Porto e em Castelo Branco, o autarca de Lisboa acabou por ter duas das suas vitórias mais curtas.
No total, os 118.454 votos de António Costa garantiam-lhe 67,88% dos votos expressos nas urnas, ao passo que Seguro conseguiu 31,65%, resultantes de 55.239 votos.
Votaram 70,24% dos 248.475 inscritos."

Ler mais:
 http://expresso.sapo.pt/costa-so-perdeu-uma-federacao-para-seguro=f891402#ixzz3EhCG32py

domingo, 28 de setembro de 2014

Marques Mendes: "Passos Coelho foi vítima dele próprio"

Marques Mendes, agora, mas Mota Amaral e muitos outros militantes do PSD têm a mesma opinião sobre Passos Coelho: deveria ter explicado, logo! Cai por terra o ensaio do PSD sobre a acusação, insinuação ou intervenção do PS. Afinal, o que disse na AR ficou bem mais aquém do que estas opiniões no próprio PSD!


"O primeiro-ministro devia ter explicado logo e não deixar adensar as dúvidas sobre o caso Tecnoforma, defende o comentador.
O comentador da SIC, Luís Marques Mendes, defendeu este sábado à noite que Passos Coelho cometeu um "erro monumental" ao ter deixado adensar as suspeitas em torno do caso Tecnoforma e que persistem dúvidas, nomeadamente relacionadas com os pagamentos do Centro Português para a Cooperação (CPC), que o primeiro-ministro ganhava em poder explicar.
"Acho que se ele pudesse reconstituir os pagamentos, a esta distância, talvez fosse útil. Admito que as pessoas não tenham ficado totalmente esclarecidas, demorou muito tempo a explicar estas matérias. Um político tem de explicar. Devia ter explicado logo, tudo de uma vez. Passos Coelho foi vítima dele próprio", considerou.
Apesar de referir que, do ponto de vista da seriedade, Passos "não oferece dúvidas", Marques Mendes apontou que o primeiro-ministro "tem de gerir politicamente melhor" as situações.
"Isto acontece muito comigo"
Quando questionado sobre a sua própria ligação ao CPC enquanto fundador, Marques Mendes disse que é habitual colaborar no lançamento de projectos com fins como os daquela organização.
"Fui fundador do CPC, que não tem nada a ver com a Tecnoforma. Não sabia como funcionava, nada. Dei o meu nome e contributo como dou a muitas pessoas em quem confio. Isto acontece muito comigo", argumentou.
Já sobre o desconhecimento que manifestou sobre a entidade quando foi contactado por um jornalista do "Público", o comentador respondeu desta forma:
"Teve graça, sabe? Respondi ao Público que não me lembrava, porque não fui dirigente, colaborador, nem trabalhador, nem recebedor. Mas depois lembrei-me que participei na assinatura. Mas não tive intervenção activa". 
E deu o exemplo de outras associações - como a timorense Karingana Wa Karingana - em que participa no acto da fundação mas onde depois não desempenha funções.! (Económico)


sábado, 27 de setembro de 2014

TVI - Politica Mesmo - José Junqueiro/Teresa Leal Coelho



A Governo sentiu-se incomodado com a declaração política que o PS fez sobra a atualidade: Justiça, Educação e afirmações de Passos Coelho que deixaram no ar, objetivamente, um cenário de crise política. 
Aliás, no dia seguinte, os jornais transmitiam a apreensão interna no PSD, CDS e Governo sobre tais declarações feitas pelo PM e não pelo PS. 
Mota Amaral disse mesmo ser necessário explicar tudo. E assim foi, no Parlamento, nesta sexta-feira, tal como disse neste debate. O PM explicou o que entendeu.Teresa Leal Coelho, como se constata, não estava de acordo. O tempo é bom conselheiro.

(Opinião) - Entendam-se!

Em Viseu, o dia do município foi assinalado, pela primeira vez desde há muitos anos, fora do calendário da Feira de S. Mateus. Estive de acordo com essa decisão. Em regra, a data de 21 de setembro é aproveitada para agraciar aqueles que se distinguiram pelo trabalho em prol do seu concelho ou que pela sua vida e exemplo contribuíram para o prestígio do mesmo.
Este ano não fugiu à regra e teve mesmo no desporto, com a meia maratona, a mais participada de sempre, uma valorização acrescida. No entanto, o dia ficou marcado não pela presença de tantas pessoas, mas pela ausência de uma: Fernando Ruas.
Não é minha intenção especular sobre a matéria, mas sempre devo confessar que estes “quid pro quo” podiam e deviam ser evitados. E não seria difícil se todos interpretassem, em cada momento, o seu estatuto. Fernando Ruas é deputado europeu e Almeida Henriques presidente da câmara.
O primeiro não retirou vantagem com uma saída que quis fazer constar, até à exaustão, como provisória. Voltaria ao lugar que ocupara – insinuava - dentro de quatro anos.
E o segundo, com compreensível razão, não gostou e tem procurado consolidar-se na opinião pública sublinhando, em cada momento, o que de bom faz a “sua câmara” por oposição ao que a “outra” não fez. E a invulgar intensidade com que utiliza a comunicação social fará com que, mais cedo do que tarde, a imagem do seu antecessor se vá diluindo.
Como se isso não fosse suficiente, acabei por perceber, com surpresa, quando encontrei Fernando Ruas no Sátão, para receber o primeiro-ministro, que isso se ficava a dever ao convite do respetivo edil, e que não estivera em Viseu por não ter sido objeto de atitude idêntica. Almeida Henriques mostrava assim quem manda.
Por outro lado, a atribuição do Viriato de Ouro, aprovada por unanimidade, poderia ter sido objeto de uma cerimónia mais personalizada, digna, portanto, da projeção a que o galardoado se julga com direito. Não creio, no entanto, que se tiver sido este o “leitmotiv” da ausência a razão lhe assista.
O mérito de alguém nunca se consegue com a desvalorização do mérito de outro, mas também é verdade que saber entrar é tão importante como saber sair. Entendam-se!

DV 2014-09-24

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Primárias - Locais de voto em todo o distrito de Viseu

José Junqueiro 3ª- Resposta a António Filipe do PCP


António Filipe fez perguntas decorrentes da minha declaração política sobre Justiça, Educação e Primeiro-Ministro.

José Junqueiro - Sobre a carreira dos Enfermeiros Especialistas


Os Enfermeiros Especialistas estavam integrados na Carreira Especial até 2009 e, através de petição, com mais de 4000 subscritores, pretendem ver restabelecido esse enquadramento. A maioria já disse que não. O PS lançou-lhe o repto, no contexto que o governo publicita como de crescimento económico, para conjuntamente com a AR analisar e encontra uma solução adequada à qualificação dos cuidados de saúde.

Debate quinzenal - Passos Coelho dá explicações ... nem todas

Começou o debate quinzenal - Passos Coelho escolhe dar informação sobre o caso Tecnoforma, matéria que causou grande mal-estar na maioria e que obrigou dirigentes e deputados do PSD, tal como Mota Amaral, a aconselharem o primeiro-ministro a dar explicações cabais. 

O PM garante que não exerceu funções remuneradas enquanto deputado incompatíveis com o regime de exclusividade. 

Refere, no entanto, que apenas terá sido reembolsado de despesas de representação que não são declaráveis ao fisco. Considerou-se pessoa remediada, sem bens pessoais assinaláveis ou poupanças que pela lei tivessem de ser declaradas.

António Seguro critica o silêncio do PM durante uma semana e o facto de ter permitido que na sociedade portuguesa se tivessem intensificado dúvidas indesejáveis. Pergunta António Seguro ao PM se, a qualquer título, recebeu ou não remunerações concretas e se, neste contexto, está ou não disponível para levantar o sigilo bancário para que a verdade possa ser esclarecida? O PM não se declara disponível para levantar o sigilo bancário. 

António Seguro diz que o PS fará tudo, mas tudo, recorrendo a todos os meios constitucionais para saber a verdade.....

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A inverdade não compensa - Luís Montenegro e Teresa Leal Coelho

Luís Montenegro e Teresa Leal Coelho quiseram condicionar, ontem, o PS por ter pedido que o PM. E não falaram verdade. Tentaram confundir.

Disseram que o PS, eu próprio, tinha feito insinuações. De nada lhes valeu, porque quem sugeriu a demissão do PM foi o próprio Passos Coelho. 

Vejamos a notícia sobre o que se pensa no PSD.






José Junqueiro (3m) - Responde a Luís Montenegro (PSD)


O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, veio na primeira pessoa defender o Governo e o PM, ignorando as questões colocadas e utilizando uma cornucópia de elogios a Passos Coelho. Educação e Saúde ficaram de fora, mas foi isso que o PS não deixou passar ... e bem!

DGO: Execução orçamental de agosto resume-se a aumento de impostos

DGO o défice das administrações públicas ascendeu a 4.686 M€ nos primeiros 8 meses do ano. 

Nota-se que o saldo primário da administração central e da SS é negativo (-103M€), o que dá bem conta do facto de até agosto Portugal já ter pago 4.662 M€ de juros da dívida pública, uma dívida que todos os meses aumenta. Note-se que só em comissões já foram pagos à troika este ano 17 milhões e 700 mil euros!

Nota-se na conta da Administração Central e SS a despesa cresce 3,3% em termos homólogos,  e, contrariamente à retórica do Governo, a questão não se prende unicamente com a reposição dos corte nos vencimentos porque a aquisição de bens e serviços e as transferências correntes continuam a aumentar, o que prova que o segundo rectificativo do ano foi (também) motivado pela derrapagem da despesa. A despesa continua a aumentar

Esta é sobretudo também a execução de um aumento da receita de impostos. A receita fiscal aumentou 7,7% nos primeiros 8 meses, com destaque para o IRS que sobe 11,8%, o que representa mais 870 M€ do que em igual período de 2013. Ou seja, o ajustamento orçamental é feito apenas e só à custa dos portugueses.


Em contraponto com o aumento de impostos, as prestações sociais continuam a ser cortadas. O Subsídio de desemprego reduz-se 15,2%, o abono de família cai 4,55%, o Complemento Solidário Idosos retrai-se 16,6% e o Rendimento Social de Inserção diminui 7,1%. Infelizmente o Estado falha um mais é necessário e todos os dias sabemos de mais casos de desempregados que ficam sem apoios

PS condicionou Governo e obtém a aprovação do Salário Mínimo Nacional

Custou, mas foi. Depois do Governo ser já o último obstáculo entre os parceiros sociais, empresários e trabalhadores, o PS vê a provada  o seu desejo de correção e aumento do salário mínimo nacional através de um acordo em sede de concertação social. 

Como referiu o socialista Rui Paulo Figueiredo: 
"É pena que tenha demorado tanto o aumento do salário mínimo. Ainda me lembro de ver o primeiro-ministro aqui, no parlamento, a dizer que o importante e o desejável era diminuir o salário mínimo, fazendo comparações com a Irlanda. Ainda bem que o primeiro-ministro mudou de ideias".
"O PS há muito tempo que tem defendido o aumento do salário mínimo e também sempre defendeu que a boa maneira de o fazer era exatamente através de um acordo em sede de concertação social. É positivo esse aumento, é positivo o acordo a que chegaram os parceiros sociais e só é pena que tenha demorado tanto"

AR - José Junqueiro - Justiça, Educação e Primeiro-Ministro


No início desta sessão legislativa o governo está à deriva. Acontece com a coordenação do Executivo e em setores estratégicos decisivos como sejam os da Justiça e da Educação.
Na Justiça, a ministra, depois de um surto inicial de enorme arrogância, tem vindo a admitir, por força dos factos, que os erros são muitos e que prejudicaram o normal funcionamento dos tribunais. E foi neste contexto que fez um teatral, mas mal ensaiado, pedido de desculpas pelos constrangimentos que provocou.
Depressa se arrependeu e veio ao parlamento, ontem precisamente, insistir, imagine-se, no “sucesso da ” reorganização judiciária “ que não se deveria confundir com os problemas do “Citius”, disse.
Ora, para pôr as coisas no “sítio, é necessário lembrar que, independentemente de qualquer plataforma informática, o que temos no terreno é um acesso mais difícil das pessoas à justiça, mais caro para elas e para o Estado, mais injusto e mais moroso.
Em 2008 estava em marcha uma reforma dos tribunais que racionalizava o número de comarcas e introduzia a especialização e uma nova forma de gestão. Já existiam 3 comarcas novas instaladas e mais 2 estavam em instalação. No Memo da Tróika (Maio de 2011) ficou estabelecido concretizar essa reforma até Dezembro de 2012. Nada aconteceu, a não ser esta confusão.
Em finais de 2011 o Governo PSD/CDS, com a Tróika, unilateralmente, sem que ninguém soubesse, alterou o programa e veio a ser definida uma reforma dos Tribunais, ou mapa judiciário, com diferenças substantivas face à que estava em curso.
E as diferenças são claras: Passagem de 39 para 23 Comarcas, encerramento de 47 Tribunais, implementação não faseada, mas conjunta, em todo o país, em 1 de Setembro de 2014, originando o caos judiciário do qual, como referiu o deputado Luis Pita Ameixa, “Paula Teixeira da Cruz é "a mãe desse caos judiciário” e que a ministra "deve a sua demissão ao país". E deve mesmo!
Na Educação, Nuno Crato não fez melhor. O início do ano letivo foi um dos piores de sempre. Escolas sem professores e professores sem escola marcam ainda o dia-a-dia de muitos alunos e encarregados de educação.
Tal como a ministra da Justiça, Nuno Crato, depois de um surto inicial de enorme arrogância, pela força dos factos, veio à AR fazer também o seu teatro com um pedido de desculpas mal ensaiado para a “salsicha educativa” do primeiro-ministro. Percebeu-se que o governo adotou como estratégia a representação de uma falaciosa humildade.
Foi muito o que correu mal a nível da colocação inicial de professores. Foi tardia, e uma semana após o início do ano escolar existiam erros por todo o lado, com colocações em duplicado, ou professores retirados do concurso sem seu conhecimento. Ninguém sabe como é que numas escolas os professores tiveram os seus contratos renovados e noutras não, em iguais circunstâncias.
A verdade é que os grupos parlamentares da maioria, pelo menos muitos dos seus deputados, foram apanhados de surpresa, sobretudo o do PSD. De facto, ao terem agendado para esse dia uma “debate de atualidade” tinham a ideia de possuírem razões mais do que suficientes para “arrasar” a oposição, nomeadamente o PS que tão duras críticas fez ao governo e ao ministro.
Eis senão quando, o ministro da Educação, ao arrepio de todas as expetativas, lança o tal pedido de desculpas aos professores, aos pais e aos alunos, pelos constrangimentos que estava a causar a todos eles.
Afinal, o PS oposição tinha razão e a maioria PSD/CDS ficou em estado de choque que, aliás, prolongou pelos corredores. Com efeito, não tinha sido para esta desautorização pública que agendaram um “debate de atualidade”. Foi a cereja no cimo do bolo para um problema que ainda não foi resolvido.
Um exemplo: neste momento o governo tenta tapar os lugares vagos existentes trocando de escolas os docentes mal colocados. Apesar de colocados indevidamente na BCE, esses docentes estão a ser mandados para ocupar lugares noutras escolas e com isso a impedir que os docentes - que deveriam ter sido colocados - fiquem com os lugares que lhes pertencem. Não é uma forma leal de esconder o tamanho do erro.
Com se isso não fosse suficiente, o primeiro-ministro, pelos motivos conhecidos, introduziu na opinião pública a ideia de que se poderia ir embora. Nada pior para um governo do que uma instabilidade ao mais alto nível. Nada pior para o país do que um governo perdido na confusão dos seus dias.
Ora, podendo até compreender, sinceramente, que num primeiro momento, a memória de anos não estivesse ativa, já não é tão fácil aceitar que decorridos estes dias a mesma não tivesse sido recuperada através de esforço pessoal e voluntário.
O primeiro-ministro é um cidadão com responsabilidades acrescidas e se ninguém deve ver o seu bom nome posto em caua, muito menos um primeiro-ministro deve sujeitar-se a isso. É necessário o próprio dilucidar as dúvidas existentes, rapidamente.
A não ser que…a não ser que…mais uma vez, se o Presidente da República tenha melhor informação e continue a pensar que está tudo bem!

AR 2014-09-24

(EXP) Primárias do PS - A pressão do fecho


(CRISTINA FIGUEIREDOO último dos três frente a frente entre António José Seguro e António Costa foi o melhor. A cinco dias das primárias que hão de ditar qual deles vai disputar as próximas legislativas, não houve tempo para "mas, mas"

No meio jornalístico todos conhecemos bem o significado da expressão "pressão do fecho". É quando se aproxima a hora de o jornal ir para a gráfica e deixa de haver tempo para continuar a "pentear a prosa", há que escrever à velocidade da luz e, ainda assim, alinhar ideias com nexo. Paradoxalmente, é desta pressa que, às vezes, resultam os melhores textos.

Foi o que aconteceu na noite desta terça-feira com os dois candidatos a candidatos a primeiro-ministro pelo PS. A cinco dias das primárias, sem mais nenhuma oportunidade para fazer passar a sua mensagem em simultâneo aos mais de duzentos mil potenciais eleitores que podem ir votar no domingo, António José Seguro e António Costa travaram na RTP o melhor (também porque o mais equilibrado) dos três frente a frente desta campanha interna.

A conversa começou amena. Sobre o país e os problemas aos quais é preciso atribuir prioridade na resolução, Seguro e Costa falam em uníssono: criar emprego, diz um, combater o desemprego, diz o outro; apostar na reindustrialização, garante o primeiro, resolver a asfixia das empresas, propõe o outro. Repor os cortes nos rendimentos de reformados e pensionistas: estamos em condições disso, afirma um, é possível e necessário, sublinha o outro.

As divergências mostraram-se apenas quando o debate, contra a vontade do moderador, se voltou para o passado e, num remake do primeiro debate, os resultados do PS nas europeias de junho vieram de novo à colação. Com o líder do PS a acusar novamente o adversário de ter provocado esta crise e este novamente a recorrer a um gráfico para sustentar a teoria de que, nas sondagens, é ele que os portugueses preferem.
A partir daí foi um verdadeiro frente a frente, com troca constante de argumentos que só demonstraram aos simpatizantes e militantes do PS, se dúvidas ainda houvesse, que o que está em causa nas primárias não é tanto uma opção entre os projetos, mas entre as pessoas. 

A crispação subiu de tom a propósito da redução do número de deputados que Seguro propôs na semana passada. Costa, repetindo na cara do advesário o que tem vindo a dizer em todos os comícios, acusou o secretário-geral do PS de ter "cedido à argumentação populista". Seguro devolveu o mimo: "Costa é o candidato do status quo, não quer a mudança".

E subiu ainda mais quando, a propósito do "partido invisível" que diz haver na sociedade, Seguro deu rosto, pela primeira vez, "às pessoas associadas a esses interesses que apoiam António Costa", identificando o ex-administrador do BES Nuno Godinho de Matos, porta-voz dos fundadoes do PS que apoiam Costa, como representando "a promiscuidade total entre o sistema financeiro e os partidos".

Costa não gostou: "Se tu tivesses tido com o Governo um décimo da agressividade que tens para comigo, este Governo já tinha caído". E questionou-o olhos nos olhos: "O que é que tu fizeste de concreto na vida para combater a corrupção?", antes de arrolar as várias iniciativas nesse sentido que tomou enquanto ministro da Justiça.

A escalada teria prosseguido, não fosse a "pressão" o moderador João Adelino Faria para "fechar" o programa. 

Domingo, a escolha é entre quem, segundo um, está "desde pequenino" a sonhar ser secretário-geral do PS e quem, segundo o outro, não teve "a coragem" de avançar quando "era difícil"; entre quem oferece "um projeto de mudança" e quem propõe "uma liderança renovada e mobilizadora".

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Hoje, RTP, Debate entre António Seguro e António Costa

Hoje ocorre o último debate entre os nossos camaradas António Seguro e António Costa. Será na RTP1 pelas 20,45h. 

O PS está em contagem decrescente para as primárias e a poucos dias do fim de um problema que não deveria ter acontecido. 

Espero que este constrangimento se transforme numa oportunidade de seguir o caminho, alternativo ao governo, que tem vindo a ser construído.

: Desemprego. Total de casais sem emprego subiu 4%

"Depois de cinco meses de descida, total de casais em que ambos os cônjuges não têm emprego saltou 4% desde o final de Junho
No final de Agosto havia 11 939 casais em Portugal Continental onde ambos os membros, casados ou em união de facto, não tinham emprego, uma subida de 3,9% face ao total de casais nesta situação que existiam no final de Julho, ou seja, mais 445 casais. Agosto foi assim o segundo mês consecutivo de subida no total de casais desempregados, depois de em Julho o total ter crescido 0,1%, interrompendo um ciclo de cinco meses consecutivos de recuperação.
Apesar da evolução em sentido ascendente em termos mensais, certo é que as descidas registadas entre Fevereiro e Junho de 2014 permitem que a comparação com os mesmos meses de 2013 continuem positivas. Os 11 939 casais desempregados registados pelo IEFP no final de Agosto deste ano representam menos 4,4% de casais nestas condições do que em Agosto de 2013.

"O número de casais em que ambos os cônjuges estão registados como desempregados foi, no final de Agosto de 2014, de 11 939, -4,4% (-552 casais) que no mês homólogo e 3,9% (+445 casais) que no mês anterior", refere o IEFP no seu boletim mensal, onde ainda dá conta que o aumento mensal do desemprego em Agosto foi generalizado a todos os estados civis. 
No final do mês passado havia mais 3% de solteiros sem emprego face a Julho (para um total de 223,8 mil), mais 1,9% de divorciados (62,3 mil) e mais 0,5% de viúvos (10 mil). "O desemprego registado nos Centros de Emprego do Continente diminuiu 10,6% face ao período homólogo e cresceu 2,1% em relação ao mês anterior." No total, e no final de Agosto, havia mais 12,5 mil desempregados inscritos nos centros de emprego do que em Julho.(...)"

Lisboa - António Seguro com 1200 apoiantes ao jantar

Estive presente no evento que ontem reuniu, em Lisboa, cerca de 1200 apoiantes de António Seguro. 
João Soares, Ana Gomes e Manuel Machado antecederam o discurso do Secretário-Geral do PS que, como era de esperar, foi recebido com muito entusiasmo. 
Discursos fortes repetiram a tónica dos últimos dias de campanha em que todos os apoiantes dão o seu melhor para uma vitória que desejam alcançar
Muita gente, apesar de um dia marcado por chuvas intensas que congestionaram a vida na capital. Foi a reunião magna que antecedeu o debate de logo à noite, na RTP1 entre António Seguro e António Costa.




segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Viseu - XVI Congresso Distrital do PS

A reunião magna do PS concluiu-se ontem na Aula Magna do IPV. 
As atenções estavam concentradas nas intervenções e nos resultado das votações nas listas para os órgãos distritais.
João Azevedo, o presidente cessante, contrariamente a António Borges, o novo presidente, fez um discurso unificador que denotou grandeza de alma e olhou para o futuro convocando todo o património do PS. E isso aconteceu, mesmo ao arrepio dos arautos de um novo ciclo que de inovador apenas tem um azedume desconhecido no PS. 
Acácio Pinto, com uma das melhores intervenções de sempre, assumiu a mesma atitude e isso foi reconhecido pelo congresso que lhe deu mais membros para a comissão política distrital do que era expectável.
No entanto, ninguém se promove apoucando o trabalho dos outros, sobretudo quando dele resultou prestígio e orgulho para todo o PS. E foi esse o caminho que segui na minha intervenção, sem esquecer ninguém, e valorizando objetivamente o trabalho de todos, tal como fez Elza Pais. 
Foi neste contexto que, do princípio ao fim, para surpresa de muitos, os congressistas falaram de valores, de ideais, do futuro, mas realçando e elogiando sempre a obra feita e aqueles que a lideraram. 
Para mim, que já não sou responsável da Federação, há quatro anos, foi reconfortante que publicamente tenha sido reconhecido o trabalho que partilhei com todos e que todos fossem reconhecidos por isso. 
Ao contrário, fiquei perplexo com a exclusão da mesa da presidente da Concelhia de Viseu, a anfitriã do evento. Não há segunda oportunidade para criar uma primeira boa impressão. 






Ilusionismo - Afinal, o corte no IRS é de 2,7€

E o Expresso deu-lhe destaque de uma 1ª página. Só pode ter sido uma infeliz distração O Governo quer fazer de nós tolos!!! O título dá logo a ideia de supressão da taxa.Depois, por dentro, percebe-se que não é assim. Corta 1% e vai buscar 150M€, um novo imposto, à fiscalidade verde.Ora, ora!!!

"O Governo está a analisar a possibilidade de reduzir, em 2015, a sobretaxa de IRS, de 3,5% para 2,5%. 
A perda anual para os cofres do Estado resultante dessa eventual redução rondará os 220 milhões de euros (ME), mas poderá ser compensada pelos 150 ME que poderão ser arrecadados com a reforma do imposto verde. 
Para o bolso dos contribuintes, a diminuição de um ponto percentual na sobretaxa será pouco significativa. Por exemplo, para um trabalhador solteiro, sem filhos, com um salário bruto de mil euros, a poupança será de apenas 2,7 euros por mês, ou seja, 37,8 euros por ano." (CM)

domingo, 21 de setembro de 2014

Viseu - Ao rubro - Fernando Ruas, Almeida Henriques e o Viriato de Ouro

Celebra-se hoje o dia do município. Na câmara distinguem-se funcionários e personalidades. Ruas será uma dessas personalidades. 

Um Viriato de Ouro é algo que se atribui muito excecionalmente, numa cerimónia excecional - e parace não ser o caso da cerimónia. 

Os jornais asseguram que Fernando Ruas não estará presente para receber de Almeida Henriques a distinção aprovada no Executivo e na Assembleia Municipal, por unanimidade. 

Logo à tarde se saberá se há fumo sem fogo ou se haverá mesmo fogo com muito fumo.

sábado, 20 de setembro de 2014

Domingo - Congresso da Federação distrital de Viseu do PS

Realiza-se amanhã, em Viseu, na Aula, Magna do IPV, o Congresso da Federação Distrital de Viseu do PS. 

Será apresentado o Relatório pelo presidente cessante, apresentadas e discutidas as duas moções de orientação política geral, a do presidente eleito, António Borges, e a do seu adversário, Acácio Pinto. 

Poderão ainda ser discutidas moções setoriais e serão eleitos os seguintes órgãos: Comissão Política Distrital, Comissão de Jurisdição e Comissão de Fiscalização Económica e Financeira.

Este mandato, em função dos atuais estatutos do PS, irá até às próximas eleições legislativas, data a partir da qual, num prazo de 120 dias, será convocado novo Congresso, em 2016.

Isto não era sempre subir, dr. Pires de Lima? Atividade económica volta a cair

A atividade económica acentuou a queda em agosto, fixando-se em valores negativos pelo segundo mês consecutivo, segundo os indicadores de conjuntura publicados hoje pelo Banco de Portugal. 

O ministro da Economia é que disse que isto da economia "era sempre a subir"!

O indicador coincidente mensal da atividade económica, calculado pelo Banco de Portugal, caiu 0,6% em termos homólogos no mês passado, acentuando a descida que já se tinha verificado em julho (-0,2%).


O indicador coincidente do consumo privado continuou a subir (1,2%), mas diminuiu face ao mês anterior (1,4%).

Portanto, mais uma vez se conclui que proclamações não são soluções

OCDE: Crescimento Anémico na Zona Euro


A última previsão da OCDE é de crescimento anémico para os países da Zona Euro: 0,8% em 2014 e 1,1% em 2015. Esta quase estagnação da UE será acompanhada pelo Japão, segundo a OCDE. 

Mas as previsões algo mais optimistas que faz para os EUA, com uma "recuperação" não acompanhada pelo crescimento do emprego, são contestadas por autoridades estatísticas como John Williams

Contudo, ninguém ousa utilizar a palavra depressão ... 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Crescimento e PIB - Irlanda revê em alta e Portugal em baixa

Ontem a Irlanda reviu em alta as previsões de crescimento e agora aponta para que o PIB aumente 4,5% este ano. 

A Irlanda vai crescer com exportações, construção e aumento do consumo privado. 

Como temos dito, em Portugal o Governo insiste numa austeridade sistemática e excessiva que não permite crescimento económico e agrava ainda mais os problemas de finanças públicas.
Em consequência, e nomeadamente pelo efeito na  redução das necessidades em subsídio de desemprego, a previsão é que o défice seja de 3,5% e não de 4,8% como constava do OE2014. Ou seja: 
 - a Irlanda tinha projectado um défice maior do que Portugal (4,8% vs 4%) e com isso acabou por crescer bastante mais do que o previsto e vai ter um resultado orçamental melhor do que o do nosso país. 

Novo Citius custará centenas de vezes mais do que os tribunais encerrados

Em cima do joelho. Foi assim que a ministra desenhou e aprovou em novembro de 2011 o "Plano de Ação para a Justiça na Sociedade da Informação". 
Incapaz de prever ou de querer conhecer, a ministra sabe agora que o custo da sua incompetência funcional vai custar centenas de vezes mais do que aquilo que falaciosamente disse ir poupar ou agilizar na Justiça com o encerramento de tribunais. É como se vê! Grande reforma!

"Um sistema novo, com um software desenhado à medida das novas comarcas e que custará "dezenas e dezenas de milhões de euros". Mas que nunca estará pronto em menos de três anos. 
Esta foi a solução apresentada por Rui Mateus Pereira, presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, responsável pelo sistema informático Citius - que desde o passado dia 1 está parado e a provocar o caos nos tribunais - para tentar "solucionar" o problema. 
Fonte oficial do Ministério da Justiça nega que esteja em curso este "remendo" ao Citius e apenas admite que "existe um plano a médio e longo prazo (...) que não se prende, nem tem qualquer correlação com a situação atual do Citius", remetendo para o "Plano de Ação para a Justiça na Sociedade da Informação", aprovado em "Diário da República" em novembro de 2011." Diário De Notícias- 19-09-2014