sábado, 31 de janeiro de 2015

(RR) Ordem dos Advogados exige ao PM demissão da ministra da Justiça

A bastonária da Ordem dos Advogados diz que a ministra da Justiça está "hipotecada" aos grandes interesses das consultoras. Em causa está a proposta de Paula Teixeira da Cruz que altera alguns estatutos da Ordem dos Advogados. 

Em entrevista ao programa "Em Nome da Lei", da Renascença, a bastonária Elina Fraga considera ainda que a ministra, ao apresentar estas novas regras, coloca em causa o funcionamento da Ordem. 

"Suspeito que a senhora ministra da Justiça pretende retirar independência à Ordem dos Advogados, pondo em causa o seu funcionamento regular e, por outro lado, está claramente hipotecada aos interesses das grandes consultoras, já que depois de me ter dito que rejeitava em absoluto as sociedades multidisciplinares, as introduz agora neste projecto de lei", acusa.
A bastonária já anunciou que vai recorrer ao primeiro-ministro para que proponha ao Presidente da República a imediata exoneração da ministra. Para Elina Fraga, a proposta contém "gravíssimas falhas".
Entre as várias mudanças, a proposta do Ministério da Justiça aponta para a extinção de 190 delegações da Ordem dos Advogados. O programa “Em Nome da Lei” pode ser ouvido este sábado depois do meio-dia.

(Opinião) Paulo Macedo ultrapassou o prazo de validade

O ministro da Saúde está a colher os frutos de uma política errada, mas quem sofre as consequências são os utentes do SNS. Os cortes, de 2011 a 2014, superaram em 61% o memorando assinado com a “Troika”.
E, como se constata pela execução orçamental do ano passado, houve um excedente fiscal de mil milhões de euros, acima do previsto. E o défice será menor em função, segundo a UTAO, pelos cortes no investimento e na formação. Razões nada virtuosas, portanto.
Não havia necessidade! Tudo para construir um cenário falacioso em ano eleitoral que permita dizer, em síntese, temos dinheiro a mais e até vamos pagar parte do empréstimo ao FMI. Claro que todos entenderão o significado das coisas, sobretudo o primeiro-ministro, porque, tal como ele, mas por razões inversas, não podemos pensar no dia de hoje esquecendo o de amanhã.
O ministro Paulo Macedo não esqueceu o amanhã eleitoral, mas também não se deteve no futuro do SNS, nem na desqualificação que sobre ele lançou durante quatro anos. Ser o responsável da Autoridade Tributária é uma coisa, mas ser tutela da Saúde é outra bem diferente. No primeiro caso lida com números e no segundo com a vida das pessoas.
E lida mal. Não são apenas as más notícias das urgências, do atendimento deficiente, da impreparação e dos óbitos já registados que falam mais alto. São os hospitais ingovernáveis, os adiamentos cirúrgicos, nomeadamente em oncologia, a falta de material, a desmotivação das equipas e o despudor na contratualização laboral.
A inexistência da reforma hospitalar, sempre prometida e permanentemente adiada, tipifica bem a incapacidade de realização, previsão e planeamento do ministério da Saúde. As consequências atingem o INEM cujo presidente acaba de manifestar a necessidade de autonomia na contratação de recursos técnicos.
O “espartilho” imposto nos nossos dias, pelo governo, no que respeita à prontidão das equipas implica que o INEM para dar resposta a um qualquer episódio tem de subtrair às urgências os técnicos que nelas se encontram em atividade, interrompendo-a.
É importante sublinhar ainda, neste contexto, que o recurso às empresas de trabalho temporário para os diferentes atos médicos destrói o espírito de equipa de qualquer unidade de saúde, também em Viseu. Não fora a dedicação ou o espírito de entrega dos profissionais e a situação seria bem pior.
Em Viseu continuamos sem notícias do centro oncológico e não as temos também para as obras que permitirão aumentar o espaço físico das urgências no centro hospitalar em Viseu.
Obras urgentes que vão qualificar as condições de trabalho de todos os profissionais, que vão aumentar a sua eficiência e que, por último, vão permitir mais dignidade no atendimento dos doentes e no seu acompanhamento pelas famílias.
Não podemos culpar o Conselho de Administração, mas tão só o governo e o ministro que recebemos em Viseu, em 2014, no centro hospitalar, e que nos dirigiu palavras à margem da verdade. Paulo Macedo ultrapassou o prazo de validade, tal como o governo.

DV 2015.01.28

(RR) Bastonária dos Advogados acusa Ministério Público de crime

"É a própria investigação criminal que entrega e tem relações perigosas e promíscuas com a comunicação social", diz Elina Fraga à Renascença.

A bastonária da Ordem dos Advogados, Elina Fraga, acusa o Ministério Público da prática do crime de violação do segredo de justiça no caso José Sócrates.
“Se o próprio Ministério Público participa nessas fugas parece-me que será difícil encontrar os culpados”, disse.
Em declarações ao “Em Nome da Lei”, da Renascença, Elina Fraga refere que “é a própria investigação criminal que entrega e tem relações perigosas e promíscuas com a comunicação social”.
“Este caso evidenciou que ainda antes de haver advogados no processo já se violava o segredo de justiça”, acrescenta.
A bastonária conta que uma advogada lhe disse que “aquilo que viu publicado numa determinada comunicação social correspondia 'ipsis verbis' àquilo que viu no processo”.
O “Em Nome da Lei” é transmitido na Renascença ao sábado entre as 12h00 e as 13h00.


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

PS - Comissão Política Nacional com os olhos postos na Europa


A CPN do PS congratulou-se com as recentes propostas da comissão Europeia relativamente ao plano de investimento europeu euma leitura mais flexível do PEC, bem como a decisão do BCE em lançar um programa de compra de dívida pública soberana e privada (...) que o governo deveria trabalhar com os seus parceiros e Comissão Europeia no sentido de procurara melhorar o espaço para a política orçamental e investimento que resulta da nova leitura do PEC (...) congratulou-se coma deslocação a Atenas do presidente do Parlamento Europeu, Martin Shultz, para encetar contactos com o povo grego e contribuir par um clima de confiança (...)

PS cria gabinete de estudos para apresentar alternativas à "política autista" do PSD e CDS
A Comissão Política do PS aprovou ontem à noite a criação de um gabinete de estudos cuja "grande preocupação" será "informar as pessoas sobre a diferença entre as propostas do PS e a governação do PSD e CDS", ou seja, preparar o programa eleitoral para as próximas legislativas. O assunto fora um dos temas que o líder socialista António Costa levara à reunião com os seus deputados, ocorrida durante a manhã de ontem. Nessa reunião estabeleceu o mês de junho como o prazo para ter pronto o programa.
PS recusa duplicar porta-vozes do partido e Parlamento
A duplicação de porta-vozes do PS é um modelo "esquizofrénico", disse ontem António Costa, após a reunião semanal do Grupo Parlamentar do PS. O secretário-geral contrariou, assim, uma tese interna de que o Secretariado Nacional, órgão de direção restrita, deveria ter protagonistas específicos para cada área do Governo.
Maria de Belém apontada às eleições
O nome da ex-presidente do PS, Maria de Belém, foi ontem sugerido pela eurodeputada socialista Ana Gomes, na reunião da Comissão Política Nacional, como candidata às eleições presidenciais.




INE - Desemprego e Emprego - A falácia dos "Ocupados"

DESEMPREGO:
·         Em Dezembro, a taxa de desemprego fixou-se em 13,4%, menos 0,1 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior e menos 1,8 p.p. face ao mês homólogo de 2013.
·         Face ao início de funções deste governo, a taxa de desemprego piora 1,2 p.p.
·         Esta taxa corresponde a 689.600 desempregados: menos 4.800 face ao mês anterior; menos 99.300 face ao ano passado e mais 36.600 face ao início de funções deste governo.
·         Nos jovens, a taxa de desemprego fixou-se em 34,5%, subindo pelo 3º mês consecutivo. Mais 4.100 jovens desempregados entre novembro e dezembro. (face ao ano passado, a taxa desemprego nos jovens desce 0,7 p.p. e face ao inicio deste governo sobe 7,0 p.p.)
·         Em termos anuais, em 2014, a taxa de desemprego fixou-se em 14,1% (727,5 mil desempregados) e a dos jovens em 34,7% (131,4 mil).
·         O IEFP, disponibilizou também os dados de dezembro que mostram que há cerca de 166 mil ‘Ocupados’ em programas de emprego e formação profissional que não entram nas estatísticas do desemprego. Face ao início de funções deste governo o nº de ‘ocupados’ cresceu 536%, já que em 2011 o nº de pessoas neste tipo de programas rondava os 26 mil.
·         Falta a disponibilização, para o 4º trimestre de 2014, do nº de ‘inativos disponíveis’, que também não entram para as estatísticas do desemprego, mas que os últimos dados apontam para mais de 300 mil (302,3 mil no 3º trimestre2014).
·         Entre desempregados, ocupados e inativos disponíveis estaremos a falar de mais de 1.100.000.
EMPREGO:
·         O emprego sobe 0,1% face ao mês anterior de novembro e 1,2% face ao mês homólogo de 2013. Face ao início de funções desta maioria assiste-se a uma quebra de 5,6% no emprego, que corresponde a cerca de -264 mil empregos líquidos.
·         O emprego nos jovens baixou pelo 4º mês consecutivo. Entre novembro e dezembro, o emprego jovem caíu 1,4%, que equivale a menos 3.400 empregos líquidos.  Face ao início de funções desta maioria, há uma quebra de 22,1% no emprego jovem, o correspondente a menos 68.500 jovens empregados
Mercado de trabalho em dezembro de 2014  - INE – 29 de janeiro de 2015

Microsoft elege 11 professores portugueses como dos mais inovadores do mundo

Foto RR
Microsoft elege 11 professores portugueses como sendo dos mais inovadores do mundo com uso da tecnologia nas aulas.
Robôs, códigos de programação, computadores portáteis, mesas e quadros interactivos são parte do material escolar dos alunos do Colégio Monte Flor, em Carnaxide, onde dois docentes foram recentemente distinguidos pela Microsoft como sendo dos mais inovadores do mundo.
O programa "Professores Inovadores "elegeu 11 professores portugueses entre 800 em todo o mundo que foram considerados "campeões da integração de tecnologia na sala de aula", segundo Vânia Neto, do departamento da Educação da Microsoft, reconhecendo o esforço dos docentes para fazer a diferença no método de ensino.
Rui Lima e Andreia Sequeira, docentes do segundo e quarto ano no Colégio Monte Flor, consideram que o uso da tecnologia em sala de aula não isola os alunos. Pelo contrário, "incentiva-os a comunicar e a colaborar mais. Nunca trabalham individualmente", explica Rui Lima.
Os alunos parecem gostar destas aulas diferentes e diversão foi a palavra mais utilizada: "Aqui aprendemos de forma diferente, não fazemos fichas", diz um dos estudantes. A facilidade de aprendizagem é outro dos aspectos apresentados pelos mais novos.
Andreia Sequeira diz que o prémio é o reconhecimento do trabalho desenvolvido. A professora destaca ainda a importância de influenciar os outros a novas práticas de ensino. "É bom para o colégio e também para as outras escolas perceberem que é possível".

Inovação no Gana
E inovar nem sempre é sinónimo de tecnologia. É o caso de um professor que Rui Lima conheceu no Gana. Com o pouco material que tinha conseguia ensinar e dar aulas dinâmicas.
"Como não tinha espaço para todos os alunos, metia-os na rua, debaixo de uma árvore ou num espaço aberto. Fazia actividades espectaculares com os alunos. Ser inovador é isso mesmo", conta.
No ano passado, Rui Lima e os alunos criaram um canal no YouTube com tutoriais a explicar como programar. Dois deles, Gonçalo Calçadas e Matias Fareleira, com sete anos, desenvolverem um jogo sobre o meio ambiente. Venceram a final europeia do "Kodu Conquerors", uma competição de programação, também organizada pela Microsoft.
Estas são aulas diferentes, mas Rui e Andreia esperam que no futuro se espalhem por todo o país.

Paralelamente à distinção dos professores, a Microsoft também elege as escolas mais inovadoras. O Colégio Monte Flor, em Carnaxide, e o Agrupamento de Escolas de Freixo, em Ponte de Lima, são as representantes portuguesas na lista.
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Microsoft distingue Professores inovadores.

(Publicada em 05-12-2014)
A Microsoft divulgou uma lista onde distingue, a nível mundial, 800 professores inovadores. Entre os nomes agora divulgados encontram-se onze professores portugueses: Rui Lima e Andreia Sequeira, do Colégio Monte Flor, em Lisboa; João Cunha, da Escola Afonso Henriques, em Guimarães; Carla de Jesus, da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha; Carlos Cunha, da Escola Secundária Dom Manuel Martins, em Setúbal; Virgínia Esteves, da Escola José Relvas, em Alpiarça; Ângela Oliveira e Pedro Correia, do Agrupamento de Escolas de Freixo, em Ponte de Lima; Dulce Pinto, do Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade, em Almada; Sónia Barbosa, do Agrupamento de Escolas Álvaro Velho; e José Carlos Marques, da Escola Secundária Pedro de Santarém, em Lisboa.
Estes professores distinguem-se não apenas pela reflexão sobre o papel e potencial da tecnologia na transformação do ensino, propondo novos modelos que permitam tornar as salas de aula em espaços mais inovadores, e procurando dotar os alunos das competências necessárias para responder aos desafios da uma era cada vez mais global e digitalizada, mas também pelo seu papel formativo evidente através da partilha de conhecimento e experiência que decerto inspiram outros educadores e instituições de ensino a integrar a tecnologia como ferramenta pedagógica.
Portugal também ficou bem representado na lista das escolas com duas referências como “Showcase Schools” que se destacam pela forma como introduzem as mais recentes tecnologias em contexto de sala de aula para promover práticas pedagógicas inovadoras e alinhadas com as competências do século XXI (Colégio Monte Flor, em Lisboa e Agrupamento de Escolas de Freixo, em Ponte de Lima.)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Secretário-geral do PS reuniu hoje com o grupo parlamentar

António Costa, Ferro Rodrigues, Marques Perestrello e Jorge Fão
António Costa foi à reunião do grupo parlamentar falar sobre o futuro, ouvir os deputados e explicar o caminho que está a ser seguido. 

Lembrou que o governo está esgotado e que o importante é analisar e discutir os não resultados da direita. 

O "timing" do PS está definido e, para além da Convenção no final da primavera, o PS tem uma agenda própria bem definida que concretizou com alguns exemplos de realizações próximas.

Submarinos - Ana Gomes já pediu reabertura do processo

A eurodeputada socialista Ana Gomes entregou, esta semana, ao Ministério Público um requerimento para a abertura de instrução do processo da venda dos submarinos ao Estado português no DCIAP, que foi arquivado em dezembro. 

Para hoje, marcou uma conferência de imprensa sobre o assunto. A Procuradoria-Geral da República confirmou a entrega do requerimento e, nos termos da lei, o mesmo será apreciado pelo Tribunal Central de Instrução Criminal.

António Costa: um governo inspirado no da câmara de Lisboa

"Resgatar Portugal a descrença" é o objetivo que o secretário-geral do PS vai  fazer acontecer no país, tal como fez acontecer em Lisboa, com uma "gestão transparente, de proximidade e rigor". 
Foi na terça, à noite, num jantar da secção de Benfica do PS, que António Costa deixou duras críticas ao Executivo de Passos e Portas, acusando-o de "governar em conflito" e de "adorar falar do passado".



Cortes no investimento e carga fiscal baixam défice

Não há crescimento estruturante. Navega-se à vista. A sobrecarga fiscal que permitiu arrecadar mais mil milhões de euros acima do previsto e os cortes no investimento não geraram crescimento virtuoso, mas tão só números que criam a ilusão de que algo melhorou na economia. É o que conclui da análise da UTAO na AR.
Para o governo faz sentido despedir na administração pública onde já faltam médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar, polícias e até mesmo, por exemplo, nos serviços inspetivos do Estado. 
É a imaginação criativa da ministra das Finanças para atacar as "gorduras do Estado", a tal despesa fixa. Mas, para isso, não precisamos de ministro. Um técnico de contas seria suficiente e mais barato!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

RTPi - Presidente José Morgado fez a leitura da imprensa

O presidente da câmara de Vila Nova de Paiva e da CIM Viseu Dão-Lafões, José Morgado, foi hoje o convidado da RTP Informação para fazer a leitura da imprensa e sinalizar os destaques das notícias que julgou mais pertinentes.

Na ocasião criou a oportunidade para enfatizar o trabalho na região.










Urgências - deputados PS Viseu questionam ministro da Saúde

Os deputados do PS eleitos por Viseu, no âmbito de uma segunda ação dedicada à saúde, concluída esta semana, constataram o seguinte:

O clima nacional de desorientação do governo na área da Saúde reflete-se em todos os setores, incluindo o das urgências, como publicamente é reconhecido. 
A ausência de reformas, nomeadamente a da articulação dos cuidados hospitalares, primários e continuados, bem como os cortes nos recursos humanos, medicamentos, material ou na logística, permite compreender a desqualificação progressiva do SNS. 
Lembra-se que até 2014 os cortes excederam em 61% o que fora acordado inicialmente com a “Troika”.
A inexistência da reforma hospitalar, sempre prometida e permanentemente adiada, tipifica bem a incapacidade de realização, previsão e planeamento do ministério da Saúde. As consequências atingem o INEM cujo presidente acaba de manifestar a necessidade de autonomia na contratação de recursos técnicos.
O “espartilho” imposto nos nossos dias, pelo governo, no que respeita à prontidão das equipas implica que o INEM para dar resposta a um qualquer episódio tem de subtrair às urgências os técnicos que nelas se encontram em atividade, interrompendo-a.
É importante sublinhar ainda, neste contexto, que o recurso às empresas de trabalho temporário para os diferentes atos médicos destrói o espírito de equipa de qualquer unidade de saúde, também em Viseu, para além da iniquidade retributiva existente. Não fora a dedicação ou o espírito de entrega dos profissionais e a situação seria bem pior.
Por último, é do conhecimento da tutela que nas urgências do hospital central em Viseu são necessárias obras de fundo que aumentem o espaço existente, não só para viabilizar a eficiência do trabalho dos técnicos, mas também para oferecer aos doentes e familiares a dignidade e segurança de atendimento que lhes são devidas. É uma prioridade reconhecida por todos, nomeadamente pelo próprio Conselho de Administração.
Neste contexto, os deputados do PS abaixo assinados, perguntam ao senhor ministro da Saúde, nos termos constitucionais e regimentais em vigor, o seguinte:
1.    Tem o ministro da Saúde conhecimento pleno do imperativo das obras na urgência do centro hospitalar em Viseu?
2.    Sabe que os constrangimentos atuais não permitem no centro hospitalar o atendimento desejado pelos profissionais, bem como a dignidade plena devida aos utentes e condiciona a resposta do INEM, facto que só a dedicação dos seus elementos permite ultrapassar?
3.    Para quando a cabimentação e autorização necessárias para a realização das referidas obras?
4.    Tem o governo intenção de autonomizar ao INEM a contratação dos recursos humanos necessários que viabilizam uma resposta segura e eficiente?
5.    Para quando a divulgação pública dos sucessivos inquéritos aos óbitos nas urgências que o senhor ministro vem anunciando, desde dezembro de 2012?

Os deputados


José Junqueiro, Elza Pais e Acácio Pinto

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Viseu – Deputados e Concelhia do PS dedicam dia à Saúde

Os deputados José Junqueiro, Elza Pais, Acácio Pinto e a presidente da concelhia do PS, Adelaide Modesto, reuniram com o INEM e a Ordem dos Médicos numa ação dedicada à Saúde, e puderam constatar:
O Centro Hospitalar em Viseu continua sem espaço para permitir funcionar, com eficiência para os profissionais e dignidade para os utentes, os serviços de urgência, INEM incluído. 
A situação é antiga, já fora sublinhada em 2014, mas permanece com o mesmo grau de dificuldade. Apesar de diligências do Conselho de Administração o Governo, através da ARS, ainda não deu luz verde para as obras.
No INEM, tal como referiu o seu presidente Paulo Campos, urge criar um “regime de exceção na contratação de técnicos para atenuar a atual falta de recursos humanos” estabilizados na resposta a casos de emergência médica. 
Quando, como definiu o Governo, recursos especializados em trabalho na urgência têm de suspender a sua atividade para se constituírem em equipas INEM algo fica em falta. É como um lençol curto que para tapar a cabeça destapa os pés.
Picos de urgência, por norma, ocorrem com maior intensidade entre 15 de Dezembro a 15 de Fevereiro. Este ano 2014/2015 o caos vivenciado nas urgências nacionais, ocorre por vários fatores, alguns de índole médico/científica, outros de carácter político/sociológico:
Miguel Sequeira, José Junqueiro

1) Falência da vacina da gripe;
2) Antibióticos genéricos (não se questiona o princípio ativo mas sim a intensidade verificada nesse medicamento, versus controlo de qualidade do Infarmed);
3) Fecho de centros de saúde e atendimento - o efeito da centralização: a falsa ideia de poupança que aumenta os custos com recursos humanos, físicos e médico medicamentosos, assim como, tempo em transporte. Dever-se-ia apostar na discriminação positiva através do incentivo na procura de centros de saúde e de atendimento, pela diminuição temporária ou ausência de taxas moderadoras nesses locais;
Adelaide Modesto
4) Fator sociológico- 3a geração de emigração que deixou "ao abandono" uma população envelhecida;

Foram também abordados os constrangimentos nos cuidados continuados, nomeadamente a impossibilidade de prescrição de medicamentos e a ausência de autonomia na sua administração aos doentes, o que acaba por contribuir para o congestionamento das urgências.
Conclui-se por um desinvestimento na saúde, com precarização da mão-de-obra que roça a indignidade (médicos tarefeiros contratados através de empresas de "trabalho temporário) ausência e desestruturação da carreira médica e de perspetiva para os jovens médicos, que culmina em emigração médica.
Adelaide Modesto, José Junqueiro, Carlos Daniel
A aposta do Governo em empresas de trabalho temporário é prejudicial para todos, não só pela iniquidade nos pagamentos, mas, sobretudo, porque a atividade de “tarefeiro” não gera sinergias, nem a proximidade necessária aos doentes.

Subversão do sistema: Ausência de carreiras, falta de equidade no valor da hora extraordinária; contratos individuais de trabalho com 18h de urgência semanais. Sugerem-se, entre outras medidas: articulação entre cuidados hospitalares, primários e continuados; "valorização fiscal" para as famílias socialmente responsáveis que assumam a posição de garante e cuidador dos seus idosos; novos horários em centros de saúde estrategicamente localizados, entre outros.

 Elza Pais, João carlos, Carlos Daniel, Acácio Pinto
Carlos Daniel, Acácio Pinto

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A ministra da Justiça tem medo de ser escutada ... ao que chegámos!

"A ministra de Justiça admite que as escutas estão descontroladas! 
E previne-se: fala para o telefone “como se fosse para um gravador”. 
Só nos faltava mais esta. Marcelo, ontem, criticou duramente esta atitude. É, de facto, a própria ministra que põe em causa a existência de um "Estado de Direito". Ao que chegámos!
Acrescenta Marcelo, a propósito de segredo de Justiça, que a avaliar pelas constantes violações e os inquéritos que nunca têm conclusões que mais vale - para segurança de todas as partes - que o dito deixe de existir.

A Europa com Syriza ou Syriza sem Europa?

Só saberemos nos próximos meses. Merkel deu uma ajuda ao Syriza. Foi um erro tentar condicionar o voto dos gregos. 
Ninguém sabe se este resultado terá um efeito dominó. Imaginemos resultados idênticos ou mais expressivos com, por exemplo, Marine Le Pen, em França, com Pablo Iglesias Turrión e o Podemos em Espanha, os UKip’s no Reino Unido ou os Peguida na Alemanha. Tudo extremo e populista.
Alexis Tsipras vai tomar posse, ainda hoje, como primeiro-ministro. Já tem parceiro e não é como cá. Em menos de 24 horas, depois dos resultados eleitorais, haverá governo. Resta saber o que a direita europeia quer estimular: democracia ou ditadura? 
O dinheiro falou sempre mais alto do que os valores. No entanto, a Alemanha não se deve esquecer que as crises da periferia estalaram sempre bem no centro da Europa.

domingo, 25 de janeiro de 2015

(RR) Grécia. O voto é obrigatório, mas ninguém é sancionado se faltar ...

(Joana Pereira Bastos)
Votação na Grécia já começou e decorre até as 19h00 locais (17h00 em Portugal). No berço da democracia, não há um boletim de voto. Há 20.
No dia em que nove milhões de gregos são chamados a votar, a Renascença está a acompanhar a votação em Atenas onde encontrou Anton, um homem na casa dos 50 anos. Acordou bem cedo e não perdeu tempo para se deslocar à escola primária de Dafni, bem no centro da capital helénica.
Um gesto que devia ser repetido por todos os gregos, porque constitucionalmente o voto é obrigatório. Mas ninguém leva esta obrigação muito a série. Até porque o incumprimento não tem qualquer consequência. Não há qualquer sanção para quem não o cumpre.
Em conversa com a Renascença, Anton mostra-se crente que que o interesse europeu nas eleições gregas é motivado por o seu país continuar a pertencer à “nação Europa”.
Ainda assim acredita que estas eleições vão mudar algo no país, mas crê ainda que a mudança ultrapassará as fronteiras da Grécia.
“Acredito que sim, que vai mudar. Mas isso depende de várias coisas. O interesse [nestas eleições] justifica-se pelo facto de a Grécia e a Europa pertencerem à mesma Nação”, diz à Renascença este grego.
Anton sai da assembleia de voto. Não saí apenas com um boletim, tem uma resma de papel nas mãos. Sim, na Grécia, não há um boletim de voto. Há 20, um por cada um dos 19 partidos concorrentes, mais um para os que queiram votar em branco.
O eleitor escolhe o papel do partido preferido que contém uma lista de nomes com os candidatos a deputados. Desse conjunto faz uma cruz em quatro.
O processo continua com a colocação do papel escolhido num envelope que se insere na urna. Quanto aos restantes 19 têm um final comum, vão para o lixo.
A votação decorre até às 19h00 locais, mais duas horas do que em Portugal. Estas eleições que prometem ser históricas na Grécia, pois marcam uma escolha decisiva: uma continuidade menos austera ou a promessa de um novo rumo.

Em Atenas, o dia nasceu solarengo com 15 graus de máxima, e tudo está a correr até este momento dentro da normalidade democrática no país onde a palavra foi inventada. ( Ricardo Conceição, em Atenas)

Violência doméstica - Fátima Ferreira apresenta o livro "Estilhaços"

"Violência doméstica", traduzida em livro,  por palavras que se transformaram em imagens, sentimentos e realidades que ontem foram partilhadas, "quebrando amarras". Fátima Ferreira reuniu os "Estilhaços" que todos devemos conhecer e saber que existem. Foi ao fim da tarde no Museu de Grão Vasco, em Viseu. Participei no evento, a convite da autora, com o deputado Acácio Pinto e muitas outras pessoas que encheram por completo a sala de pintura naturalista.
A autora deixa uma "Homenagem" às 34 vítimas, conhecidas até ao momento da escrita, revelando o nome de todas elas "Mulheres com nome, famílias, histórias de vida e morte". Na "Nota Conclusiva", a professora e investigadora Rosa Monteiro deixa palavras que resumem a atitude da autora: 
"Em Portugal foram assassinadas quatrocentas mulheres, nos últimos dez anos (...) É por isso que Estilhaços, na sua narrativa pessoal, é um grito político! Nas histórias de vida em que nos conduz encontramos a afirmação do sujeito mulher(es). Num conjunto de vozes, íntimas e intimistas, convida-nos a olhar um público, visibilizando o drama, a brutalidade das vidas destas mulheres, o medo, a reconstrução identitária depois da quase destruição de si."
Celso Alexandre Afonso e Fátima Ferreira
César Alexandre Afonso, psicólogo e escritor, apresentou com brilhantismo a obra e falou da autora, depois do diretor do museu, Agostinho Ribeiro, ter abordado a importância do tema e a abertura da instituição a estas iniciativas. Teresa Adão, das Edições Esgotadas, falou do gosto que teve em receber a obra e revelou o momento em que nasceu a ideia.
A Manuela Antunes e a Margarida, amigas que Fátima e os amigos conhecem por "Né" e "Magui", deram voz às palavras que escolheram e proporcionaram um momento magnífico antes da intervenção da autora que, de modo simples, emocionado, enfatizou o tema e questionou a liberdade no nosso país, por ser muito o que ainda há a fazer para que pertença a todos por inteiro.

Elza Pais, ex-secretária de estado para a Igualdade e atual deputada, usou da palavra num período dedicado ao público, elogiando a iniciativa e a atualidade de um problema, tal como fez, a seu modo, Fernando Paulo Batista. Finalmente, Guilhermina Cabral, amiga de sempre da autora, deixou notas intensas sobre Fátima Ferreira e que na contracapa da obra deixou estas palavras finais "Este é o Livro - O grito inconfundível da urgência"

 Marco Almeida, Elza Pais, Maria Guilhermina Cabral
 Teresa Adão
 Né e Magui
 Adelaide Modesto e Rosa Monteiro
Agostinho Ribeiro e José Junqueiro
Elza Pais
 Fernando Paulo
Maria Guilhermina Cabral

Acácio Pinto e Agostinho Ribeiro