quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Paulo Portas sai e empurra Passos Coelho

Paulo Portas anunciou a saída no melhor momento. Não é governo, mas ganhou as eleições integrado na PàF. 
Portanto, sai de cena e tacitamente "sugere" a Passos o mesmo caminho. 
Se a direita pretende ser alternativa no futuro, então tem de começar a construí-lo com novos protagonistas. 
E isso significará muitas mudanças, que não o seu irrevogável abandono da vida política. 

Gent (Bélgica) - quiosque ambulante de "Original Noses"



segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Viseu - O Funicular de 6 M€ parou ...

Foram gastos mais de 6 milhões de euros em nome de nada. Deu sempre prejuízo. Agora, aparentemente, dará menos. Só funcionará 3 meses por ano. E lá se foram 6 milhões ...

(Opinião - Sol) O governo está para durar, um ano de cada vez

Vamos deixar 2015 num ambiente de grande controvérsia política. Não vejo que o próximo ano possa começar de modo diferente. Tudo foi atípico. Tudo é atípico. Desde logo a vitória eleitoral da direita, depois de quatro anos de governo de grande dureza e desigualdade. Não era expectável, sobretudo porque o caminho escolhido foi bem mais além daquele que nos fora imposto em 2011.
No entanto, por vezes, diz o povo que “Deus escreve direito por linhas tortas”. Crentes ou não, a verdade é que a solução governativa é o resultado disso mesmo. Talvez tenha a bênção divina, quem sabe? Os que perderam governam e os que ganharam são oposição. E aqui a Bíblia é a Constituição da República que também nos assegura de que na vida há sempre outro caminho, igualmente possível e legítimo.
E terá sucesso, perguntam muitos? Sim, pode ter sucesso, apesar eu ter sentido muitas dúvidas na solução por causa da fiabilidade política dos parceiros. O motivo é simples. Se isso acontecer - o sucesso – o governo minoritário do PS será devidamente reconhecido num próximo ato eleitoral. O PCP e o BE serão os primeiros a sentir esse efeito.
E será que vão consentir? Podem não ter outra solução. António Costa causou uma primeira boa impressão. Demonstrou que a esquerda se pode unir no apoio a uma solução alternativa de governo e escolheu um Executivo que espelha a diversidade da sociedade portuguesa. Tudo foi novidade e tudo foi bem aceite.
“Virar a página da austeridade” foi um tema forte do PS e as medidas que conhecemos dão-nos a perceção clara de que a promessa está a ser cumprida.
Por outro lado, a direita esqueceu-se de que escondera o problema “Banif" e a esquerda mais radical também se esqueceu das "posições conjuntas” que definiram um apoio inequívoco à estabilidade de um governo PS.
O resultado foi simples: o “irrevogável” CDS juntou-se ao PCP, BE e PEV nos votos contra o orçamento retificativo do PS e Passos Coelho tomou “Mebocaína” para a garganta, a tal que “fazia e acontecia” se algum dia António Costa precisasse do PSD. Pois foram Passos Coelho e o PSD que viabilizaram a proposta do PS evitando a queda do governo.
A desagregação da direita, dois meses depois das eleições, é uma evidência e as mudanças internas no PSD e CDS serão uma inevitabilidade. Nos partidos à esquerda do PS a “vida” está mais difícil, porque ninguém compreenderia bem que os ditos pudessem levar à queda de um governo que apoiaram, sobretudo quando este travou a direita, a austeridade cega, as privatizações e tudo está a fazer para a reversão daquelas que defraudam os ativos do Estado ou os serviços públicos que lhe são devidos.
Ao mesmo tempo, o governo está a restabelecer equidade nas políticas sociais, garante um salário mínimo mais elevado, vai devolver aos trabalhadores cortes nos seus rendimentos, construindo uma oportunidade para a economia e o emprego.
Ora, serão este os indicadores, a par do crescimento, que no final do segundo semestre darão os primeiros sinais sobre as opções assumidas. A UTAO, o INE, o Conselho Superior de Finanças Públicas ou Bruxelas não deixarão de divulgar, como até aqui, as suas conclusões em matemática pura. Confio e direi, pois, que o governo está para durar, mas um ano de cada vez.
JJunqueiro, 2015.12, 23

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Governo: Orçamento retificativo (OR) aprovado com os votos do PS

E foram mais três votos favoráveis do PSD que, não seguindo a abstenção deste grupo parlamentar, se somaram aos do PS para a aprovar o OR 2015. 

O CDS juntou-se ao PCP, BE e PEV nos votos contra e Passos Coelho tomou Mebocaína para a garganta, a tal que fazia e acontecia se alguma dia o PS precisasse do PSD.

A direita esqueceu-se que construiu a "Bomba Banif" e a esquerda mais radical afastou-se das "posições conjuntas". Fica tudo dito.

Londres - Tower Bridge, ao lado da Torre de Londres

Tower Bridge (em português Ponte da Torre) é uma ponte-báscula construída sobre o rio Tamisa, na cidade de Londres, capital do Reino Unido. Foi inaugurada em 1894 e, atualmente, é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, além de ser conhecida como uma das pontes mais famosas do mundo. É localizada ao lado da Torre de Londres.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

(Opinião) BANIF, um desastre previsto em 2013 por MS Tavares

Havia mesmo um problema  - colossal - escondido pelo governo PSD/CDS. Quem vai pagar? Os suspeitos do costume. António Costa não poupou nas palavras: "Quando este governo tomou posse confrontou-se com esta urgência. Uma urgência que era conhecida há mais de um ano pelas autoridades portuguesas". Miguel Sousa Tavares já tinha apontado o dedo em 2013.

Miguel Sousa Tavares em Janeiro de 2013 - (Recapitalização da banca) - Parece que temos uma elite bancária “extraordinária”, sempre a dar conselhos ao país; “eles” deviam era ter vergonha de sair à rua. O Estado acaba de se meter numa aventura (Banif) com uma elevada taxa de probabilidade de não recuperar o dinheiro. Pergunta-se que “raio” de governo liberal é este; Gaspar recebe mensagens directamente de Bruxelas, que não se importa que a TAP fosse para um empresário colombiano mas importa-se que um banco qualquer (sem risco sistémico) vá à falência."

António Costa "Na declaração ao país, o primeiro-ministro salientou que a solução encontrada em conjunto pelas autoridades europeias foi a que melhor salvaguardou os "depositantes, trabalhadores e as poupanças de muitos emigrantes".
Realçou que a decisão, além de ser a "menos má possível", também é "uma solução definitiva para o problema", evitando-se assim mais surpresas negativas para o Estado.
De seguida passou ao ataque. "Quando este governo tomou posse confrontou-se com esta urgência. Uma urgência que era conhecida há mais de um ano pelas autoridades portuguesas"

O Presidente do Banco de Portugal

Penalva (Germil) - Os Melros promoveram o tradicional almoço de Natal

A convite do presidente da direção de "Os Melros", José Manuel, participei no tradicional almoço de Natal dos idosos onde para além dos anfitriões do concelho, o presidente da câmara de Penalva, Francisco Carvalho, o presidente da assembleia municipal, Vítor Fernandes, a vereadora Lúcia Santos, e a presidente da junta, Lúcia Marlene, marcaram presença o presidente da câmara de Mangualde, João Azevedo, Acácio Pinto, João Paulo Rebelo e Arminda Dias Marta, entre outros amigos da instituição.
O presidente de câmara, elogiou o trabalho desenvolvido pela associação e passou a palavra ao seu colega de Mangualde para, juntos, reafirmaram a parceria entre os dois concelhos que concretizará um corredor comum entre os dois municípios.

Viseu, sinais de frio e de Sol

No jardim, o Sol dilui a geada que se formou durante a noite e realça o vapor de água

domingo, 20 de dezembro de 2015

Fnac Viseu - Apresentação do livro de Elza Pais por Jorge Lacão

Jorge Lacão apresentou o novo livro de Elza Pais "Uma década pela Igualdade  e contra a Violência de Género". 

Adelaide Modesto, advogada e presidente do PS Viseu, introduziu o tema. Foram muitos os amigos presentes e muitos outros já o haviam feiro durante a manhã, em Mangualde, onde a obra foi também apresentada.



















Ceia de Natal no LX Factory com José Sócrates

Convívio com um pequeno grupo de amigos.


(2008) - No Mónaco com a delegação da Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo

"Na 3ª Sessão Plenária da APM, que decorreu no Mónaco de 13 a 15 de Novembro, foram realizadas as eleições para o  Bureau e para a presidência das três Comissões Permanentes para o período 2008-2010.
O Presidente eleito foi o Deputado Rudy Salles, actual Vice-Presidente da Assembleia Nacional Francesa. Para uma das 3 Vice Presidências foi eleito, por unanimidade, o Deputado José Junqueiro eleito igualmente Presidente da 1ª Comissão – Comissão Política e de Segurança – na qual já assumia as funções de Vice-Presidente."
José Junqueiro e Rudy Salles, Vice-Presidente da Assembleia Nacional Francesa (2008)

sábado, 19 de dezembro de 2015

(Opinião) Sócrates e o direito à legítima defesa


Sócrates e o direito à legítima defesa

A entrevista de José Sócrates à TVI marcará a vida pública nos próximos tempos. Respondeu a todas as perguntas procurando esclarecer as dúvidas com que as fugas seletivas do segredo de justiça foram alimentando a opinião pública.
Nicolau Santos é um crítico, mas isso não o impediu de sublinhar ser “perturbador que mais de um ano depois da prisão do ex-primeiro-ministro, o Ministério Público ainda não tenha conseguido deduzir uma acusação; que a defesa ainda não tenha tido acesso a todo o processo (…)  e que Paulo Silva, o inspetor tributário que trabalha com o Ministério Público no processo, tenha escrito, preto no branco: «só existem três responsáveis por essas fugas de informação – que comprometem os trabalhos e a estratégia: ou eu, ou o procurador ou o juiz” (…).
E nenhuma investigação foi feita, até hoje. Não se dando bem com as críticas, o espírito corporativo saiu a terreiro, apesar do entrevistado fazer fé na Justiça não a confundindo com atitudes atípicas. Talvez tenha sido isso que mereceu o seguinte comentário de Daniel Oliveira:
(…) “Por agora, fico apenas satisfeito que um julgamento feito na praça pública tenha tido finalmente direito de defesa. Se este direito de resposta perturba a investigação e foi a razão da prisão, estamos mal. Cada um terá as suas convicções sobre a culpabilidade ou a inocência de Sócrates. No fim, valem todas zero. Contarão, só podem contar, os factos e as provas (…).”
Goste-se ou não de José Sócrates, acredite-se ou não na sua inocência, há explicações urgentes que os responsáveis ligados a este processo devem à opinião pública, em nome da transparência, do direito à presunção da inocência e da confiança que continuadamente devem construir entre os cidadãos e a Justiça, o pilar fundamental da democracia
JCentro, 2015.12.15

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Jardins do Grémio Literário - foi criado por D. Maria II em 18 de Abril de 1846

"O GRÉMIO LITERÁRIO foi criado por carta régia de D. Maria II em 18 de Abril de 1846 – “considerando Eu que o fim dessa associação é a cultura das letras e que pela ilustração intelectual pode ela concorrer para o aperfeiçoamento moral”.


O Grémio teve entre os seus fundadores as duas principais figuras do Romantismo nacional, o historiador Alexandre Herculano (Sócio nº 1) e o poeta e dramaturgo Almeida Garrett, e ainda o romancista Rebelo da Silva, o dramaturgo Mendes Leal, e grandes personalidades da vida politica do liberalismo, como Rodrigo da Fonseca (que redigiu os estatutos), Fontes Pereira de Melo, Rodrigues Sampaio, Sá da Bandeira, Anselmo Braancamp, o futuro Duque de Loulé, e da ciência, da economia e da velha e da nova aristocracia. 
Com sedes sucessivas sempre na zona do Chiado, “capital de Lisboa”, e passando pelo célebre palácio Farrobo, o Grémio Literário instalou-se finalmente, em 1875, no palacete do visconde de Loures, na rua então de S. Francisco. 
É um edifício exemplar da arquitectura romântica de Lisboa, preservado ao longo dos tempos, com o seu jardim de 1844, único nesta área histórica da cidade, tendo recebido em 1899 grandes obras de decoração de José de Queiroz, nas salas e na varanda aberta sobre o Tejo e o Castelo de S. Jorge" (...) 

Viseu, acolhimento de Natal aos que nos visitam


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Nicolau Santos sobre a 1ª parte da entrevista de Sócrates à TVI

(in Expresso Curto) Bom dia. - «Um leopardo quando morre deixa a sua pele. Um homem quando morre deixa a sua reputação». O ditado chinês, relembrado recentemente por Ricardo Salgado, aplica-se a três homens e uma instituição, que ontem lutaram ferozmente pela sua reputação.
José Sócrates esteve ontem na TVI para falar do processo judicial de que é alvo e das acusações de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais que lhe são imputadas. O ex-primeiro-ministro fala em causa própria e seguramente manipulará o que diz de acordo com as suas conveniências. Mas os factos que apresenta levam a que um cidadão admita que a justiça tem de dar respostas cabais a algumas das acusações de Sócrates e que os jornalistas aparentemente não fizeram todo o trabalho de casa.

Não, não compro a tese de Sócrates de que este processo tinha como objetivo levar o PS a perder as eleições legislativas de 4 de outubro – o partido a que pertence e de que esperava mais apoio - e há questões que devem ser esclarecidas na segunda parte da entrevista, a ser transmitida hoje, sobre a aparente desproporção entre os seus rendimentos e o nível de vida que levava. 
Mas é perturbador que mais de um ano depois da prisão do ex-primeiro-ministro, o Ministério Público ainda não tenha conseguido deduzir uma acusação; que a defesa ainda não tenha tido acesso a todo o processo, 59 tomos com cerca de 3000 páginas cada um, apesar do Tribunal da Relação ter decidido nesse sentido; que o segredo de justiça tenha sido sistematicamente violado e que Paulo Silva, o inspetor tributário que trabalha com o Ministério Público no processo, tenha escrito, preto no branco: «só existem três responsáveis por essas fugas de informação – que comprometem os trabalhos e a estratégia: ou eu, ou o procurador ou o juiz. E isto já passou todos os limites»; que o Tribunal da Relação tenha declarado o dia 19 de outubro de 2015 como data final do inquérito, mas que o Ministério Público não só tenha ignorado essa decisão, como o responsável pela investigação tenha declarado ser necessário alargar o prazo pelo menos até setembro de 2016».
No que se refere à acusação de corrupção, a mais grave que incide sobre Sócrates, envolvendo o Grupo Lena (e que, segundo o ex-primeiro-ministro, o Ministério Público considerou que poderia ter ocorrido nas PPP, na Parque Escolar, noutras obras públicas ou em todas), a argumentação foi demolidora – ou será que não é verdade? Nas Parcerias Público-Privadas, segundo Sócrates, das 21 aprovadas pelos seus governos, o grupo Lena integrou consórcios que venceram apenas duas delas. Mas mesmo nesses dois casos estava em franca minoria: numa tinha apenas 7,8% do consórcio, noutra 16,25%. Além disso, os dois concursos foram ganhos porque no primeiro a diferença para o segundo classificado era de 282 milhões de euros e no segundo de 202 milhões.
Quanto à Parque Escolar, ainda segundo Sócrates, dos 250 contratos adjudicados, o Grupo Lena ganhou dez, não sendo o maior fornecedor nem em número de contratos nem em valor. E os contratos foram todos ganhos porque o Grupo Lena ofereceu preços mais baixos que os outros concorrentes. Finalmente, o Grupo Lena terá ganho 0,25% de todos os contratos públicos durante as legislaturas de Sócrates e 0,36% durante os quatro anos de Passos Coelho. E é nestas matérias, a ser como diz Sócrates, que os jornalistas não terão feito bem o seu trabalho de casa, que, segundo ele, nem sequer é difícil, porque a informação está disponível.
"

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Casa da Ínsua no início do outono

Situado a 25 quilómetros da cidade de Viseu, na região centro de Portugal, o Hotel Casa da Ínsua é um edifício solarengo de estilo Barroco mandado construir no século XVIII por Luís de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres.

sábado, 12 de dezembro de 2015

PS já está à frente. António Costa lidera em popularidade. Catarina sobre 7 pontos

PS sobe, apanha PSD e já está em empate técnico. PCP em queda (em todas as sondagens) A Eurosondagem/SIC/ Expresso revela ainda que a popularidade Cavaco Silva continua a descer. Catarina Martins ultrapassa pela primeira vez Paulo Portas em popularidade, mas é António Costa que lidera.

(por Bernardo Ferrão) "Dois meses depois das eleições, os socialistas ganham terreno. PS e PSD registam agora praticamente o mesmo valor. Mas a direita somada ainda garante uma distância confortável
Se no barómetro de novembro o PS tinha conseguido segurar o resultado das legislativas (32,3%), no estudo deste mês os socialistas têm um bónus: crescem 1,2 pontos percentuais. É um bom sinal para o partido, sobretudo depois da contestação em torno da solução de Governo encontrada por António Costa e as esquerdas.

Outro dado a assinalar, e igualmente positivo para o Largo do Rato, é o facto de o PS estar agora num claro empate técnico com os sociais-democratas. Desta vez, e agora que a PàF se desfez, PSD e CDS foram avaliados separadamente. 

Ainda assim, se somarmos os resultados dos partidos de Passos Coelho e de Paulo Portas, a direita continua a garantir uma distância confortável face ao PS: 41% contra 33,7%. Se fizermos a mesma conta mas para a frente de esquerda, PS, BE e PCP chegam aos 51%. E se acrescentarmos o PAN, o valor passa para os 52,3%."

Viseu - Ranking (secundário) - Alves Martins no topo entre as 20 primeiras

"A recolha de ligações que encontrámos na imprensa com várias versões dos Ranking de Escolas 2014/2015 que têm por base fundamental informação veiculada pelo Ministério da Educação. 

Sublinhe-se "que as metodologias utilizadas ocultam e distorcem a análise podendo conduzir em erro comparações qualitativas entre escolas (...) Estes rankings ser encarados com cautela e com uma indicação apenas (...) (in Economia e Finanças - @EcoFint on Twitter | economiafinancas on Facebook)

Hoje - Antestreia do filme “Amor Impossível” traz actores e realizador a Viseu

“Amor Impossível” o filme de António-Pedro Vasconcelos tem antestreia marcada para Viseu no dia 12 de dezembro. Rodado na cidade, o lançamento, que acontece nas salas de cinema do Palácio do Gelo, contará com as presenças do realizador e dos atores Vitória Guerra, José Mata, Soraia Chaves e Ricardo Pereira.

O filme é uma história de amor entre um jovem casal. Tiago e Cristina vivem uma paixão intensa, mas tudo é abalado quando a jovem é raptada. Madalena e Marco, os dois investigadores da Policia Judiciária responsáveis pelo caso, têm dificuldade em acreditar no namorado. Mas ao investigar o crime, Madalena acaba por se deparar também com as insuficiências da sua própria relação. As aventuras e desventuras das personagens e os sítios de Viseu chegam ao grande ecrã antes do Natal."

Estremoz, amanhecer visto da Pousada Rainha Santa Isabel


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Inverno em Utrecht, Holanda

(Opinião) O Conselho de Estado e o património de Cavaco Silva

Cavaco Silva, em plena crise política para a indigitação de um primeiro-ministro, ouviu meio mundo e o outro, mas decidiu descartar a opinião do Conselho de Estado que não convocou e descartou para o efeito. Desvalorizou o órgão e, simultaneamente, as pessoas que o integram, incluindo as que o próprio convidou. Mais uma vez fez não ilustrou a democracia.
Então, perguntarão alguns, por que motivo estalou esta polémica sobre quem deve estar ou não representado, quem tem direito a mais ou a menos "indicações"? A resposta é simples: é uma nova medição de forças entre a esquerda e a direita, bem como a interpretação mais legítima da Constituição.
Compreendo que assim seja, mas num órgão que não tem competência para decidir e sim aconselhar, a representação dos cinco partidos com maior expressão parlamentar deveria ser garantida, por iniciativa dos próprios ou do Presidente da República. A diversidade em matéria de opinião, de conselho, é um valor fundamental.
Não existindo um entendimento induzido por via da abertura e do bom senso, temo bem que esta fricção contamine a indicação para outros órgãos externos à Assembleia da República por precisarem de uma maioria de dois terços. 
É bem provável que só com o próximo Presidente da República este diferendo político e institucional venha a conhecer solução adequada. Até lá todas as eleições que precisem dos 2/3 da AR e uma clara leitura constitucional se transformem em armas de arremesso. Até nisto, Cavaco Silva deixa um património que não será cobiçado por ninguém.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

(Sond.Católica) - Ant1, RTP/JN/DN - Coligação (41%), PS (34%) BE (11%) e PAN (2%) sobem

PS e PàF estão a subir. O PCP continua a afundar-se. PS e BE já somam 45%, mais 4% do que a PàF. A decisão de Cavaco indigitar Costa foi considerada a melhor (...) 30% dos que votaram BE e PCP dariam liderança do governo a Passos Coelho.  A leitura política diz que há governo para 4 anos. PCP já perdeu as condições para fraturar. Seria muito penalizado.

"Coligação PSD/CDS reforça intenções de voto, mas sem maioria absoluta. Inquiridos dizem que Costa devia ter negociado à direita
Dois meses após as eleições legislativas e muita confusão política até se chegar a um governo do PS apoiado pela esquerda parlamentar, os eleitores continuam a colocar a coligação PSD/CDS à frente nas intenções de voto.
O resultado da aliança entre Pedro Passos Coelho e Paulo Portas até sobe para os 41%, mais 1,5% do que o resultado conseguido a 4 de outubro, mas não chega à maioria absoluta.
No barómetro do Centro de Sondagens da Universidade Católica para a Antena 1, RTP, JN e DN, o PS também sobe nas intenções de voto para os 34%, mais 1,7% do que em relação às últimas legislativas. As restantes forças políticas mantêm a mesma ordem, com o BE à frente do PCP e a subir ligeiramente nas intenções de voto. Só a CDU (PCP e Verdes) desce relativamente ao resultado obteve a 4 de outubro.
A maioria dos inquiridos nesta sondagem - que foi efetuada nos dias 5 e 6 de dezembro, ou seja já após a tomada de posse do governo de António Costa - considera que Pedro Passos Coelho deveria ter sido o primeiro-ministro a sair das eleições, com 52% a pronunciarem-se nesse sentido, contra 37% a escolherem o líder do PS para liderar o executivo e só 11% a não saberem ou quererem responder.
Obviamente que ao isolar a perguntas consoante as opções de voto as respostas variam substantivamente: Passos deveria ser primeiro-ministro para quase todos os eleitores da coligação Portugal à Frente (94%); já Costa é o nome escolhido por 75% dos eleitores socialistas e 55% para os do BE e 53% dos do PCP.
30% dos que votaram BE e PCP dariam liderança do governo a Passos Coelho
Curiosamente, nestes dois partidos de esquerda que suportam o executivo socialistas há ainda uma franja considerável de mais de 30% que dariam a liderança do governo a Passos Coelho. No PS essa margem é mais residual e fica-se nos 19%.
Cavaco fez a melhor solução
Confrontados com a decisão de Cavaco Silva em indigitar António Costa a 24 de novembro para primeiro-ministro - tendo em conta os resultados eleitorais e a composição do Parlamento (que dá uma maioria à esquerda) ¬¬- a maioria dos inquiridos acaba por a considerar a "melhor solução". Neste sentido pronunciam-se 49% da totalidade dos sondados, contra 35% que rejeitam a opção do Presidente da República. E só 16% não se quiseram pronunciar.
Uma vez mais, apenas os eleitores da PáF consideram, na sua maioria (64%), que a indicação de António Costa não foi a melhor solução, tendo em conta os resultados eleitorais. De resto, os eleitores dos partidos à esquerda, numa expressiva maioria entendem que Cavaco tomou a decisão adequada aos interesses do país.
44% preferiam que PS tivesse viabilizado governo PSD/CDS
Mas quando questionados sobre as opções do PS, entre ter escolhido viabilizar um governo PSD/CDS ou aliar-se ao BE, PCP e Verdes para formar um executivo de esquerda, 44% preferiam a primeira opção, contra 39% e 17% que não souberam ou quiseram responder. A decisão de Costa de se aliar a Jerónimo de Sousa e a Catarina Martins é legitimada pela maioria dos seus eleitores (71%), tal como pela maioria dos votam PCP e BE.
Os eleitores estão em geral satisfeitos com a sua opção de voto nas últimas legislativas. Apesar de tudo, é entre os eleitores da CDU que se encontra a maior percentagem de insatisfeitos (25%)."


Tekever - Inovação portuguesa. Dos "drones" controlados pela mente ao satélite

(por José Pedro Frazão) Inovação portuguesa. Dos "drones" controlados pela mente ao satélite em contagem decrescente
É uma pequena e média empresa que parece querer crescer ainda mais, sobretudo para o espaço. Galardoada com o Prémio PME Inovação COTEC 2015, ex-aequo com a Palbit, a Tekever aposta forte na área das tecnologias de informação e na área aeroespacial, de defesa e segurança.
Dos “drones” à construção de um satélite, a Tekever, sediada em Lisboa, está em plena afirmação internacional e expansão nacional. Não falta até uma aposta no interior, a pensar na empregabilidade de cursos superiores ministrados na Beira Interior.
Ricardo Mendes, fundador da empresa, explica que a Tekever é já uma holding de sete empresas com 120 trabalhadores, com um volume de negócios em torno dos 20 milhões de euros, conseguidos na maioria pela exportação.

Uma das apostas situa-se na área dos aviões não-tripulados, através da Tekever - Autonomous Systems.
“Posso destacar o primeiro sistema de vigilância marítimo europeu, feito com equipamentos nosso, de médio e grande porte, entre os 150 e os 200 quilos, que irá estar em operação a partir do Verão do próximo ano. Desenvolvemos uma plataforma tecnológica base, em que todos os equipamentos possam comunicar entre si e cooperar. Todos eles têm ‘inteligência’ a bordo e capacidade para comunicar entre si para cumprimento de missões”, diz o administrador principal da Tekever.
São “drones” de utilização industrial e especializada, nas áreas da segurança marítima, protecção da natureza ou combate a incêndios. Em breve os aviões não tripulados de fabrico português vão vigiar mares e oceanos.
“Vamos encabeçar um projecto em parecia com a Agência Europeia de Segurança Marítima e com a Agência Espacial Europeia, que vai estar no próximo Verão em várias áreas: Mediterrâneo, Mar do Norte e Oceano Atlântico, ao largo de Portugal. São projectos em três áreas em que os sistemas de vigilância marítima com ‘drones’ vão estar em acção”, explica o responsável da Tekever.

A mente já controla o “drone”
A PME portuguesa foi mais longe e testou mesmo um projecto de “drone” controlado por ondas cerebrais. Chama-se Brainflight e é um projecto de inovação que já foi sujeito a demonstrações públicas na Alemanha e em Portugal.
“Na Alemanha, quisemos demonstrar o controlo de um avião tripulado, com um piloto num simulador, equipado com equipamento de Brainflight que, no fundo, capta as ondas cerebrais, faz a sua transformação em sinais eléctricos e a sua interpretação para o controlo do equipamento. Em Portugal, foi feita uma demonstração aberta onde um operador de um sistema não tripulado colocou o mesmo equipamento e controlou um avião não tripulado que já estava no ar numa zona segura”. Sim, é possível, garante o empresário português.

Aposta no interior
Dos desenhos ao fabrico da parte mecânica, a PME portuguesa só não faz os motores e os trens de aterragem. Tudo é executado em Portugal ou Inglaterra. Para crescer em tamanho nos equipamentos, a Tekever decidiu avançar para uma fábrica no interior do país.
“A aposta em Ponte de Sôr justifica-se pela baixa densidade populacional e alguns factores muito interessantes. Há infraestruturas já ligadas à aeronáutica, devido ao aeródromo com excelentes condições e um pequeno parque industrial muito próximo. Fica também próximo de Castelo Branco e Covilhã, onde existem cursos muito interessantes na engenharia aeronáutica. Podem providenciar recursos humanos de qualidade que venham reforçar a nossa equipa nessa região”, justifica o administrador da Tekever.

Um satélite na forja
Pensaram em Vasco da Gama e não fizeram por menos. Na dimensão aeroespacial, a Tekever colocou uma das suas empresas a trabalhar num satélite integralmente feito em Portugal.
O GAMA SAT tem lançamento apontado para finais de 2016 e todos os subsistemas - comunicações, propulsão, controlo, energia – têm a assinatura da Tekever, num projecto co-financiado pela Comissão Europeia.
Poderão aproveitar alguma tecnologia própria já em utilização em satélites chineses. 
Exemplo, o GAMA LINK, que já aí anda a fazer das suas.

“É um equipamento produzido para tornar mais fáceis e flexíveis as comunicações entre sistemas espaciais, como satélites. Neste momento já está num grau de maturidade muito elevado. Já foi para o espaço, a bordo de três satélites chineses lançados em Setembro, e teremos bastantes mais missões planeadas para os próximos anos. 
O GAMA LINK permite-nos fazer uma espécie de internet no espaço. Fazer com que a comunicação entre satélites sejam mais simples e não complexas, ponto a ponto como na maioria dos casos”, explica o fundador da empresa co-galardoada com o Prémio PME Inovação COTEC 2015.