sábado, 19 de novembro de 2016

(Opinião) Um outro caminho com Marcelo

O Presidente da República veio a Viseu duas vezes neste início de mandato. Com outro estatuto, Marcelo já cá tinha estado outras dez. O concelho e a região são-lhe, pois, próximos e familiares.
Veio pelas melhores razões, a primeira das quais reporta à inauguração da “Etar Sul” da cidade, um equipamento de elevada qualidade, de muitas dezenas de milhões, lançado pelo executivo anterior, chegado com um atraso de décadas, mas fundamental à preservação ambiental.
Agora, a inauguração do Centro de Inovação Tecnológica da IBM constituiu outro bom motivo, não só pela força global da marca e dos conteúdos, mas também pelo emprego direto de muitos quadros altamente qualificados e pela atratividade que constitui para outros investimentos de interesse global.
O Presidente aproveitou a oportunidade para inaugurar uma exposição no Museu Nacional de Grão Vasco, que está a celebrar o centenário e a cuja Comissão de Honra preside. Depois assinalou os 500 anos da Sta Casa da Misericórdia com uma deslocação à Residência Rainha D. Leonor, projeto lançado pelo saudoso Eng. Engrácia Carrilho e, finalmente, esteve no RIV, unidade que se inscreveu na história do 25 de Abril
Sinaliza, pois, a importância dos acontecimentos e das instituições e preenche essa responsabilidade com uma dimensão afetiva e de proximidade às pessoas que lhe dá hoje uma elevada taxa de popularidade e credibilidade, bem ao contrário do seu antecessor.
Complementarmente, o seu magistério de influência tem sido fundamental para a estabilidade política, sem deixar de dizer o que tem a dizer, e o governo bem lhe pode agradecer a sua cooperação institucional, facto que tem defendido decisivamente a nossa credibilidade externa. Tivesse chegado quatro anos antes e o nosso caminho teria sido o de Itália e de Espanha, sem “Troika”.
JCentro, 2016.11.14

sábado, 5 de novembro de 2016

Administração da CGD fez Hara Kiri

A administração da CGD fez o seu "hara kiri". O governo de António Costa entregou-lhe o banco público que vai ser recapitalizado com o dinheiro de todos nós.
Temos, pois, o direito de saber quem são estes senhores. Podem ter sido apresentados ao PM ou fazerem parte do seu núcleo de amigos, mas nós não sabemos quem são. Portanto, deveriam ter-se apresentado, ter assumido a iniciativa de nos publicitarem a sua declaração de interesses, conforme a ética republicana exige.
A decência indicaria ser esse o caminho. Mas não. Entenderam que não têm de prestar contas a ninguém, nomeadamente aos acionistas que somos todos nós.
E António Costa negociou e caucionou este abuso insuportável. Nem parece ser quem é ... político experimentado, negociador hábil, homem sério. Desautorizado por Bruxelas quanto ao número de administradores, criticado por todos pela exuberância dos vencimentos, sujeitou-se agora ao "puxão de orelhas" do Presidente. Ao contrário do PM, Marcelo Rebelo de Sousa não tem dúvidas: a administração da CGD tem de declarar os seus interesses.
O PS e o GP do PS, agora, apoiam  a posição de Marcelo com a mesma convicção com que fecharam os olhos à cumplicidade entre António Costa e António Domingues. Está tudo dito. O que tem de ser tem muita força! Nada mudou. A política continua prisioneira do dinheiro!